Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

A Imunofluorescência direta e indireta

Por:   •  13/10/2018  •  1.256 Palavras (6 Páginas)  •  309 Visualizações

Página 1 de 6

...

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA

A imunofluorescência indireta (IFI) apresenta um importante auxílio diagnóstico nas dermatoses vesicobolhosas autoimunes (DVB), como também permite a avaliação de auto-anticorpos circulantes, sendo, muitas vezes, possível a correlação clínico-laboratorial dos doentes. A técnica de IFI aplicada a estudos de anticorpos circulantes nas DVBs utiliza como substrato o epitélio normal. Os substratos variam de acordo com os protocolos de cada laboratório, mas, em nosso meio, a pele normal humana obtida de prepúcio, mama ou pálpebra é considerada ideal (fácil obtenção, boa antigenicidade), substituindo o esôfago de macaco.

A sensibilidade dos testes de imunofluorescência é limitada ao nível de fluorescência detectável pelo olho humano; por isso, o teste de imunofluorescência indireta tem sido empregado para amplificar o sinal e aumentar a sensibilidade. Pode ser empregado na pesquisa de antígenos ou anticorpos.

PARA A PESQUISA DE ANTÍGENOS

Consiste na incubação da célula ou tecido em que se quer pesquisar o antígeno com o anticorpo especifico obtido em animal conhecido ou monoclonal, levando á formação de um imunocomplexo. Após a lavagem, a preparação é incubada com um conjugado de antiimunoglobulina produzida em outra espécie de animal.

Esta técnica apresenta vantagens com relação à direta. É mais sensível, pois o anticorpo não marcado tem mais sítios de ligação que o antígeno, ou seja, ocorre uma amplificação com o uso de dois anticorpos, é mais fácil de ser controlada; pode-se utilizar um único conjugado para diferentes sistemas. Por exemplo, se for empregado anticorpo, especifico para o anticorpo obtido em coelho, o conjugado será imunoglobulina anticoelho marcada. Como desvantagem, necessita de mais tempo em mais reagente e pode ser menos especifica. O teste pode ser utilizado nos mesmos sistemas que empregados o método direto, com um aumento de sensibilidade. Como por exemplo, cite-se a pesquisa de plasmódio em hemácias.

PARA A PESQUISA DE ANTICORPOS

O teste de imunofluorescência, descrito por Weller Coons em 1954, tem sido muito empregado na rotina laboratorial para a detecção de anticorpos no soro e em outros fluidos biológicos. Antígenos padronizados são fixados a lâminas de vidro. O soro do paciente é diluído, colocado sobre o antígeno e incubado para permitido a formação de complexo antígeno-anticorpo. Após lavagens, a preparação é incubada com conjugado (fluoresceína ligada á antiimunoglobulina) reage com anticorpo especifico para o antígeno. Utilizando diluição seriadas do soro é possível determinar o titulo de anticorpos, que será a máxima diluição em que se observa fluorescência.

Quando se deseja detectar anticorpo especifico de uma determinada classe ou subclasse de imunoglobulinas, é necessário o emprego de anti-soros específicos para as cadeias pesadas das classes que esse quer pesquisar e sem reatividade para cadeias leves ou para outras cadeias pesadas. Assim, por exemplo, conjugadas anti-IgG possuem reatividade contra as cadeias leves, detectam anticorpos contra todas as classes de imunoglobulinas reagentes.

A maior intensidade de fluorescência que esse observa nas técnicas indiretas se deve ao maior numero de moléculas fluorescentes que irão corresponder a cada determinantes antigênicos. A imunofluorescência Indireta é o teste de referencia na sorologia de muitas doenças. Apresenta varias vantagens, pois é sensível, especifica e reprodutível, de padronização e execução simples, o mesmo conjugado pode ser utilizado em sistemas diferentes e podem determinar as classes e subclasses de anticorpos empregando-se conjugados específicos.

---------------------------------------------------------------

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Imunofluorescência direta e indireta. An Bras Dermatol. 2010; 85(4): 490-496.

- Diagnostico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e Auto-Imunes,

Antônio Walter Ferreira Sandra L. M. Àvila. – 2. Ed.2011 (pág. 17 a 20)

- O papel da imunofluorescência direta na fisiopatologia e no diagnóstico diferencial da estomatite aftóide recorrente, Niels Salles Willo Wilhelmsen, Raimar Weber, Ivan Dieb Miziara, Universidade de São Paulo. 2008.

...

Baixar como  txt (9.1 Kb)   pdf (51.8 Kb)   docx (14.6 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no Essays.club