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O Coletivo Autonomista Carioca Anarco Funk e suas Ações Diretas Estético-Políticas e o Reciclado- seu Terrorismo Poético

Por:   •  31/10/2017  •  1.005 Palavras (5 Páginas)  •  385 Visualizações

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a programar, organizar minuciosamente o que é arte e o que não é. A intenção do Reciclato é a experiência em si, a experiência ocorrerá ao você decidir se permirte ser contagiado por aquele estopim, cabe a você criar a seu próprio Terrorismo Poético, seu devir-revolucionário, seu poder transformador.

Embora possua uma premissa o que ocorrerá na ação Reciclato é uma incógnita, o Reciclato é um Amor Louco:

"O amor louco é saturado de sua própria estética, enche-se até as bordas com a trajetóriade seus próprios gestos, vive pelo relógio dos anjos, não é um destino adequado para comissários ou lojistas. Seu ego evapora-se com a mutabilidade do desejo, seu espírito comunal murcha em contato com o egoísmo da obsessão."

"O amor louco é sempre ilegal, não importa se disfar¸cado de casamento ou de um grupo de escoteiros – sempre embriagados do vinho de suas próprias secreções ou do fumo de suas virtudes polimorfas. Não é a deteriora¸cão dos sentidos, mas sim sua apoteose – não é o resultados da liberdade, mas seu pré-requisito."

BEY, Hakim (2003) - Caos terrorismo poético e outros crimes exemplares.

A reação do público, daqueles que não fazem parte da experiência sempre tende ao espanto, o Reciclato sempre está acompanhado com fantasias, cartazes e dos mais diversos tipos de latas, criando uma atmosfera barulhenta e brutal, formando um caos, " O Caos", também mencionado por Hakim Bey. O caos que não sobrevive, mas vive, porque o caos nunca morreu. O caos que faz da ação Reciclato, desenvolvida pelo coletivo autonomista Anarco Funk, ser um Terrorismo Poético, permite que vida da pessoa arrasada, acabada, maltratada, torturada, desprezada, liquidada, seja trasnformada por esse amor louco de sexualidade incomum, dispído de todos os bombardeios midiáticos. Uma renúncia à adequação do corpo, as normas de uma cultura do Espetáculo, buscamos a nossa corporeidade nata. O corpo não aguenta mais, tudo que o oprime por dentro e por fora. Então como nas práticas artísticas do coletivo, retornamos o corpo naquilo que ele é de mais próprio, na sua condição de corpo e de seus afetos, de sua criança selvagem. O que a TAZ (Zona Autônoma Temporária) e a Anarquia Ontológica do teórico Hakim Bey propõe: que despertemos e criemos nosso próprio dia – inclusive na sombra do Estado. E é isso que também propõe o Coletivo Autonomista Carioca Anarco Funk, em seus Reciclatos, com seu Terrorismo Poético, dentro daquilo que chamamos aqui de Ações Diretas Estéticos-Políticas.

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