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Drogas Mais Comuns em Emergências

Por:   •  18/6/2018  •  4.179 Palavras (17 Páginas)  •  348 Visualizações

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INTOXICAÇÃO AGUDA

A intoxicação aguda, caracteriza-se pela ingesta de uma ou mais substancias em quantidade suficiente para interferir nos suportes do organismo. Seus estágios variam de uma embriaguez leve à anestesia, coma depressão respiratória e raramente morte. A intoxicação aguda provoca alterações variáveis e idiossincráticas do comportamento, do afeto, tais como excitação ou alegria, desponderação, irritabilidade, agressividade, depressão e idealização suicida. Cognitivamente ocorre lentificação do pensamento, prejuízo de concentração, raciocínio, atenção e julgamento.

AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM INTOXICAÇÃO AGUDA

- Certifica-se de que a ingestão foi recente;

- Avaliar a presença de doenças relacionadas ao álcool;

- Avaliar a presença de lesões traumáticas associadas: hematoma subdural crônico, hemorragias, fraturas, trauma raquimedular, etc.

- Considerar a presença de hipoglicemia, hipotermia, infecções, aspiração de vômito, cetoacidose, hipomagnesemia etc.

- Considerar a possibilidade de estado pós-convulsivo, e intoxicação por outras substâncias, especialmente sedativos e hipnóticos.

- Descartar encefalite, meningite, ou encefalopatia portossistêmica.

- Considerar a possibilidade de tentativa de suicídio.

Estabelecer o grau de intoxicação por meio da coleta de sangue para dose do nível sérico. (NASI, 2005)

TRATAMENTO

A maioria dos casos de intoxicação aguda pelo álcool não levam o indivíduo ao pronto socorro. Costumam chegar no tratamento médico de urgência intoxicação pronunciadas, quadros de ansiedade e depressivos, tentativas de suicídio, confusão mental ou associadas a sintomas clínicos maiores tais como letargias, vômitos, perda da consciência. Na maioria dos casos é necessário apenas a interrupção da ingesta de álcool pelo indivíduo e proporcionar-lhe ambiente seguro e livre de estímulos onde possa passar algumas horas, casos extremos podem ser tratados com hemodiálise. Em casos de reposição de glicose devem receber 1 ampola de tiamina de 100mg trinta minutos antes, as células nervosas usam a tiamina na metabolização da glicose.

TRANSTORNOS AMNÉSICO-ALCOÓLICOS – BLACKOUTS

Os blackouts são episódios transitórios e lacunares de amnesia retrógrada para fatos e comportamentos ocorridos durante graus variados de intoxicação alcoólica. Estão relacionados a ingesta excessiva de álcool, podem acontecer em pessoas não-dependentes, embora seja mais comum em fases tardias da dependência. Não há uma explicação. Teorias atuais dizem que haja uma relação entre a diminuição da serotonina e a desregulação dos neuroreceptores. (LARANJEIRA, 2006)

SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA

A síndrome da abstinência alcoólica inicia-se de horas após a diminuição da parada ou do consumo de álcool, secundaria à queda de seus níveis plasmáticos, o tempo e a intensidade do uso são diferentemente proporcionais a gravidade dos casos, possuem um curso flutuante e autolimitado. A síndrome da abstinência alcoólica tem sua evolução ordenada e progressiva e aparente: estado inicial não-complicado que apresenta o quadro autonômico e disfônico, podem ser associados a episódios convulsivos musculares generalizados, podendo evoluir um quadro de delirium tremens. (LARANJEIRA, 2006),

DELIRIUM TREMENS

O delirium tremens caracteriza-se por um quadro clinico confusional agudo, flutuante e autolimitado, inicia-se cerca de 72 horas após última dose e dura cerca de 2 a 6 dias, é uma condição de urgências medica associada a risco de morbidade de mortalidade, mas com opções rápidas e eficazes de tratamento.

A sintomatologia mais frequente caracteriza por estado confusional flutuante, desorientação temporo-espacial, prejuízo da memória de fixação, degradação do pensamento, alucinações, somados a sintomas de abstinência tais como tremores, inquietação psicomotora, sudorese, insônia, febre leve, estados de ansiedade e temor.

Tratamento com base em internação, ambiente pouco iluminado, em casos de agitação e confusão extremas é recomendado o uso de contenção mecânica para evitar autoagressões. Tratamento com holoperidol 5mg via intramuscular se houver predominância de sintomas alucinatórios. (LARANJEIRA, 2006).

BENZODIAZEPÍNICOS

Os benzodiazepínicos são caracterizados por propriedades ansiolíticas, hipnóticas, anticonvulsivantes e miorrelaxantes. Estão entre os medicamentos mais prescritos no mundo, muitas vezes sem indicação adequada, constituindo um grave problema de saúde pública. Quando bem indicados, são úteis por apresentarem rápido início de ação, poucos efeitos colaterais e boa margem de segurança.

A boa aceitabilidade dessa classe de medicamento no meio médico se deve as características dos BZD: eficácia ansiolítica e hipnótica e também a ausência de efeitos adversos que representam risco de vida ou de toxicidade na superdosagem. No final da década de 1970, o Diazepan era um dos medicamentos mais prescritos no mundo inteiro. Os benzodiazepínicos são considerados por (FORSAN,2010) como o maior grupo de medicamentos sedativos e os mais consumidos mundialmente. A elevada eficácia terapêutica e os baixos riscos de intoxicação, fizeram com que os médicos aderissem à sua indicação.

Os benzodiazepínicos, disponíveis desde 1960, são a terceira classe de drogas mais prescritas no Brasil, sendo utilizados aproximadamente 4% da população. Usualmente, são prescritos no tratamento de quadros agudos de ansiedade, insônia e crises convulsivas. Estima-se que os benzodiazepínicos (BZDs), são um dos medicamentos mais usados no mundo e o seu consumo dobra a cada cinco anos. A vigilância sanitária no Brasil controla sua dispensação através da Portaria SVS/MS 344, de 12 de maio de 1998, mas ainda são utilizados de forma incorreta e ilegal.

QUADRO CLÍNICO

Os BDZs têm potencial de abuso: 50% dos pacientes que usam benzodiazepínicos por mais de 12 meses evoluem com síndrome de

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