DEPENDÊNCIA QUÍMICA: DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS
Por: SonSolimar • 23/11/2017 • 4.168 Palavras (17 Páginas) • 580 Visualizações
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2. DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Dependência química ou síndrome de dependência é a perda do controle sobre o uso da droga (álcool, tabaco, maconha, cocaína, crack, etc), em razão da necessidade psicológica morte.e/ou física da mesma. A dependência psicológica é a necessidade da droga para atingir o máximo da sensação desejada. A dependência física indica adaptação do organismo ao uso crônico da substância, com o desenvolvimento de sintomas quando a droga não é usada. O dependente químico tem noção da compulsão, mas é capaz de qualquer coisa, mesmo ilegal, para obter a substância. Desde cedo, a tolerância é aumentada, ou seja, há necessidade de doses cada vez maiores para se obtiver o mesmo efeito inicial. É doença de instalação rápida, incurável e na maioria das vezes, leva à morte. Para seu controle é primordial suspender o uso da droga. O importante não é a diminuição da quantidade ou frequência, mas a abstinência total.
A dependência varia consoante ao vicio e a frequência de consumo do individuo uma das áreas mais afetada de um dependente químico é a psicologia, alterando bruscamente a sua maneira de viver e a sua interação com a sociedade.
3. CAUSAS QUE INFLUÊNCIAM O USO DE SUBSTÂNCIAS
Na verdade, é uma questão bastante ampla e cada um tem suas motivações para usar a substância. Porém, entre os fatores que mais atraem adultos e jovens, alguns são os mais comuns:
3.1. Curiosidade e oportunidade para experimentar
Ter curiosidade faz parte da juventude. A qualquer momento a droga está disponível, seja entre amigos ou em uma festa. Geralmente alguém oferece e surge então a curiosidade de experimentá-la. Entretanto, somente o fato de a pessoa experimentar pela primeira vez não a torna um dependente químico. O que a torna dependente é o seu uso contínuo, gerado a partir destas primeiras experiências inocentes que se tornaram a princípio prazerosas e depois acabam virando uma necessidade.
Muitas vezes o adolescente, por curiosidade, acaba experimentando um tipo de droga que é muito comum para quem está começando. E geralmente a curiosidade começa com o fumo, o álcool, os inalantes e logo depois as ilícitas como a maconha – a porta de entrada para outras drogas.
3.2. O uso de drogas pode ser visto como algo estimulante e arriscado
É necessário que os adultos alertem as crianças e adolescentes sobre o risco relacionado com o uso das drogas. Entretanto muitas vezes são os riscos envolvidos que justamente os atraem. O tédio é sempre um grande vilão. Se o cérebro esta vazio, desocupado, certamente procurara algo para se ocupar. Se não estamos com a mente preenchida, começamos a nos concentrar nas nossas fantasias e, se possível, tentamos satisfazê-las. Sempre pensamos que novas experiências podem ser melhores do que a que vivenciamos. A sensação de risco, de aventura, do “proibido” pode levar o jovem a experimentar e em seguida necessitar da droga.
3.3. Uma ferramenta para modificar as emoções
As drogas são capazes de alterar os sentimentos e produzir sensações temporárias de “alívio”. Esse suposto “poder de transformação das emoções” pode se tornar um grande atrativo e ao mesmo tempo um grande vilão, principalmente para as pessoas que estão passando por determinadas dificuldades, como por exemplo: desajuste familiar, dificuldades de adaptação social, separação dos pais, perda de ente querido, sentimentos de baixa autoestima, introversão, timidez, solidão, inadequação, falta de autoconfiança, fobia social – entre vários outros problemas. A droga traz ao usuário a ilusória sensação de alívio, de poder, de bem estar que o permite se sentir mais ambientado e muito mais autoconfiante.
3.4. Necessidade de ajustamento ao grupo de amigos
Muitos jovens acabam usando droga por “influência” de colegas e amigos. É a tal chamada “pressão de grupo”. Os jovens que cedem mais facilmente a esta pressão são aqueles que têm mais dificuldades em serem aceitos pelo grupo e que também apresentam outros tipos de problema, já mencionados acima e também outros: como o fato de se sentirem poucos amados pelos pais ou até mesmo ausência dos mesmos. Muitas vezes, o jovem ilusoriamente encontra naquele grupo mais atenção e apoio do que em casa. Se ele não é aceito ou se não sente apoio em casa, vai buscar no grupo algum tipo de identificação e muitas vezes são através da droga que o jovem encontra a identificação.
Ninguém gosta de se sentir diferente dos outros. Ser similar ao grupo dá-nos a sensação de que pertencemos a ele. Por causa disso, a influência exercida pelos colegas da mesma idade é enorme. Os adultos muitas vezes fazem algo que não querem só para ficar igual aos outros: usamos roupas, visitamos lugares etc. Essa necessidade é muito maior no jovem. Por isso é fundamental que saibamos com quem os nossos filhos estão se socializando.
3.5. Falta de Perspectiva
Se alguém não tem metas e visão de futuro, não tem perspectiva do dia de amanhã. Se não tem perspectiva do amanha, só conta com o agora, não leva em consideração as consequências nocivas a longo prazo. Uma boa visão de futuro faz a segunda feira ser o melhor dia da semana. Um jovem sem visão é um jovem em perigo.
3.6. Fuga
A adolescência é uma fase de passagem da infância para a vida adulta. O adolescente deixou de ser criança, porém ainda não é tratado como adulto e também sente que muitas vezes já não é mais o centro das atenções. Como quase toda posição intermediaria, às vezes torna-se insuportável. O jovem, não sabendo como lidar com esse sentimento de frustração, apela para a fuga. Fugir de onde está se não fisicamente, mas mentalmente. E muitas vezes esta fuga pode ser o álcool, as drogas, o sexo de forma compulsiva, o abuso de comida, gastos compulsivos – enfim, qualquer coisa que traga sensação de prazer temporário.
3.7. Violência Doméstica, abandono, abuso sexual, negligência familiar
A violência doméstica e o uso de drogas são os principais motivos que levam crianças e adolescentes às ruas. De acordo com o censo feito este ano pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH), cerca de 70% das crianças e adolescentes que vivem e dormem na rua foram agredidos dentro de casa. Além disso, 30,4% são usuários
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