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O Corporeidade e Motricidade Humana e Prática de Ensino: Introdução à Docência

Por:   •  2/12/2018  •  2.361 Palavras (10 Páginas)  •  392 Visualizações

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Para que haja um corpo saudável é de extrema importância que encontremos o equilíbrio entre o corpo e a mente. Esse equilíbrio deve ser buscado e desenvolvido desde a infância, para que mais tarde o jovem/adulto não tenha que passar por um caminho tortuoso.

Mesmo não sendo tão evidente nas escolas, a saúde e a qualidade de vida devem ser estudadas e desenvolvidas em sala de aula, e é aí que a disciplina de educação física entra. O(A) professor(a) deve mostrar aos alunos que educação física é muito mais do que, brincar, jogar futebol ou vôlei e sim ensiná-los a ampla diversidade de assuntos que podem encontrar, e principalmente, a importância de ter bons hábitos (higiene, alimentar e físico). Isso não significa que os esportes ou a diversão tenha que ficar de lado, mas sim, mostrar aos alunos a importância da saúde e de atividades físicas e que devem aprender à trabalharem juntas.

Esse processo deve ser iniciado na educação infantil, entre os 3 anos de idade, para, desde então, criar os bons hábitos. O primeiro passo é iniciar pelos cuidados básicos como a higiene pessoal, devemos criar uma rotina com as crianças tanto na escola como em casa, por exemplo, estimular a lavagem das mãos antes das refeições e após irem ao banheiro, a escovação dos dentes ao acordarem, após as refeições e antes de dormir, sempre levanto em conta a faixa etária, e trabalhando de forma interdisciplinar também.

O próximo passo seria a alimentação, onde a família entra de forma muito ativa. A criança não precisa de muitos estímulos para que ela tenha que gastar energia principalmente na segunda infância (3 a 7 anos de idade), pois é uma fase na qual ela está iniciando a descoberta do mundo por si só, então, são muito curiosas e não tem noção de tempo, espaço, pois correm e pulam o tempo inteiro. Logo, acabam gastando muita energia e é importante, para o desenvolvimento da criança, que ela recupere essa energia através da alimentação, fazendo sempre de 3 a 5 refeições por dia, ingerindo verduras, frutas, legumes, bebendo muito água (é aconselhável de seis a oito copos por dia, alimentos muito calóricos, com alto índice de açúcar, frituras, doce e refrigerante é sempre bom evitar).

Outro ponto importante é que a criança não vá dormir tarde para que tenha uma noite de sono mais longa e mais duradoura, isso deve ser feito como rotina, ou seja, todos os dias.

A prática de exercícios físicos é fundamental para o ser humano, quando alguém não pratica nenhum tipo de atividade física, o classificamos como sedentário e nesse caso, o indivíduo pode desenvolver problemas de saúde, sendo a obesidade um desses problema, cujo, infelizmente, está muito presente na sociedade, o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa que revela que quase metade da população brasileira está acima do peso. Segundo o estudo, 42,7% da população estava acima do peso no ano de 2006. Em 2011, esse número passou para 48,5%. Tais porcentagens são alarmantes, por isso, é essencial que a prática de atividades físicas seja iniciada na escola, pois talvez seja o único lugar onde poderão praticá-las.

Os pontos apresentados até agora, tem como objetivo a conquista do equilíbrio do corpo juntamente como o da mente, se colocados em prática desde a infância, quando o indivíduo se tornar adulto, ele estará maturado por completo, terá um repertório motor vasto e será saudável ao seu ponto de vista, caso contrário, seu repertório será limitado e o risco de sofrer com doenças aumentará.

Com o aumento repentino da tecnologia, a mídia vem ganhando muito espaço na formação da sociedade, trazendo com ela a formação do consumo, o que gera a grande influência em relação as questões físicas (físico, alimentação, métodos de treinamento, entre outros).

Como vivemos numa cultura capitalista, o ser humano cada vez mais busca o “corpo perfeito”, com a finalidade de utilizá-lo para: competições, padronização de estética, objeto de trabalho e uma boa aparência. Tudo para se encaixar em um padrão que a mídia transmite perante a sociedade.

É muito importante que o indivíduo tenha uma boa autoestima/autoimagem para que ocorra o processo de ensino-aprendizagem, porém, a mídia mostra cada vez mais a imagem de corpo padrão e isso acaba prejudicando a autoestima/autoimagem de quem não se enquadra nessa padronização, consequentemente atrapalhando o processo de ensino-aprendizagem.

O impacto mais preocupante, talvez seja, aquele perante os adolescentes, que estão descobrindo o fruto da maturação do seu corpo. Muitos acabam se preocupando demais em deixar seu corpo “dentro dos padrões” do que ter um corpo saudável.

Os programas de televisão têm grande impacto nesse aspecto, pois desde a infância mostra-se que o jovem com maior porte físico, é o popular, mostrando superioridade, e o com menor sofre preconceitos. Isso acaba induzindo o jovem a querer ser forte fisicamente para se mostrar superior ao outro sem ao menos se importar com a saúde.

Muitas crianças e jovens sofrem preconceito dentro do âmbito escolar, por não fazerem parte do padrão e/ou do aceitável, sendo eles, normalmente, acima ou abaixo do peso ideal.

Com a ansiedade de obter o “corpo padrão”, muitos acabam recorrendo ao uso de esteroides e anabolizantes, muitas vezes, não os enormes riscos a saúde. Essas substâncias têm graves efeitos colaterais a longo prazo, podendo ocasionar em homens atrofia nos testículos, resultando na impotência sexual e esterilidade, aumento na pressão arterial, diabetes, risco de câncer e pode ter lesões irreversíveis na região do fígado. Em mulheres pode ter engrossamento na voz, aumento de espinhas, crescimento de pelos no rosto, redução de mamas, interrupções no ciclo menstrual, aumento na secreção sebácea e da oleosidade na pele e o risco de câncer e lesões irreversíveis na região do fígado.

Nesse contexto, vimos que nessa sociedade agitada e capitalista que vivemos, todos querem o resultado a curto prazo, deixando os conceitos de saúde e corpo saudável de lado e buscando sempre o caminho mais fácil e rápido.

É comum sermos bombardeados com diferentes conceitos sobre qualidade de vida (QV) e saúde, porém se seguirmos a definição da OMS (Organização Mundial da Saúde), compreenderemos que saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.

Em meados da década de 1970, Campbell (1976, apud Awad & Voruganti) tentou explicitar as dificuldades que cercavam a conceituação do termo qualidade de vida: "qualidade

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