A importância da Dança na Escola - Revisão Bibliográfica
Por: Jose.Nascimento • 5/3/2018 • 2.560 Palavras (11 Páginas) • 413 Visualizações
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METODOLOGIA
Tipo de pesquisa
Utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica que consiste na procura de referências teóricas para análise do problema de pesquisa e a partir das referências publicadas fazer as contribuições cientificas ao assunto em questão (LIBERALI, 2011).
REVISÃO DA LITERATURA
Breve histórico da importância dança
Ao longo da nossa história, pode-se verificar que os povos, desde a Antiguidade, obtiveram a dança,dentre outros meios, como forma de se expressar. De acordo com VERDERI (2009): “O homem primitivo dançava por inúmeros significados: caça, colheita, alegria, tristeza,... O homem dançava para tudo que tinha significado, sempre em forma de ritual.”
Desde os primeiros tempos da sua existência que o homem se movimenta ritmicamente para se aquecer e comunicar (Romão & Pais, 2006).
A dança tem servido a diversas áreas de conhecimento na história. Quer seja por magia, rituais, religiosas, sociológicas ou educacionais. Apesar de cuidadosamente composta, sempre usada como uma atividade comum (RUSSEL, 1969).
Com isso, notamos que a dança é umas das artes mais antigas na vida do homem. E com o passar dos tempos veio avançando em conceitos, nos fatos sociais e culturais, estreitando a relação do homem com o mundo.
PROBLEMATIZAÇÃO DA DANÇA NA ESCOLA
O que tem sido visto na história da educação escolar, é uma valorização dos aspectos intelectuais em relação aos corporais. Giffoni (1973, p.15), afirma que os problemas educacionais "(...) quase sempre são considerados pelo lado intelectual, constituindo uma das faltas da educação". E ainda temos, Bèrge (1988, p.24) também concorda quando utiliza a metáfora "(...) O cérebro se empanturra, enquanto o corpo permanece esfomeado."
O que tem sido notado, também, é o fato da dança vir sendo tratada superficialmente nos espaços escolares, como “técnica de relaxamento” e “soltar emoções” e “expressar-se espontaneamente”(MARQUES, 2007, p.23). Ou, apenas, como apresentações em datas comemorativas, shows de talentos e entre outros eventos internos. Conforme Marques (2007), Strazzacappa (2001), dentre outros, constatamos que a dança ainda permanece confinada a “produções e reproduções de repertórios apresentados em festas de fim de ano” (MARQUES, 2007 p.66). Tem-se como pressuposto que a dança parece ser exercida de forma esvaziada de significados e conteúdos no âmbito da cultura escolar, o que nos remete ao interior do espaço escolar para nos aproximarmos dos movimentos, expectativas, normas e práticas de seus sujeitos e neste movimento compreendermos como se constitui o ensino de dança na escola em suas perspectivas.
IMPORTÂNCIA DA DANÇA NA ESCOLA
A dança, nas aulas de Educação Física, faz com que o aluno vivencie um ambiente de muitas experiências do movimento humano e uma reflexão cultural/social do homem dos dias atuais. É importante colocar que a prática da dança com objetivos educacionais tenha início na escola, como pode se verificar em Steinhilber (2000, p.8): "Uma criança que participa de aulas de dança (...) se adapta melhor aos colegas e encontra mais facilidade no processo de alfabetização”. Porém,ter atenção, ao ministrar essas aulas, de não se ater a apenas reprensentar os sucessos da mídia. A dança escolar deve ser um canal para ganhos de expressões corporais, criatividades e descobertas de cada um. O professor precisa alertar seus alunos sobre os interesses da indústria cultural para que seu trabalho não omitindo a existência dos estilos comerciais, mas despertando o senso crítico de seus educandos a respeito deles.
É neste contexto que consideramos necessário que a dança seja, [...] compreendida, desconstruída e transformada, pois é forma de conhecimento. A dança que chega às escolas [...] mesmo que sejam as danças da mídia ou os repertórios pré-fixados das danças brasileiras, urgem por reconstrução, releitura e transformação para que a escola cumpra seu papel no projeto social a que se propõe [...] (MARQUES, 2008, p.50).
Nos dias de hoje, a dança tem sido utilizada como opção na práticas pedagógicas, por levar o aluno a explorar seu potencial de criação, desenvolvendo o auto conhecimento e favorecendo a aprendizagem. Segundo OSSONA (1988) “a dança ainda é uma manifestação de caráter étnico, é quando mais se parece com a “expressão corporal”, que foi ganhando terreno nos esquemas da educação”.
Nesta perspectiva, Pereira et al (2001, p.61) coloca que:
(... a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, podem-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, movimentos livres. Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/para o aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade).
Marques (2007) fala da presença da dança nos Parâmetros Curriculares Nacionais, explicitando-o como momento ‘tão esperado’ por significar o reconhecimento da dança pela educação como conteúdo estruturante das áreas de conhecimento de Arte e Educação Física.
Dessa forma, a dança, através deste documento, é entendida como “manifestação artística e da cultura corporal”, “movimento expressivo” “forma de conhecimento” “percepção de liberdade e vida”, ou ainda usando mais especificamente as palavras dos Parâmetros de Arte, a dança é “forma de conhecimento que envolve a intuição, a emoção, a imaginação, a capacidade de comunicação [...] o uso da memória, da interpretação, da análise, da síntese e da avaliação crítica” (BRASIL, 1998, p.73,74).
(... a expressão corporal é tomada como linguagem, conhecimento universal, um patrimônio cultural humano que deve ser transmitido aos alunos e por eles assimilado a fim de que possam compreender a realidade dentro de uma visão de totalidade, como algo dinâmico e carente de transformações (COLETIVO DE AUTORES 2004).
Segundo Laban (1990), a dança na educação tem por objetivo ajudar o ser humano a achar uma relação corporal com a totalidade da existência. Por isso, na escola, não se deve procurar a perfeição ou a execução de danças sensacionais, mas a possibilidade de conhecimento que a atividade criativa da
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