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Desenvolvimento Agrícola Sustentável

Por:   •  30/3/2018  •  6.273 Palavras (26 Páginas)  •  302 Visualizações

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2. Metodologia

O Projeto foi elaborado, com base em pesquisa bibliográfica, foram utilizados livros e publicações disponíveis em sites confiáveis. Devido ao teor do artigo foi necessária uma pesquisa criteriosa, fiz uma visita aos órgãos EMATER, EMBRAPA e SEAGRI, falei com algumas pessoas responsáveis dos setores de desenvolvimento, onde pude aprimorar meus conhecimentos e informações para este projeto.

3.Caracterizando a relação entre o desenvolvimento agrícola recente do Brasil e a evolução da visão empresarial aplicada ao ramo do agronegócio.

No decorrer dos últimos 19 anos, foram alcançados pelo Brasil níveis tecnológicos na produção de grãos seja agrícola no plantio direto na criação de animais (produção de carnes etc) os produtores rurais brasileiros atingiram patamares expressivos que podem ser mencionados pelo aumento significativo da produtividade no campo. Isso explica, por exemplo, o fato de o Brasil ter conseguido dobrar a produção de grãos para os atuais 100 milhões de toneladas, em relação à colheita de 50,8 milhões de toneladas obtida no início da década de 80, com a mesma área plantada.

“Cabe destacar também que o sucesso do agronegócio forma parte de uma estratégia desenhada nos anos 70 que apontou para a resolução de vários problemas estruturais que entravavam o desempenho da agricultura. O desenvolvimento tecnológico promovido pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é usualmente citado como um dos principais fatores, mas há outros de igual ou maior relevância, como a abertura de fronteiras agrícolas nos Cerrados através de programas de colonização dirigida e as inovações introduzidas nos mecanismos tradicionais de política agrícola no Brasil”

(www.cepea.esalq.usp.br/especialagro) Este desempenho no campo só foi possível graças à utilização de insumos basicamente sementes, adubo e agrotóxicos – de primeira linha disponíveis para o setor. Hoje o agronegócio, entendido como a soma dos setores produtivos com os de processamento do produto final e os de fabricação de insumos, responde por quase um terço do PIB do Brasil e por valor semelhante das exportações totais do país. A soja foi uma das principais responsáveis pelo crescimento do agronegócio no país, não só pelo volume físico e financeiro envolvido, mas também pela necessidade da visão empresarial de administração da atividade por parte dos produtores, fornecedores de insumos, processadores da matéria-prima e negociantes. A produtividade e o custo de produção das fazendas nacionais demonstram que a soja cultivada consegue ter uma competitividade superior em relação à norte-americana. A melhoria da competitividade da agricultura e pecuária do Brasil, sobretudo nos últimos dez anos, e o próprio empenho do governo e da iniciativa privada em estimular e divulgar o produto agrícola brasileiro no exterior tem proporcionado aumento das exportações do agronegócio. Além da maior produtividade do setor, o câmbio permitiu uma maior competitividade aos produtos brasileiros. A partir de 1999, a taxa de câmbio real permitiu que a competitividade do produto brasileiro conseguisse ser repassada ao mercado externo. Também foram importantes na melhoria do desempenho dos embarques os ganhos em logística, com a melhoria na infraestrutura de rodovias e portos. Além disso, em 1996, foi desonerada a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incidia sobre as exportações de produtos agropecuários. A caracterização do setor agrícola a partir da participação relativa no PIB das atividades de produção estritamente agrícola não dá conta da totalidade e da complexidade do setor em questão. Segundo essa lógica, a agricultura contribuiria apenas com 7,8% do PIB não sendo, portanto, um setor expressivo que valesse a pena ser estudado em profundidade ou incentivado por meio de políticas específicas. Diante de tais avanços e informações alguns autores vêm trabalhando desde um tempo atrás na caracterização mais abrangente do setor conhecido como agroindústria, “agribusiness” ou agronegócio, mais recentemente. A indústria de alimentação, de maneira específica, representava (2004) 17,6% do PIB da indústria de transformação do Brasil em valor agregado, o que equivale a R$ 180,6 bilhões (ABIA, 2005). Em valor agregado, a indústria da alimentação representa 50,7% do processamento agroindustrial e 41,7% da produção agrícola e agropecuária (ABIA, 2004c in Burnquist 2005). Verificou-se, entretanto, que a parte agrícola do agronegócio (porteira dentro), também vem se expandindo de forma bastante acelerada nos últimos anos. A área plantada com grãos aumentou 22,8% entre 2001 e 2004. Essa expansão recente difere radicalmente do padrão que prevaleceu durante toda a década de 1990, em que a área agrícola total com lavouras permaneceu constante e todo o aumento da produção agrícola vegetal veio de aumentos de produtividade da terra. Essa expansão recente de área se deu, sobretudo, na soja, que cresceu, somente nesses três anos agrícolas, 39,8% nas regiões Sul e Sudeste e nada menos que 66,1% na região Centro-Oeste. (Rezende, Brandão e Marques, 2005). O efeito conjunto do aumento da área cultivada e dos ganhos de produtividade resultou que entre 1990/91 à 1997/98 a produção dobrou, e triplicou entre 1990/91 e 2002/03.

(www.cepea.esalq.usp.br/especialagro)

Essa evolução foi puxada pelas exportações, cujo valor praticamente foi multiplicado por quatro entre 1991 e 2003 e elevou a participação brasileira no mercado externo (marketshare) de aproximadamente 15,7% do valor das exportações mundiais para 26,4% grão. A soja é, dentre elas, a cultura de exportação com maior demanda no mercado internacional, estimada em 180 milhões de toneladas. Os Estados Unidos ocupam a primeira posição entre os países produtores, respondendo por 78 milhões de toneladas, o Brasil, é o segundo maior produtor de soja, na safra 2003, produziu cerca de 50 milhões de toneladas. (Silva, Bernardo, 2005). Segundo Sanches e Roessing (2005) a geração de tecnologias teria sido um dos fatores fundamentais para que o Brasil aumentasse sua produção de soja, passando a ocupar o segundo lugar entre os maiores produtores de soja do mundo. A evolução do plantio e da produção de soja são bastante acentuadas e rápidas no Brasil: em 1975 a produção brasileira não passava de 10 milhões de toneladas ao ano, mas em 2003, o país já estava produzindo cerca de 50 milhões de toneladas. Devemos considerar alguns dados significativos.

Desempenho do Sistema de Produção Custo de produção da soja

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