Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

Resumo Penal

Por:   •  16/4/2018  •  857 Palavras (4 Páginas)  •  314 Visualizações

Página 1 de 4

...

tristes périplos,

convidando-os a todos, em coorte,

a se aplicarem sobre o pasto inédito

da natureza mítica das coisas.

(Trecho de A Máquina do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade).

Vou-me Embora pra Pasárgada

(Manuel Bandeira)

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d’água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcaloide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.

Poema Sujo

(Ferreira Gullar)

turvo turvo

a turva

mão do sopro

contra o muro

escuro

menos menos

menos que escuro

menos que mole e duro

menos que fosso e muro: menos que furo

escuro

mais que escuro:

claro

como água? como pluma?

claro mais que claro claro: coisa alguma

e tudo

(ou quase)

um bicho que o universo fabrica

e vem sonhando desde as entranhas

azul

era o gato

azul

era o galo

azul

o cavalo

azul

teu cu

tua gengiva igual a tua bocetinha

que parecia sorrir entre as folhas de

banana entre os cheiros de flor

e bosta de porco aberta como

uma boca do corpo

(não como a tua boca de palavras) como uma

entrada para

eu não sabia tu

não sabias

fazer girar a vida

com seu montão de estrelas e oceano

entrando-nos em ti

bela bela

mais que bela

mas como era o nome dela?

Não era Helena nem Vera

nem Nara nem Gabriela

nem Tereza nem Maria

Seu nome seu nome era…

Perdeu-se na carne fria

perdeu na confusão de tanta noite e tanto dia

(Trecho de Poema Sujo, de Ferreira Gullar).

Soneto da Fidelidade

(Vinícius de Moraes)

De tudo,

...

Baixar como  txt (6.1 Kb)   pdf (51 Kb)   docx (15.7 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no Essays.club