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DIREITO, JUSTIÇA E MORAL NA ÉPOCA DAS LUZES

Por:   •  10/6/2018  •  8.638 Palavras (35 Páginas)  •  293 Visualizações

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Voltaire François Marie Arouet

François Marie Arquet, denominado Voltaire (1694-1778), filho de um advogado jansenista parisiense, foi educado no colégio dos jesuítas Louis-le-Grand.

Icônico pensador iluminista conhecido pela sua contundência e ironia com que defendia as liberdades dentre elas, principalmente a religiosa e a civil. Dentre os muitos filósofos do Iluminismo, Voltaire é um dos que mais se sente influência nas revoluções burguesas e seus pensadores, a saber. Voltaire tem uma vasta e profícua produção de aproximadamente 70 obras nas mais diversas formas da literatura, entre poemas, romances, peças de teatro, ensaios, etc.

Ferrenho defensor das necessidades de uma reforma social, em detrimento à censura da época, notadamente utilizava de suas obras para criticar categoricamente as instituições monárquicas e absolutistas, da França de seu tempo e da Igreja Católica a ela contemporânea. Assim, tornou-se famoso por suas críticas abertas aos privilégios dos reis absolutistas, nobreza e do clero. Graças às polêmicas ardilosas por ele suscitadas, foi preso por duas vezes e buscou seu exílio na Inglaterra(1726-1729), onde se interessou pelos problemas científicos, políticos, históricos e filosóficos ali debatidos.

Pensador avesso a todo tipo de intolerância, seja ela de opinião ou até religiosa. Um dos pontos centrais de seus textos é a defesa de todo tipo de liberdade, e sua a oposição declarada a qualquer tipo de censura com o pensamento de que mesmo se discordasse de alguma ideia, defenderia o direito de quem as pense a proferi-las.

Após o sucesso e a condenação das Lettresphilosophiques, retirou-se para o castelo de Cirey de sua amiga marquesa de Châtelet, onde, por cerca de catorze anos, dedicou-se a uma atividade de estudo e reflexão. Foi então que aceitou o convite de Frederico da Prússia e mudou-se para Berlim em 1750, atraído pelo clima de iluminado reformismo da corte prussiana. Mas não demorou a romper com esse ambiente e com o próprio rei. Abandonando o mundo dos círculos literários e galantes, estabeleceu-se primeiro em Délices, próximo de Genebra, e a partir de 1760, no castelo de Ferney, na fronteira franco-suiça. Dali continuou, "patriarca" reconhecido e indiscutível dos espíritos iluminados franceses, em sua luta contra o obscurantismo, a superstição, a intolerância, com uma incansável produção de contos, diálogos, sermões, libelos, opúsculos filosóficos... Só voltou a Paris em 1778, para a representação de sua última tragédia Irene, onde foi recebido com grandes honras. Morreu algumas semanas depois.

Foi tão renomado pensador que foi tido como conselheiro por reis e imperadores, alguns “déspotas esclarecidos”, como por exemplo Frederico II, “O Grande”, rei da Prússia.

Montesquieu Charles-Louis de Secondat

Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu (1689-1755), nascido nas proximidades de Bourdeaux, estudou no colégio oratoriano de Jully e na universidade de Paris. Por alguns anos foi conselheiro do Parlamento de Bourdeaux e colaborador da Academia de ciências local. Filho da aristocracia, descendente de família francesa desde novo foi iniciado na formação do iluminismo. Sendo irônico e contundente crítico do absolutismo francês em declínio e também dos privilégios da Igreja Católica. Assim, desde sua básica mais formação foi direcionado para embasados conhecimento das humanidades, e mais detidamente no campo jurídico. Em Paris também passou pelos círculos da literatura e da boemia.

Em 1721 publicou as Lettrespersanes, obra que lhe rendeu sucesso imediato. Seguindo um gênero literário então bastante difundido, compilou num volume as letras imaginárias de dois nobres persas, Usbek e Rica, durante sua estada na França. Mais do que pelas informações de segunda mão sobre os usos e costumes persas, estas despertam o interesse pelas críticas numerosas e sutis à sociedade francesa do início do século XVIII, a seus costumes, a suas instituições políticas e religiosas.Além de contribuir para na escrita da enciclopédia junto com Diderot e D'alembert, produziu várias obras influentes, escritos como Cartas Persas Considerações sobre as caudas da grandeza do romanos e sua decadência e O Espírito das Leis (1748).

Montesquieu sempre fora ligado, como todo pensador de sua época, ao progresso das ciências naturais, físicas e exatas. Das leis naturais que regiam o mundo físico, tratadas vastamente em seus escritos pensou que a sociedade e sua realidade, de modo semelhante, seria regida por leis.

Assim, deixa a Magistratura para estudar as leis da vida em sociedade. Profundo conhecedor dos diversos problemas da sociedade europeia de seu tempo, desenvolveu também, em seus escritos, estudos sobre uma diversidade de impérios da antiguidade, a saber: Grécia, Roma, Egito, Pérsia, Macedônia, o povo Hebreu, dentre outras variadas sociedades, etnias e culturas.

Denis Diderot

Denis Diderot (1713-1784),nasceu em Champangne, filho de um artesão, iniciou sua educação no Colégio Jesuíta em sua cidade Natal, Langres.

Seguindo a carreira eclesiástica, estudou num colégio de Paris e na universidade da Sorbonne, onde concluiu os estudos em 1732. Após alguns anos de vida libertina, em que entra em contato com as obras do iluminismo inglês e com os círculos parisienses de livres-pensadores, deu início à sua excepcional atividade na direção e na redação da Encyclopédie. Contudo, sua produção não se limitou a esse trabalho: inúmeras são as suas obras literárias e críticas e também filosóficas. Fez contatos com Catarina II da Rússia e, de 1773 a 1774, mudou-se para Petersburgo, onde se interessou por problemas relativos às reformas políticas e à universitária. Morreu em Paris em 1784.

Seu primeiro escrito de relevância é Lettressurlesaveugles a l’usage de ceuxquivoient (Cartas sobre os cegos para uso por aqueles que veem), em que sintetiza a evolução do seu pensamento do deísmo até ceticismo ateu materialista, por essa obra foi prisão.

Sua obra prima é a edição da Encyclopédie (Enciclopedia) ou Dictionnaireraisonnédessciences, desartsetdesmétiers (Dicionário razoado das ciências, artes e ofícios), compilou todo o conhecimento humano que havia até sua época. A obra levou 21 anos para ser editada e compõe-se de 28 volumes. Foi um sucesso de vendas que fez com que Diderot conseguisse certa quantia considerável em dinheiro.

Assim, continuou sua obra mesmo com a oposição da dos poderes

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