ANALISE ANTROPOLOGICA DO FILE XINGU

...

O respeito pelos povos indígenas era tão grande que levou os irmãos Villas-Bôas a lutar pelos direitos dos índios. O Parque Indígena do Xingu foi criado visando à preservação da fauna e da flora da região, para que no futuro se possa conhecer um local de natureza ainda intocado; e teve também como foco a preservação da vida e da cultura indígena. O parque sofreu resistência, de acordo com o filme, de ruralistas, políticos, e de alguns índios, que não queriam sair de seus territórios, onde seus ancestrais viveram, e ir para o Xingu. O filme termina quando a Transamazônica começa a ser construída. Naquele momento, com uma imprensa censurada pela ditadura e um país dominado pelo ufanismo do “Brasil ame-o ou deixe-o”, do “Integrar para não Entregar”, do “Terra Sem Homens para Homens Sem Terra” talvez só Orlando e Cláudio Villas Bôas – além do governo militar e de seus apoiadores – eram capazes de compreender o que aconteceria quando a estrada rasgasse a selva e literalmente a encharcasse de sangue.

Frutal (MG)

Ano

2015

CONCLUSAO

O maior mérito de Xingu é contar de forma harmoniosa a aventura dos Villas-Boas ao longo de quase 20 anos de uma odisseia estabelecida dos primeiros contatos com os indígenas até a criação do Parque Indígena do Xingu, em 19 de abril de 1961, pelo Decreto nº 50.455, o qual estabeleceu suas fronteiras.

O filme deixa evidente e saliente a questão do preconceito, do abuso e da perseguição movida pelos brancos aos índios. E aí, puxa de volta, mas sob outra vertente, a questão da cobiça das terras desconhecidas

O Parque do Xingú sofre hoje em dia com a pressão da bancada ruralista e dos latifundiários que desejam a abertura de suas terras para o plantio e o sufocam invadindo suas fronteiras.

Xingu pode ser visto como uma correta reconstituição da história de um dos povos responsáveis pela formação da identidade do povo brasileiro. Uma visão de nossa própria origem.

Frutal (MG)

Ano

2015