Fluxo de caixa como ferramenta de gestao para micro e pequenas empresas

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Vários estudiosos concordam em afirmar que uma empresa bem gerenciada e controlada financeiramente tem muito mais chance de progredir, a gestão eficiente e eficaz da empresa é fundamental para a sobrevivência da mesma.

RESNIK (1990, p.172) afirma que “a administração de caixa é uma condição decisiva para a sobrevivência e o sucesso de uma pequena empresa”.

De acordo com Zdanowicz (2000, p.40) o fluxo de caixa: “denomina-se por fluxo de caixa projetado ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período projetado”, um dos instrumentos utilizados por empresas com o intuito de identificar o a circulação do dinheiro que mostra a seus gestores onde seu recurso é aplicado.

O autor Silva (2001, p.449) diz que “O conjunto de entrada e saídas que compõe o fluxo de caixa possibilita-nos identificar os três grandes grupos (operacional, estratégico e tático), bem como, em cada grupo, detalhar seus componentes”.

Em todos os tipos de empresa, os fluxos de caixa são divididos em quatro âmbitos: os fluxos operacionais, que são os pagamentos de salários, mão-de-obra, produtos em acabamento e acabados. Os fluxos de investimento, que são constituídos por ativos imobilizados, vendas destes ativos e suas entradas, o fluxo de financiamento, são as entradas que podem ser empréstimos e quitações de empréstimos e por fim a disponibilidade que são os depósitos bancários, recebimentos a vista e também aplicações financeiras.

Também dizia Campos Filho (1999, p.25) que a estrutura do demonstrativo se constitui em quatro grupos:

- Disponibilidade;

- Atividades operacionais;

- Atividades de investimentos;

- Atividades de financiamentos.

2.1. FLUXO DE CAIXA NO MUNDO MODERNO

O crescimento do mundo moderno hoje exige que as microempresas hoje se tornem cada vez mais competitivas, por isso as organizações eficientes e eficazes, antecipam a visão de despesas e sobras de caixa, no caso, o lucro, para obterem esse resultado o fluxo de caixa torna-se cada vez mais importante para o controle e planejamento dos microempresários. Atualmente hoje se pode perceber que a movimentação de caixa, vai muito além de entradas e saídas de recursos.

Assaf Neto e Silva (2002, p.39) afirmam que:

Contextos econômicos modernos de concorrência de mercado exigem das empresas maior eficiência na gestão financeira de seus recursos, não cabendo indecisões sobre o que fazer com eles. Sabidamente, uma boa gestão dos recursos financeiros reduz substancialmente a necessidade de capital de giro, promovendo maiores lucros pela redução principalmente a necessidade de capital de giro, promovendo maiores lucros pela redução principalmente das despesas financeiras. Em verdade, a atividade financeira de uma empresa requer acompanhamento permanente de seus resultados, de maneira a avaliar seu desempenho, bem como proceder aos ajustes e correções necessários. O objetivo básico da função financeira é prover a empresa de recursos de caixa suficientes de modo a respeitar os vários compromissos assumidos a promover a maximização de seus lucros.

O fluxo de caixa é visto pelos autores Assaf Neto e Silva (2002, p 39) “[...] um instrumento que relaciona os ingressos e saídas de recursos monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo.” Afirmava em seus estudos que é possível tomar medidas em que resolva os possíveis problemas de escassez de caixa, mostrando antes o montante necessário para cumprir com suas obrigações.

2.2. O FLUXO DE CAIXA E O ORÇAMENTO DE CAIXA

Buscando o equilíbrio de orçamento de caixa pode identificar prejuízos e receitas dos recursos com antecedência, fazendo com que a empresa planeje melhor a captação e aplicação de seu dinheiro. Porém orçamento de caixa e fluxo de caixa é diferente, segundo Zdanowicz, apud Chiurco (2004, p.31) a diferença consiste em:

O orçamento de caixa difere do fluxo de caixa no que diz respeito à origem dos dados utilizados. Enquanto o fluxo de caixa é projetado a partir de eventos já realizados pela empresa em períodos anteriores, no orçamento de caixa quase todos os valores são orçados, em função dos objetivos e metas fixadas pelo comitê orçamentário.

Lunkes (2003, p.71) afirmou que “O objetivo do orçamento do caixa é assegurar recursos monetários suficientes para atender as operações da empresa estabelecida nas outras peças orçamentárias.”. Ainda dizia que “O orçamento de caixa pode ser preparado por meio do fluxo de caixa em que são relacionadas a movimentação de entradas e saídas de caixa previstas.” Sendo o orçamento necessário para controlar e organizar de melhor forma a situação financeira da empresa.

A melhor forma de se controlar uma empresa é mantendo assim todas as contas a pagar e a receber relacionadas ao caixa da empresa, assim a empresa não gastará mais do que o necessário para liquidar suas dividas e deixará de pagar juros aos bancos.

Uma das funções do gestor da microempresa em posição ao caixa é afirmada por Silva (2001, p.421) que: “será a comparação entre fluxo de caixa previsto e o realizado, objetivando identificar eventuais variações e as causas de suas ocorrências. A análise do fluxo de caixa auxiliará no entendimento da providencia e do uso do dinheiro na empresa”.

2.3. IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA NAS MICROEMPRESAS

Para os microempresários o fluxo de caixa é uma ferramenta crucial, por se tratar de uma gestão de fácil interpretação que auxilia o gestor nas tomadas de decisão e por ser uma ferramenta flexível que proporciona ao administrador ajustar o planejamento e orçamento de acordo com a necessidade presente, pois para o microempresário é interessante o planejamento em curto prazo.

Para o pequeno empresário de perfil familiar, a implantação do fluxo de caixa seria de grande utilidade por ser fácil de ser entendimento e ser elaborado pelo próprio gestor e seus usuários, porém é muito difícil convencer o gestor da microempresa por ele ser o próprio pai de família, mas não é impossível. O administrador da microempresa tem que controlar seu negócio de maneira direta e de fácil acesso.

Para eles, o gerenciamento adequado dos recursos financeiros se torna importante principalmente devido às