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A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA NAS PEQUENAS E MICRO EMPRESAS

Por:   •  3/1/2018  •  6.074 Palavras (25 Páginas)  •  550 Visualizações

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- SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

Nesse sentido, a utilização do fluxo de caixa, objeto do artigo, possibilita para as empresas, uma administração financeira mais precisa, maior domínio e manutenção de processos e contribui fortemente para a tomada de decisão dos gestores. Portanto, a situação problemática que esse trabalho procura focar se apresenta na seguinte questão: considerando os estudos e pesquisas analisados neste trabalho, a utilização do fluxo de caixa de forma sistemática e adequada pelas empresas, em especial a MPEs (Micro e Pequena Empresas), pode melhorar a sobrevivência das empresas, considerando a importância das mesmas no cenário econômico nacional?

- OBJETIVO GERAL

Por conseguinte, focando a situação problemática, o objetivo geral dessa pesquisa é demonstrar a relevância que o fluxo de caixa tem na melhoria de gestão financeira nas micro e pequenas empresas, propiciando sua utilização no monitoramento, avaliação e controle gerencial para tomada de decisão e maior eficácia da administração financeira destas empresas. Considera-se as obras literárias e os estudos analisados na pesquisa bibliográfica, quanto às taxas de sobrevivência das MPEs (Micro e Pequena Empresas) e motivos que levam as empresas a fecharem, bem como algumas pesquisas realizadas, através de artigos analisados, junto aos empreendedores e micro empresários quanto a utilização do fluxo de caixa como instrumento na eficiência e eficácia da gestão financeira de seus negócios.

A utilização de fluxo de caixa apropriado, permite aos gestores identificar as movimentações e a situação financeira ao longo do tempo, uma vez que por meio da utilização de seus dados, é viável que o administrador possa realizar projeções futuras que facilite a tomada de decisão no que tange à destinação de recursos, eventuais despesas e sobras.

- REFERENCIAL TEÓRICO

- DEFINIÇÃO DE MICRO EMPRESA (ME) E EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP)

Segundo a lei complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006, 3º Art. Microempresa é aquela que aufere, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) aquela cuja aufere, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). Ainda podemos classificar as empresas de acordo com a quantidade de funcionários, sendo o conceito definido pelo Sebrae Santa Catarina (2015), microempresa com até 09 (nove) funcionários, enquanto que a Empresa de Pequeno Porte dispõe de 10 (dez) a 49 (quarenta e nove) funcionários. Também, cada estado utiliza diversos critérios para classificação das empresas conforme sua situação econômica e fiscal.

As MPEs (micro e pequenas empresas) são, portanto, expressivas para a economia brasileira. São agentes econômicos que concedem dinamismo ao mercado e proporcionam importantes vantagens socioeconômicas para o país. Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do Produto Interno bruto (PIB) brasileiro. Juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País representam 27% do PIB, segundo pesquisa do Sebrae Mato Grosso (2011).

- ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

- Conceitos e definições

Para entender melhor o conceito da administração financeira, é preciso voltar para definir rapidamente a palavra finanças. GITMAN (2010, p. 3) conta que “o termo finanças pode ser definido como a arte e a ciência de administrar o dinheiro”. Avançando nessa linha, Marin (2011, p. 2) descreve que “a administração financeira é a utilização das informações em que se aplicam os princípios financeiros e a utilização financeira para o processo de gestão e de tomadas de decisões dentro da empresa”.

Em outras palavras, a administração financeira é definida como um conjunto de atividades objetivando o controle, planejamento e a gestão financeira de uma empresa, na qual foca-se consideravelmente no desenvolvimento, evitando gastos e desperdícios desnecessários e construindo as melhores decisões para a condução financeira mais eficaz. Dito isso, Bittencourt (2012, p. 3) complementa dizendo que a gestão financeira “é um conjunto de atividades administrativas que envolvem as bases da administração, planejamento, análise e controle, com o objetivo de maximizar os resultados econômicos e/ou financeiros gerados pelas operações empresariais.

Já na concepção de Gitman (2010, p. 4), o autor destaca a importância do gestor nas seguintes palavras: “A administração financeira diz respeito às atribuições dos administradores financeiros nas empresas. O administrador financeiro de hoje está mais ativamente envolvido com o desenvolvimento e a implementação de estratégias empresariais que têm por objetivo o ‘crescimento da empresa’ e a melhoria de sua posição competitiva”.

Também é importante salientar, em termos gerais, que o administrador financeiro é o indivíduo ou grupo de indivíduos preocupados com a obtenção de recursos monetários para que a empresa desenvolva as suas atividades correntes e expanda a sua escala de operações, se assim for desejável, e a análise da maneira (eficiência) com o qual os recursos obtidos são utilizados. (SANVICENTE 2010, p. 17).

Palmeira (2011, p. 13) também trás outra abordagem significativa destacando a importância de ter uma gestão bem definida.

Estratégias devem ser formuladas, concorrência e mercado alvo devem ser identificados, bons fornecedores devem ser conseguidos, metas devem ser estipuladas, a parte tributária deve estar compreendida pelos gestores, cálculos de custo, investimentos de curto e longo prazo, capacitação das pessoas, enfim, todos os fatores que englobam as finanças da empresa no dia a dia devem ser previamente estudados e avaliados, para que decisões sobre eles possam ser tomadas com segurança.

- FLUXO DE CAIXA

- Conceitos e definições

Chamamos de plano de contas a uma estrutura em vários níveis que permita decompor as entradas e as saídas em contas e subcontas de forma a facilitar a análise e a compreensão do fluxo de caixa. (SÁ, 2012, p. 11). Evoluindo um pouco no assunto, chamamos de planejamento financeiro a um conjunto de operações financeiras realizadas para atingir um determinado

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