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DESAFIO PROFISSIONAL 4° SEMESTRE

Por:   •  25/10/2018  •  7.219 Palavras (29 Páginas)  •  216 Visualizações

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Outra definição é do Capital físico: qualquer ativo não humano, porém idealizado e construído com força humana, sendo utilizado na produção. São exemplos as embarcações, os motores e as máquinas em geral. O capital físico difere-se do capital financeiro e do capital humano, pois o primeiro descreve o montante de dinheiro usado para começar um negócio, e o segundo refere-se às habilidades e competências humanas que agregam valor a um empreendimento.

Uma nova política social, em vez de procurar remediar os efeitos destrutivos da lógica da acumulação, é concebida como condição indispensável do desenvolvimento sustentável. Em todos os debates travados nos últimos anos, o conceito de capital social tem ocupado espaço crescente, devido à percepção de seus impactos na reformulação das práticas de desenvolvimento. Além da onda de democratização que varreu o mundo dos países pobres nas últimas duas décadas, criando condições favoráveis à revisão crítica das teorias convencionais, está se impondo a percepção do ser humano como ator social. Em vez de condicioná-lo por estímulos e sanções positivas e negativas, a cenoura ou o chicote do sistema de produção taylorista, procura-se trabalhar com a necessidade gregária, o espírito de cooperação e os valores de apoio mútuo e solidariedade, como base na eficiência social coletiva. No clima geral de incerteza e insegurança quanto ao futuro e, tendo em vista o baixo poder explicativo da epistemologia convencional, torna-se imprescindível à integração de novos conceitos e análises nos debates sobre desenvolvimento. Entre estes, ocupam lugares cada vez mais proeminentes o capital social e o papel da cultura.

Estudos de economistas do Banco Mundial distinguem quatro formas básicas de capital: o natural, constituído pelos recursos naturais aproveitáveis em cada espaço geográfico-ecológico; o capital físico construído pela sociedade, tal como a infraestrutura, as máquinas e equipamentos, o sistema financeiro; o capital humano, resultado do nível de educação, saúde e acesso à informação da população, e o capital social - conceito inovador nas análises e propostas de desenvolvimento. Ao tentar desvendar as causas da dinâmica de expansão do sistema de produção capitalista nas últimas décadas, privilegia-se a contribuição da capital social e humano para o desenvolvimento tecnológico, o aumento da produtividade e o próprio crescimento da economia.

Por ser de origem recente (as primeiras menções são da década de noventa) não há ainda uma definição precisa de capital social e a maioria dos autores recorre a definições relacionadas com suas funções, ressaltando ora aspectos da estrutura social, ora o uso desse recurso por indivíduos. Coleman (1990) trabalha com o conceito no plano individual, apontando a capacidade de relacionamento do indivíduo, sua rede de contatos sociais baseada em expectativas de reciprocidade e comportamento confiáveis que, no conjunto, melhoram a eficiência individual. No plano coletivo, o capital social ajudaria a manter a coesão social, pela obediência às normas e leis; a negociação em situação de conflito e a prevalência da cooperação sobre a competição, tanto nas escolas quanto na vida pública, o que resultaria em um estilo de vida baseado na associação espontânea, no comportamento cívico, enfim, numa sociedade mais aberta e democrática.

Enquanto o capital humano é produto de ações individuais em busca de aprendizado e aperfeiçoamento, o capital social se fundamenta nas relações entre os atores sociais que estabelecem obrigações e expectativas mútuas, estimulam a confiabilidade nas relações sociais e agilizam o fluxo de informações, internas e externas. Em vez de controles e relações de dominação patrimonialistas, o capital social favorece o funcionamento de normas e sanções consentidas, ressaltando os interesses públicos coletivos. Enquanto as vias convencionais de formar capital humano estimulam o individualismo, a construção de capital social repercute favoravelmente na coesão da família, da comunidade e na sociedade.

Fatores adversos à formação de capital social são a desigualdade na distribuição da renda e de oportunidades, o desemprego e as catástrofes naturais que levam a migrações, desarticulando a rede de relações sociais existentes e exigindo dos indivíduos grandes esforços nas tentativas de reconstrução de uma rede de relações sociais de apoio e confiança. As maiores vítimas no processo de desestruturação são as crianças, particularmente, as de famílias desorganizadas, que apresentam baixos índices de aprendizagem e elevadas taxas de evasão escolar.

Segundo A. Hirschman (1986), o capital social não se desgasta com o uso e não se esgota, mas pode ser destruído ou reduzido, aumentando a vulnerabilidade dos mais pobres e mais fracos, dos desempregados e desabrigados sujeitos às manifestações das diferentes formas de violência, agressões e delinquência, transformando o ambiente numa situação em que o homem se torna o lobo dos outros - homo homini lúpus.

Em 1981, a União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN - e o Fundo Mundial para a Vida Selvagem - WWF -, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA -, lançaram a Estratégia Mundial para a Conservação - World ConservationStrategy. Essa proposta, visando harmonizar o desenvolvimento socioeconômico com a conservação do meio ambiente, dá ênfase à necessidade de preservação dos ecossistemas naturais e, portanto, da diversidade biológica, e à utilização racional dos recursos naturais. A Estratégia Mundial para a Conservação lançou o conceito de desenvolvimento sustentado, que, entretanto, seguia basicamente as mesmas linhas do eco desenvolvimento, lançado na Conferência de Founex, em 1971, mas com mais ênfase na preservação da biodiversidade.

Segundo o economista Oswaldo Sunkel, à época (1987) Chefe do Escritório de Meio Ambiente da Comissão Econômica para a América Latina - CEPAL, esta Estratégia Mundial para a Conservação teve pequena repercussão, principalmente na América Latina, por ter enfatizado mais a conservação do que o gerenciamento dos recursos naturais para um desenvolvimento sustentável, tendo em vista a satisfação das necessidades básicas da sociedade.

A sessão especial do Conselho de Administração do PNUMA em 1982: Em 1982, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente resolveu comemorar os dez anos da Conferência de Estocolmo, com uma sessão especial do seu Conselho de Administração, em Nairóbi, Quênia. Nesta época, uma nova e importante preocupação entrava em cena: os problemas ambientais

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