RECURSOS HUMANOS

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- FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS

- CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

Há vários títulos para a área responsável em gerir pessoas: Administração de Recursos Humanos (ARH), gestão de recursos humanos e ainda Gestão de Pessoas, ou só “RH”. Porém todas elas se reúnem na associação de métodos, políticas, técnicas, práticas e habilidades com finalidade de recrutar, selecionar, administrar e nortear os colaboradores de uma organização nos objetivos e metas da mesma, ainda com objetivo de gerir o comportamento interno e melhorar o potencial do capital humano. Mas suas responsabilidades vão além. Recursos humanos também lida com estratégias, relações sindicais e de trabalho, técnicas além de recrutamento e seleção, como treinamento, planos de cargos e salários, avaliação de desempenho, incentivos e remunerações, expandindo ainda para área de socialização e psíquica quando trabalha as expectativas em relação ao trabalho, atitudes, participação e motivação, comunicação, liderança, conflitos, qualificação, poder, influência, produtividade, envolvendo-se também em qualidade de vida, cultura organizacional, práticas de desenvolvimento de pessoal, comprometimento dos níveis gerenciais, etc.

Recursos humanos é o conjunto de colaboradores ou, como chamavam há bem pouco tempo atrás, empregados de uma organização, porém titulando a função que busca adquirir, usar, desenvolver e reter esse elenco, com objetivo de alinhar as suas políticas com as estratégias da organização.

“Administrar pessoas é uma responsabilidade administrativa e gerencial, isto é, de linha, embora seja basicamente uma função de staff. Assim, qualquer que seja a área funcional escolhida, o administrador precisa necessariamente ganhar uma visão sobre como lidar com assuntos relacionados com pessoas, saber alinhar objetivos pessoais com os objetivos organizacionais (...) para alcançar seu sucesso profissional e levar sua organização rumo à excelência, competitividade e sustentabilidade”. (IDALBERTO CHIAVENATO, 2010).

Dessa forma, entende-se que, independentemente da área que o administrador vá desenvolver, é necessário ter conhecimento em assuntos ligados à pessoas e todo o seu contexto organizacional para que a organização possa ser excelente e esteja apta a concorrer no mercado, se sustentando nessa competitividade.

Também, segundo Chiavenato (2010), “o real elemento dinâmico e empreendedor das organizações - sejam elas públicas ou privadas, industriais ou prestadoras de serviços, lucrativas ou não lucrativas, grandes ou pequenas – são as pessoas”. Assim, seus conhecimentos, competências e habilidades, satisfação e entusiasmo na atividade que executa, esses entre outros fatores influenciam diretamente na produtividade, consequentemente, lucratividade da empresa, sem falar na sua imagem perante a sociedade.

2.2 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS: OBJETIVOS E FUNÇÕES

A Administração de Recursos Humanos, ou ARH, tem vários objetivos com focos divididos em empresa e pessoa, de qualquer nível hierárquico, sendo seus principais:

- Buscar e promover à organização as melhores competências adequadas ao seu funcionamento, desenvolvendo e mantendo a longo prazo;

- Proporcionar ao pessoal trabalho e ambiente adequados, permitindo motivação e incentivar a execução de suas atividades com dedicação;

- Alinhar perfeitamente os objetivos da empresa com os individuais do pessoal.

No entanto, para alcança-los, é necessário que se dedique à funções dedicadas no alcance desses objetivos, a saber:

- Recrutar e selecionar pessoal competente para cumprir determinada atividade;

- Remunerar, proporcionar benefícios sociais, higiene e segurança no trabalho desse pessoal;

- Treinar e desenvolver as pessoas na organização;

Para Brandão (2010), para que essas funções tenham sucesso, é necessário que haja entrosamento interpessoal em todos os níveis da organização e que “cada superior administre seus subordinado de acordo com as normas e critérios definidos pela empresa”. Caso não haja esse relacionamento interpessoal, o entrosamento social não existe, o que não proporciona um clima propício ao desenvolvimento do ambiente agradável, interferindo na produtividade de suas atividades.

Diante disso, a ARH preocupa-se, basicamente, em melhorar a empresa e a qualidade de vida dentro dela, produzindo mais valor, agregando riqueza, e oferecendo mais resultado, enquanto a qualidade de vida diz respeito ao grau de satisfação de seu pessoal. Em outras palavras, a ARH faz com que exista um contexto entre empresa e colaborador, lhes proporcionando um bem estar, consequentemente agregando valor ao trabalho executado por elas, alcançando os resultados esperados pela organização. Isso ocorre, principalmente, pela necessidade de um modelo de atuação para aumentar o crescimento da empresa e formas de enfrentar a concorrência e as mudanças no mercado. A partir desse princípio, entende-se que sentimentos, inerentes ao ser humano, se não trabalhados de forma correta, pode comprometer seriamente a organização.

- DESENVOLVER PESSOAS

Existem várias definições para o termo “desenvolvimento”, estando presente em todas as áreas, porém poucos o entendem. O dicionário Silveira Bueno afirma que desenvolvimento é ampliação, expansão, progresso, podendo contextualizar em ampliar sua capacidade em assumir atribuições e responsabilidades. Dessa forma, uma pessoa se desenvolve quando expande sua capacidade de produzir resultados. E uma forma de desenvolver é treinar.

Para Chiavenato (1999) apud Cadore (2008), desenvolvimento de pessoas está diretamente ligado a educação, dessa forma, independente do modelo de formação, capacitação, treinamento, deve assegurar ao ser humano a oportunidade de desenvolver potenciais, inatos ou não.

Munk (2009) afirma que uma organização é representação abstrata de um conjunto de pessoas com objetivos a serem alcançados, de forma que, individualmente, não seria possível. Diante disso, quanto mais desenvolvidas as pessoas forem, consequentemente, mais desenvolvida a organização será. No entanto, esse desenvolvimento não acontece se não houver definição de objetivos, parâmetros de desenvolvimento e orientações