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RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO INTEGRADO – PROCESSOS DE INTERSUBJETIVIDADE:ÊNFASE PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

Por:   •  12/11/2017  •  6.377 Palavras (26 Páginas)  •  718 Visualizações

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Na liderança autocrática, o líder planeja sem a interação do grupo e decide as técnicas para a execução do serviço. Determina também qual a tarefa de cada liderado e quem será o seu parceiro de trabalho. Por adotar uma postura autocrática, provoca certa tensão e frustração no grupo. Geralmente o trabalho só é realizado mediante a presença do líder, que é temido pelo grupo, e, ao ausentar-se, a tendência deste grupo é reduzir sua produtividade.“No estilo autoritário todos os programas são estabelecidos pelo líder” (HERSEY; BLANCHARD, 1977, p. 90).

Já no estilo liberal, o líder não se preocupa nem com as tarefas nem com os liderados. O líder liberal não impõe regras ou normas ao grupo, e os liderados não o respeitam. Neste caso, as decisões, divisão de tarefas e/ou planejamento são feitos pelos liderados, já que o líder é minimizado pelo interesse do grupo que nesse caso seria composto pelos os liderados. “Este estilo de comportamento permite que os membros do grupo façam o que desejam fazer. Não se estabelecem programas ou processos” (HERSEY; BLANCHARD, 1977, p. 91). Nesse caso a tendência é os liderados acharem que tem autoridade para fazer o que bem entende, inclusive desistir de dar continuidade a hora que bem quiser, pelo motivo de não poder contar com o líder e só se ter como companheiro de trabalho.

Nos três estilos de liderança, é possível notar a mudança de enfoque. Cada um tendo a sua forma de agir, sua forma de lidar com os liderados e seu meio de se impor durante as tarefas. Logo, a aplicabilidade do estilo de liderança influenciará o processo do trabalho, no seu resultado final e é o que decidirá qual método é o melhor a ser aplicável, e este poderá ser um fator motivador da equipe. “a liderança autocrática põe forte ênfase no líder, enquanto a liderança liberal põe forte ênfase nos subordinados. A liderança democrática põe ênfase tanto no líder como nos subordinados” (CHIAVENATO, 1993, p. 140). Assim nos mostrando claramente que a escolha dos três tipos de liderança só depende do que o líder necessita e quer.

O líder desempenha sua função com excelência, juntando respeito, zelo, cooperação, iniciativa e competência para com seus liderados, transformando um líder em uma pessoa diferente de um chefe. Buscando mostrar aos liderados caráter positivo das ocasiões, transformando o que talvez seria uma falha em um ganho e aprendizado, um momento ruim da empresa para um liderado crescer, fazendo assim com que o ganho seja maior que a perca. O líder consegue extrair o máximo que o liderado tem para render, buscando a eficácia de sua função, ele não só passa as tarefas e cobra, como também participa das tarefas para mostrar o exemplo a ser seguido.

Para muitos administradores experientes, o conceito de liderança é o mais importante e o mais relevante de todos os conceitos da ciência do comportamento. Em seu trabalho cotidiano, eles são confrontados continuamente com os principais problemas de liderança – responsabilidade e autoridade, delegação, estabelecimento de objetivos, controle, avaliação de desempenho, formação de equipes e manejo de conflitos (KOLB; RUBIN; MCINTYRE, 1990, p.159).

Entende-se que o processo para conseguir a efetividade da liderança, não é fácil, levando em consideração a subjetividade do líder, ai começa uma série de dúvidas de quais caminhos deve-se seguir para conseguir obter êxito.

Parece que nenhum conjunto simples de traços caracteriza o bom líder. Muitos fatores devem, então, ser considerados para que cada um compreenda seu próprio estilo de liderança e o impacto desse estilo sobre os outros e sobre o desempenho. Uma das forças que operam na modelagem do estilo de liderança de uma pessoa são suas crenças básicas sobre as pessoas e sobre a natureza humana (KOLB; RUBIN; MCINTYRE, 1990, p.161).

Quando você acredita que as pessoas são preguiçosas ou irresponsáveis, então você vai comandá-las você acaba levando esse preconceito em realidade, por exemplo, vigiá-las o tempo todo. Esse comportamento pode levar aos seus liderados a sentirem que eles realmente não têm responsabilidade em seu trabalho, o que pode acabar levando a trabalhar de fato apenas quando estiver sendo vigiado.

As pessoas não são motivadas por uma única força propulsora. Ao invés disso, elas buscam várias satisfações e essas necessidades são dinâmicas, mudando à medida que as pessoas crescem e se desenvolvem. Esse fato reforça a necessidade de um comportamento flexível e adaptativo, da parte do administrador, em relação aos diferentes estilos de liderança. (KOLB; RUBIN; MCINTYRE, 1990, p.161).

A forma que o líder tem que tratar seu liderado, levando em consideração a subjetividade tanto dos liderados quanto usada pelo líder.

Uma segunda força que opera para modelar o estilo de liderança de uma pessoa é a maneira pela qual ela escolhe exercer seu poder. As diferenças de poder e status que existem entre supervisores e subordinados são reais e naturais. Elas não podem ser ignoradas nem podemos simplesmente fazer votos para que não existam. A questão não é, então, se o executivo tem ou não poder, mas como ele escolhe exercer o poder e quais as consequências. (KOLB; RUBIN; MCINTYRE, 1990, p.163).

Esse poder do líder só atingira a eficiência se o líder fazer com que se sintam mais fortes que fracos.O líder eficiente usa seu poder para estabelecer a confiança dos outros para com ele. Certamente, o medo (a ameaça de punição) é uma poderosa força motivadora. Em longo prazo, entretanto, isso cria desconfiança e muitas profecias auto realizadoras. (KOLB; RUBIN; MCINTYRE, 1990, p.164). Tem que se ter muito cuidado, deve-se levar em consideração nesses momentos o bom senso e saber o que é realmente necessário e deve ser feito.

Muitos administradores usam seu poder para estruturar relações competitivas entre os empregados e entre os departamentos ou grupos. Supõem que tal competição estimulará níveis mais elevados de produção (KOLB; RUBIN; apud MCINTYRE, 1990, p.164). Depende muito de cada caso, por isso deve-se sempre levar em conta toda a subjetividade tanto das funções a serem exercidas, quanto dos liderados que forem assumir a condição, quanto da forma que o líder vai conduzir essa maneira.

O processo de liderança é, em sua forma mais básica, uma transação interpessoal. As suposições de alguém sobre as pessoas e o exercício de poder são todos comunicados (verbalmente ou não) durante um encontro interpessoal. Um quadro de referência potencialmente poderoso para a compreensão desses encontros provém do trabalho

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