Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

Projeto de Pesquisa

Por:   •  14/2/2018  •  1.874 Palavras (8 Páginas)  •  214 Visualizações

Página 1 de 8

...

Dentro de uma organização os conflitos geralmente começam por falhas e/ou barreiras de comunicação.

“A pessoa que fala, que escreve e que comunica, de alguma forma, exerce sobre outros um poder de influência que deve dominar e saber administrar. Um mediador precisa ter domínio sobre a comunicação pois a sua relevância transcende o plano intrapessoal para entrar no interpessoal, definindo a natureza e o curso das relações”, Guillermo Ballenato Prieto (Pg.18) – 2013.

Na maioria das vezes as pessoas envolvidas não se percebem como co-construtoras do conflito, ou seja, que cada uma é responsável a seu modo pela briga ou conflito que está acontecendo. O conflito se estrutura, na diferença de interesses entre duas partes - pessoas ou grupos - que acreditam na impossibilidade de verem seus interesses atendidos. A inexistência de uma escuta atenta e de um contexto conversacional adequado podem, mesmo que parciais, até impossibilitar a busca de alternativas na maioria das situações.

Através dos tempos, o diálogo sempre representou a maneira mais eficiente para mediar conflitos. Na atualidade isto se mantém, pois a comunicação dialógica envolve a troca ou a discussão de diferentes idéias e opiniões; leva em conta diferentes pontos de vista com a finalidade de resolver os problemas; possibilita a busca do entendimento; inclui a possibilidade de duas posições – isto e aquilo; é coerente com a lógica da negociação – mediação; busca legitimar as duas posições; permite ouvir a lógica do outro buscando compreendê-la; envolve a conversação como um processo de co-construção de mudança; estabelece a possibilidade de ganhar e ganhar incluindo a ação de ceder, negociar, aceitar a posição, a razão e o sentimento do outro.

---------------------------------------------------------------

6

4- REVISÃO TEÓRICA

Uma ótima oportunidade para gerar mudanças, redefinir e ajustar ações necessárias para a busca de alternativas que podem ocorrer de forma rápida e eficaz. Quem lê essa afirmação, pode pensar que se trata de alguma metodologia capaz de trazer inovações ao meio organizacional. Contudo, o que poucos podem imaginar é que se trata apenas de uma situação conflituosa. Isso mesmo, a geração de conflitos, quando bem administrada pode ser considerada positiva e trazer benefícios tanto para que está envolvido com o fato quanto para o ambiente corporativo.

“Segundo Lourdes Farias Alves, mestre em psicologia e mediadora do Instituto THEM (Transformação Humana em Educação e Mediação), os conflitos são divergências ou diferenças que em maior ou menor grau, interferem no relacionamento entre as pessoas, causando tensão, comprometimento na qualidade de vida, perdas materiais e até revoluções e guerras - dependendo da sua natureza e do contexto”.

Se o conflito é visto apenas como algo negativo, gerador de crises para a organização, os indivíduos envolvidos podem endurecer suas posições, estreitando as perspectivas para a busca de qualquer solução. Vale lembrar, que quando não há condições favoráveis nas quais as partes possam encontrar naturalmente maneiras de resolver suas questões, hoje existem diferentes possibilidades que apontam para a busca de soluções alternativas de conflito como, por exemplo, a arbitragem, a conciliação e a mediação.

“A qualidade do diálogo pode gerar um campo fértil para a amplitude e para novas formas de atuação em toda a organização. Ao contrário, a falta de diálogo é um campo fértil para o surgimento dos mais diferentes tipos de conflito”, afirma Lourdes Farias Alves.

Portanto, é preciso estimular o desenvolvimento das relações intra e interpessoal. Uma boa base para administração de conflitos é iniciar o diálogo com empatia, confiança, boa vontade, bom senso, valorização e reconhecimento dos pontos de vista do outro, respeito às diferenças e com a escuta ativa.

Esse tipo de postura ajuda as partes a terem consciência de que são igualmente importantes e, portanto, seus pontos de vista devem ser reconhecidos e respeitados. As pessoas que não conseguem enxergar o ângulo da outra parte ou respeitá-la jamais serão hábeis administradores de conflito. O reconhecimento e a valorização do outro são fundamentais para se criar o cenário ideal da administração do conflito.

O bom conflito – Uma situação que gera uma desavença pode ser considerada positiva na medida em que denuncia dificuldades, favorece o entendimento entre as pessoas, melhorando a qualidade da comunicação entre elas, gerando confiança, favorecendo o comprometimento, promovendo a cooperação mútua e o empowerment. Um conflito bem administrado gera inovação, oportunidade, enriquecimento pessoal e organizacional, além de evolução. O ambiente profissional fica mais transparente e as metas mais focadas. “O conflito faz parte do processo de evolução da humanidade, é necessário para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer organização”, destaca Lourdes Farias Alves, ao acrescentar que quando uma equipe aprende a administrar situações conflitantes, acaba transformando o local de trabalho em um ambiente propício à criatividade e à produtividade, gerando novas oportunidades e negócios.

Vale destacar que a mediação é um processo confidencial e voluntário, onde um terceiro neutro chamado mediador é contratado pelas partes, para facilitar o diálogo, criando um contexto favorável à negociação. A busca de soluções, que de algum modo atenda aos interesses dos envolvidos, deve levar em conta a decisão das partes que assim podem assumir a responsabilidade pela escolha e o cumprimento dos acordos.

A mediação – A prática da mediação possui mais do que modelos, pois conta com enfoques diferentes que vão depender da natureza do conflito e da formação-capacitação do mediador. Dentre esses modelos, encontram-se o tradicional originado do campo empresarial, cujo enfoque está centrado na busca do acordo e na satisfação das partes. Tem o foco nas questões e está orientado para o passado e usa os quatro princípios de negociação de Harvard: separar as pessoas do problema; focalizar os interesses e não as posições; criar opções para o benefício mútuo e insistir no uso de critérios objetivos.

7

5- METODOLOGIA

A pesquisa será realizada na Empresa Decklei Ltda em Goiânia/Go (empresa do ramo editorial) e irei utilizar aqui o conceito de clima, tal

...

Baixar como  txt (14.8 Kb)   pdf (64 Kb)   docx (20.4 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no Essays.club