Governando o "Sonho Chinês": Corrupção, desigualdade e o Estado de direito
Por: SonSolimar • 27/8/2018 • 1.814 Palavras (8 Páginas) • 382 Visualizações
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Em 1978, Deng Xiaoping era novo líder da China, onde abraçava naquele momento um País devastado pelo radicalismo político e anarquia extremista derivadas do governo de Mao.
Um ano após o supracitado, houve campanha do líder atual no intuito de controlar o quantitativo populacional, onde se fazia campanha para estipular o limite de filhos que as famílias poderiam ter, que era o limite de 1 (um) filho para cada família, é nesse pensar, que se observa com grande vênia que a China passou por inúmeras formas de ditaduras, pois, à eles todas as formas e pensamentos de seus lideres eram impostos sem nem um critério ou filtro, aderindo sanções aos que não cumprissem.
De 1979 a 1980, a luta pela democratização começou a ganhar voz, assim, certa parte dos inquietos por mudanças começavam a se erguer novamente, ao passo que fora instituído em 1993 o denominado “quatro princípios cardeais”, que buscava apoio da população para a manutenção da ditadura, senão vejamos: defender o caminho socialista, manter a ditadura do proletariado, apoiar a liderança do CCP, o Marxismo-leninismo e o Maoísmo, que nada mais eram do que prismas para dogmatizar os revoltos, pois tinham os lideres tinham medo de outro auge das rebeliões que aconteceram em 1989.
Em 1993, Jiang Zemin era nova pessoa em liderança, e como se era previstos por todos que assumiam tão cargo, não abraçavam sua população com bons olhos, muito menos com a sensação de esperança, pois, a ditadura, as revoluções, as campanhas de massa, tinha afetado muito a política, trazendo insegurança e medo a todos que conviviam no meio aquele pré-caos, nesse norte, Zemin buscou reformas pró-mercado e o controle político do CCP que era anteriormente liderado por Deng, o que acarretou na criação de uma nova classe empresarial.
Com o novo pensamento político, trazendo o juízo de Estado e não mais de empresa que se molda e trabalha para uma família imperial, o mercado da China fora aberto para que empresas de todos os portes pudessem usufruir desse novo mercado, isto é, o afã que começou por volta de 1992 e teve só sua percepção em 1997, tiveram altos e baixos, mas o intuito era positivo e proativo para a população, pois, foram fechadas inúmeras fábricas do Estado, para que eles viessem de forma privatizada, desmembrando o vinculo tão notório do Estado com os civis.
Em 1994, houve a cristalina necessidade de se modificar, ou melhor, ajustas certas questões fiscais, uma vez que a China não tinha mais mão de obra sem custos e com isso, ela precisava se mantiver, e com isso, as empresas precisavam arcar com isso, o que é compreendido como normal e no mundo dos negócios.
Em 2002, Hu Jintao tornou-se secretário-geral do CCP, a posteriori, em 2003, passou também a ser presidente da PRC, o que tornou possível naquele momento o inicio do desejo real por mudança, a vista de uma frágil democracia, ou seja, o mesmo começou a abordar questões de justiça social e desenvolvimento sustentável, que naquela época, eram vistas de forma deliciada e complicadas de serem modificadas.
Uma das primeiras mudanças perceptíveis do governo de Hu fora a criação do projeto de “nova zona rural socialista” que retirava aquela figura que as áreas rurais eram civis transformados em trabalhadores de massa para o Estado, e sim, mereciam direitos e deveres como qualquer outro pertencente aquele pais, a luz do principio da equidade, isso chocou os mais conservadores, pois, a China estava se roupando com outros desejos e valores.
Em 2005, também fora instituída outra campanha trivial para a mudança do País, que se denominava “manter a natureza avançada dos membros do partido comunista” que tinha como viés o combate a corrupção e a educação ou reeducação dos membros partidários, em que pese os princípios que tinham acerca da sociedade.
Em 2009 era notório o avanço positivo que a China estava tendo, pois salva os valores de mercado a cada ano passado até o ano descrito, de todo modo, o governo, a rigor, não agrada sua totalidade e por conseqüência havia revoluções, conflitos por pedaços de terras e interesses constantes nesse governo.
Em 2012, Xi Jinping fora nomeado secretário-geral e chefe da comissão militar central, sendo enviado para trabalhar no âmbito educacional durante a revolução cultural chinesa e pelos seus discursos que demonstrava claramente o desejo de mudança a luz democrática, no que pese a prosperidade e o respeito pelos cidadãos, iniciou-se o titulado “sonho chinês“, o que a priori interpretado como algo próximo ao sonho americano, perdurando com esse desejo em auge até meados de 2013.
Nesse pensar, observaram com uma ótica critica de comparações de desigualdade social, agregando o inicio dos problemas de ditadura da China, mas as mudanças que a mesma estava passando e perceberam que a desigualdade continuava a crescer isso se dava porque as pessoas das províncias do leste e cidades do litoral já eram mais ricas do que as locais do centro e consequentemente do oeste, isso era algo gerado pela historia ora contada onde as famílias que nasceram com certos privilégios nos tempos mais árduos, prosperavam melhor e de forma mais eficiente nos tempos do pensamento do sonho chinês, da mesma forma que pela luz tecnocrata, os bem oportunos civis que tinha mais chance de estudo e construção profissional eram mais bem sucedidos e tinha melhores oportunidades, é um viés compreensivo e muito visto no mundo corporativo.
No entanto, cabe salientar que não havia grande espírito de inquietude por parte da população Chinesa, no que pese a desigualdade de classes, uma vez vindos de uma recente ditadura, aceitavam logo cedo seus papes na sociedade que fossem abraçados, logo, fora instituído um estudo chamado o “mito do vulcão social”, onde observava os fatores do clamor social, com uma ótica critica e realista, mas, sobretudo, pelo aspecto de mudança que a China sempre estava passando, o afã coletivo, assim como a ótica social, poderia mudar a qualquer momento, sendo assim, visto pelos lideres do CCP, como uma problemática previsível.
Após enfrentar graves desafios econômicos,
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