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Desafio de Inclusão digital

Por:   •  11/4/2018  •  2.377 Palavras (10 Páginas)  •  271 Visualizações

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Sobre a inclusão escolar, Mendes cita ainda que a construção de uma sociedade inclusiva torna-se fundamental para a consolidação e desenvolvimento do estado democrático, em que a educação inclusiva é uma parte integrante e essencial. Assim, o princípio da inclusão se globaliza, as teorias e práticas inclusivas passam a ser defendidas em muitos países, inclusive no Brasil. Isso implicaria na necessidade de reformas educacionais, prevendo alterações nos currículos, nas formas de avaliação, na formação dos professores, nas estruturas físicas das escolas e na adoção de uma política educacional mais democrática.

Com a utilização do método, são muitos os benefícios que podem ser citados. Através dele é possível que o aluno com deficiência tenha novas perspectivas de aprendizado na sua vida cotidiana, mas não é apenas o aluno com deficiência que ganha, com a convivência durante o dia dia, até mesmo os alunos sem deficiência que concivem com ele acabam ganhando e aprendendo como lidar e respeitar as dificuldades do colega.

Como a escola tem que ser o reflexo da vida em sociedade, é papel da escola fazer com que os alunos convivam com a experiência da diferença, pois assim, os estudantes que passarem por essa experiência ainda em sala de aula, quando mais jovens, mais tarde saberão como lidar com as dificuldades e preconceitos que enfrentaram na vida adulta.

Essa inclusão da a oportunidade da pessoa discriminada pela cor, por alguma deficiência ou qualquer outra pessoa que faça parte de uma minoria que sofre preconceito a chance de ter um espaço na sociedade, podendo assim tornar-se mais independentes, caso contrário sempre vão depender de outras pessoas.

Já para os professores, o maior ganho que alcançam com a inclusão escolar é o fato de que podem garantir o direito à educação a todos os alunos, um dos principais pontos quando a profissão de professor é escolhi, não fazer julgamento sobre nenhum aluno e possibilitar que independente de alguma dificuldade ou restrição ele possareceber a mesma educação que qualquer outro aluno.

Para que uma escola seja considerada inclusiva é necessário um projeto pedagógico bem estruturado, que deve ser bem estudado antes de ser implantado. Diferente do que muitas pessoas pensam, o fato da escola possuir rampas de acesso e banheiros adaptados não basta para que seja inclusiva, pois trata-se de muito mais que isso.

O trabalho de inclusão deve envolver toda a equipe, e discutir com cada um deles o plano a ser implantado, levando em conta que muitas vezes os professores podem não dar conta e que até mesmo os pais dos alunos não colaborem. Para que o projesso seja considerado bom para que seja aplicado, é importante que ele valorize a cultura, as histórias e as experiências que os alunos da turma ja tenham vivido.

Um ponto que barra o processo de inclusão escolar de ser colocado em prática ainda é o preconceito, muitas pessoas acreditam que o melhor é excluir essas pessoas especiais e mantê-las em escolas que podem garantirum serviço especializado e adaptado para a necessidade que o aluno possua, mas todos sabem que é direito destas pessoas de frequentar uma escola de ensino regular sem nenhuma restrição.

Jamais haverá inclusão se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os deficientes poderão ser incluídos. É preciso que as pessoas falem por si mesmas, pois sabem do que precisam, de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadão. Mas não basta ouvi-los, é necessário propor e desenvolver ações que venham modificar e orientar as formas de se pensar na própria inclusão (PORTAL EDUCAÇÃO, 2008).

Como ainda as escolas estão passando por um processo de concientização sobre o assunto, é importante que as escolas façam mais que adaptações físicas em suas instalações, ela deve oferecer um atendimento especializado paralelamente as aulas que aplicam, como por exemplo, uma criança cega pode participar de uma aula junto com a sua turma regular, com colegas que enxergam normamente, e no período oposto faz o treinamento em braile e de locomoção com instrumentos daptados para suas necessidades. É isso que garante a integração dentro e fora da escola.

O fato de receber um auxilio maior em função de suas necessidades não é necessário que a avaliação de pessoas com necessidades seja realizada diferentemente dos outros alunos. A avalização deve ser planejada pelo professor de maneira que atendam a todos os alunos,independente de possuir ou não necessidades especiais. É preciso levar em conta que a função de avaliação dos alunos é de medir o quanto a criança absorveu de conteúdo e até que ponto ela conseguiu se desenvolver, isso pelo seu mérito pessoal, sem a necessidade de comparação com os outros alunos.

Segundo Pechi (2011) as atividades desenvolvidas pelos estudantes com deficiência intelectual em sala de aula podem ser adaptadas, desde que o currículo tenha sido adequado, conforme orientam os Parâmetros Curriculares Nacionais. A avaliação deve ser feita de acordo com as potencialidades e os conhecimentos adquiridos pelo aluno. Mais do que conhecer suas competências, é necessário que o professor saiba como ele deve ser avaliado em todas as áreas, assim como acontece com as outras crianças.Dessa forma, é possível descobrir quais são suas habilidades e dificuldades e definir se os instrumentos que são usados estão de acordo com as respostas que o aluno pode dar.

O assunto da inclusão no Brasil ainda é pouco discutido e aplicado, os projetos pedagógicos caminham em pequenos passos. Um dos principais problemas é que as escolas tem muita dificuldade de aplicar a lei. A Constituição Brasileira (1988) garante o acesso ao ensino a todas as crianças, sendo que as que possuem deficiência ou necessidades especiais tem que receber o auxilio de uma pessoa especializada na escola, mas que não deve subtituir o ensino regular e nem privar quem quer que seja de frequentar qualquer turma de alunos em uma escola regular.

A educação brasileira tem se demonstrado ineficiente para o atendimento da maioria de sua clientela, pois conforme ideia de Gurgel (2007), a educação especial foi tradicionalmente concebida como destinada a atender o deficiente mental, visual, auditivo, físico e motor, além daqueles que apresentam condutas típicas, de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos e psiquiátricos. Também estariam inseridos nessa modalidade de ensino os alunos que possuem altas habilidades e superdotação. O conceito de inclusão é uma dificuldade a ser enfrentada pelos professores das escolas, necessita de tempo para ser implementado, da mudança de paradigmas

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