Administração Capitalismo e Estado Moderno
Por: Jose.Nascimento • 21/8/2018 • 882 Palavras (4 Páginas) • 339 Visualizações
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Apesar de valorizar muito o longo prazo, Piketty se preocupa em destacar os pequenos prazos também, falando de exemplos que ocorreram, por exemplo, na França. Esses períodos, mesmo sendo curtos, mostram mudanças importantes no cenário e devem ser tratados com cuidado.
Repetindo, de certa forma, o que já havia ocorrido nos EUA, a França vivenciou um aumento da desigualdade causado, principalmente, aumento significativo dos salários dos trabalhadores da faixa top centile (os 1% mais ricos). Ocorrendo em períodos diferentes, esse fenômeno foi decisivo no ‘rumo’ que a desigualdade tomaria nesses países. No período, os EUA haviam se tornado um país bem mais igualitário do que é hoje, ao passo que, na atualidade, ele reflete uma desigualdade muito mais intensa do que a maioria dos países da Europa.
Essa ‘chave’ muda, para os EAU, a partir de 1980, e a curva que mostra o aumento da desigualdade está na crescente até os dias de hoje. Mesmo as bolhas de 2000/2001 e 2007/2008 não foram suficientes para suavizar essa onda de desigualdade.
Ao analisar esses dados, o autor, sabendo que a desigualdade não foi aliviada pela crise, faz um questionamento inverso: será que a desigualdade causou a crise? Afinal, os picos de desigualdade nos EUA coincidem com as crises mais fortes que esse país já passou. Do ponto de vista de Piketty isto é bem claro. O aumento da desigualdade traz diminuição do poder de compra. Com a diminuição do poder de compra dos 40 e dos 50% mais pobres, a dívida bancária aumenta e a inadimplência força a crise financeira .
No fim do capitulo, o autor trabalha a ascensão dos super salários, contrariando aqueles que a desigualdade salarial não é tão relevante, pois durante a carreira de um trabalhador a recuperação seria natural bastando se valer da regra da meritocracia. Ao mesmo tempo ele conclui que apesar da evolução extraordinária dos salários dos “supergestores”, o ganho de renda vindo do capital continua a prevalecer entre os 1% mais ricos.
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