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ATPS- ENG. DE QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO

Por:   •  19/12/2017  •  2.582 Palavras (11 Páginas)  •  360 Visualizações

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O Seis Sigma é muitas vezes compreendido como panacéia geral, mas é na realidade uma solução ótima de médio e longo prazos, e se aplicado com seriedade (sem falsas expectativas). Neste aspecto muitas empresas têm tido sucesso em sua aplicação e obtenção de resultados, e tantas outras têm falhado, o que não deprecia a filosofia em si mas sim a forma e determinação como ela foi implementada.

PRINCIPAIS OBJETIVOS

O Seis Sigma é uma abordagem que vem atraindo a atenção de muitas organizações devido a sua forma sistemática de alcançar a diminuição da variabilidade e dos desperdícios nos processos, utilizando-se de métodos estatísticos e da qualidade. A metodologia propõe as organizações que busquem processo que tenham desempenho Seis Sigma, em termos estatísticos, que apresentem no máximo 3,4 defeitos a cada milhão de produtos ou serviços produzidos para cada projeto ou cliente. É uma meta que poucas empresas ou processos podem dizer ter alcançado. O segundo MARASH (2000) Seis Sigma foi desenvolvido na Motorola na década de 80, onde o método utilizado era o da Gestão pela Qualidade Total acoplada a intensa utilização de métodos estatísticos e ferramentas da qualidade. Apesar dos grandes benefícios apontados por muitas organizações, nem todas as implementações do Seis Sigma são bem sucedidas, pois podem existir muitas que não reportam seus fracassos. Este contraste entre as implantações bem sucedidas e mal sucedidas cria a necessidade de se considerar a existência de elementos que devem ser reconhecidos para garantir uma eficiente implantação do Seis Sigma..

CONFIGURAÇÃO SISTÊMICA DA FERRAMENTA ( O QUE É A FERRAMENTA / PRINCIPAIS COMPONENTES).

O Seis Sigma contempla características de outros modelos de qualidade, tais com :

- Ênfase no controle da qualidade;

- Análise e solução de problemas usando os recursos disponíveis de uma forma correta;

- Uso sistemático de ferramentas estatísticas;

- Utilização do DMAIC (define-measure-analyse-improve-control: definir, medir, analisar, melhorar, controlar) e do PDCA (plan-do-check-act: planejar, executar, verificar, agir);

Contudo, o Seis Sigma abrange não só o pensamento estatístico, mas também, o alinhamento da qualidade com as estratégias da organização, além da forte ênfase na relação custo-benefício dos projetos de melhoria.

PRINCIPAIS COMPONENTES

Ao aplicar o Seis Sigma numa organização, é feito um intensivo uso de ferramentas para a identificação, análise e solução de problemas, com ênfase na coleta e tratamento de dados e suporte estatístico.

O diferencial do Seis Sigma está na forma de aplicação estruturada dessas ferramentas e procedimentos e na sua integração com as metas e os objetivos da organização como um todo, fazendo com que a participação e o comprometimento de todos os níveis e funções da organização se torne um fator-chave para o êxito de sua implantação. Também atuam como fatores-chave o compromisso da alta administração, uma atitude pró-ativa dos envolvidos no programa, e sistematização na busca da satisfação das necessidades e dos objetivos dos clientes e da própria organização.

Além disso, o Seis Sigma prioriza a escolha do pessoal que irá se envolver na implantação e aplicação do programa de forma criteriosa, além do treinamento e da formação das equipes para a seleção, implementação, condução e avaliação dos resultados obtidos com os projetos executados, que são a base de sustentação do programa.

NECESSIDADES A SEREM ATENDIDAS NO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO NO CONTEXTO EMPRESARIAL.

Segundo PANDE, NEUMAN, CAVANAGH (2001) o Seis Sigma conta com duas metodologias de máxima eficiência que são DFSS (Design For Six Sigma) que é utilizado quando precisamos desenvolver um produto ou processo novo ou adaptar um produto que foi fabricado em outro país para as necessidades do novo mercado. A segunda metodologia é a DMAIC, que esta dividida em cinco fases ou estágios básicos para se obter o desempenho Seis Sigma em um processo, divisão ou empresa. Essas cinco fases são conhecidas como: Define (Definir), Measure (Medir), Analyse (Analisar), Improve (Melhorar) e Control (Controlar). Na fase Define (Definir), são identificados os projetos Seis Sigma que serão desenvolvidos na empresa, com o objetivo primeiro de satisfazer as expectativas dos clientes em termos de qualidade, preço e prazo de entrega. A habilidade da organização em atender a essa expectativa está intimamente ligada à variação de seus processos (referindo-se a qualquer tipo de processo, abrangendo tanto os administrativos, como os de serviços, vendas e manufatura). A variação de processos tem um impacto direto nos resultados financeiros da empresa em termos de custo, tempo de ciclo e número de defeitos, falhas e erros que afetam a satisfação do cliente. A identificação de projetos Seis Sigma permite à organização reconhecer como os seus processos afetam sua lucratividade, e permite definir quais desses processos são críticos para o negócio da empresa. A fase Measure (Medir) abrange ações relacionadas à mensuração do desempenho de processos e à quantificação da variabilidade dos mesmos. Através de consenso entre os integrantes da equipe Seis Sigma da empresa, são identificadas as "Variáveis de Entrada de Processos-Chave "(KPIVs) e as "Variáveis de Saída de Processos-Chave" (KPOVs). Nessa fase, são utilizadas ferramentas básicas como, por exemplo: as métricas Seis Sigma, a Análise de Sistemas de Medição (MSA), a Análise de Modos de Falha e Efeitos (FMEA) e o Desdobramento da Função Qualidade (QFD). Na fase Analyse (Analisar), são analisados os dados relativos aos processos estudados, com o objetivo principal de se conhecer as relações causais e as fontes de variabilidade e de desempenho insatisfatório de tais processos, visando a melhoria dos mesmos. Nessa fase, as ferramentas utilizadas incluem: visualização de dados, testes de hipótese, análise de correlação e regressão e análise de variância. A fase Improve (Melhorar) consiste, fundamentalmente, no desenvolvimento de Projetos de Experimentos (DOE), com o objetivo de se conhecer a fundo cada processo, através da mudança estrutural de níveis de operação de diversos fatores, simultaneamente, do processo em estudo. A informação obtida com o DOE auxilia a identificar o ajuste das variáveis-chave para modificar e otimizar

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