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Processo e Trabalho: A Dialética do Trabalho

Por:   •  21/3/2018  •  1.294 Palavras (6 Páginas)  •  319 Visualizações

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O processo final da atividade de trabalho é a transformação do objeto em produto, através da mediação humana. Por isso, os produtos não são apenas resultados, contudo são ainda condições do processo de trabalho. O produto por sua vez, pode ser num processo meio de trabalho e de matéria-prima. As matérias-primas, os meios de trabalho ou os produtos tornados valor de uso, são determinados no processo de trabalho através da função, que lhes são atribuídas, a posição que ele ocupa e as mudanças dessa posição. O contato do produto com o trabalho vivo é essencial para incorpora-lhe valor de uso. O trabalho alcança o processo de consumo, e este pode ser um consumo produtivo ou consumo individual. O primeiro para garantir a subsistência e o segundo trata-se do próprio consumidor.

Portanto, o processo de trabalho é uma atividade que indica a produção de valores de uso e o deleite dos desejos humanos, condição natural e eterna da vida humana e de todas as suas formas sociais. O processo de trabalho desencadeia a exploração e o não recebimento do que o trabalhador produziu. O trabalhador trabalha sobre a autoridade do capitalista que lhe garante as condições de produção e reprodução da vida, porém o produto que o trabalhador gerou não lhe pertence. Ao comprador pertence esse produto que é agora mercadoria, cujo trabalhador direto apenas lhe deu valor de uso que vendeu ao dar o seu trabalho na fábrica do capitalista. Assim o que criamos se aparta de nós.

Os valores de usos só são criados à medida, que sejam criados ainda valor de troca. Uma mercadoria deve ter seu valor de uso, mas com valor destinado a troca e que seja produzida a um custo e comercializada a outro rendendo lucros. Para a produção de mercadorias se faz necessário, a divisão social do trabalho para que se produzam as mais diferentes mercadorias, dentro das diversas fases do processo de trabalho.

O trabalhador é assim explorado e expropriado de sua mais-valia. O capitalista paga ao trabalhador o correspondente ao valor de troca da sua força de trabalho e não o valor criado por ela na sua utilização. Contudo, ao se tornar um trabalhador compulsivo, que necessita de trabalho para sua subsistência, este trabalhador se aliena de sua criatividade e de sua consciência. E na medida em que as forças produtivas avançam e se complexificam o trabalhador torna-se mais pobre, e o crescimento delas diminuem a inserção do trabalho humano no mercado de trabalho. O homem já não reflete sobre a sua condição de explorado, sua condição de classe, estando forçado a sobreviver sobre as injúrias do capital.

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