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Um olhar para o Ensino de Geométrica

Por:   •  5/9/2018  •  1.492 Palavras (6 Páginas)  •  292 Visualizações

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As ideias postas por Borges (2009) vão ao encontro dos objetivos proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental (antigo ensino fundamental I) para o ensino de Geometria.

(i) Estabelecer pontos de referência para situar-se, posicionar-se e deslocar-se no espaço, bem como para identificar relações de posição entre objetos no espaço; interpretar e fornecer instruções, usando terminologia adequada; (ii) Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, identificando formas tridimensionais ou bidimensionais, em situações que envolvam descrições orais, construções e representações; (iii) Reconhecer grandezas mensuráveis, como comprimento, massa, capacidade e elaborar estratégias pessoais de medida; (iv) Utilizar informações sobre tempo e temperatura; (v) Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, estimar resultados e expressá-los por meio de representações não necessariamente convencionais; (vi) Estabelecer pontos de referência para interpretar e representar a localização e movimentação de pessoas ou objetos, utilizando terminologia adequada para descrever posições; (vii) Identificar características das figuras geométricas, percebendo semelhanças e diferenças entre elas, por meio de composição e decomposição, simetrias, ampliações e reduções. (BRASIL, 1997, p. irregular)

Assim, ratificamos a importância do processor ser mediador dessa aprendizagem, dando condições aos alunos de, a partir da sua experimentação, construir conceitos, ou aprimorar os conceitos que eles trazem de sua formação não escolar. Desse modo, tornando o aluno protagonista da aprendizagem, logo o trabalho do professor acaba por ter novas dimensões, como explica os PNC. Destacamos duas, das mais importantes dimensões: organizador da aprendizagem, ou seja, buscar-se melhores métodos de propor o ensino, dando condições ao aluno de caminhar sozinho, construindo seu conhecimento. Além disso, o papel de mediador da aprendizagem, proporcionando aos alunos momentos de discussão sobre as respostas, contestando o porquê de tais respostas, de modo a orientar as formulações e valorizar as soluções mais adequadas (BRASIL, 1997).

Para Fainguelernt (1999, p. 20) “o ensino da Geometria, não pode ser reduzido a aplicação de fórmulas e de resultados estabelecidos por alguns teoremas”, e esse fato tem relação direta ao modo como o professor concebe o processo de ensino de Geometria, pois segundo Lorenzatto, (1995, p.4), criou-se “círculo vicioso: a geração que não estudou Geometria, não sabe como ensiná-la. Mas é preciso romper com esse círculo de ignorância geométrica, mesmo porque já passou o tempo de ‘Ler, Escrever e Contar”.

A Geometria desempenha papel importante na formação do aluno, o qual não se resume apenas ao conteúdo propriamente dito, fornecendo elementos para que este compreenda o mundo que o cerca, bem como localiza-se nele. Em suma, cabe ao professor e ao sistema a mudança no ensino de Geometria, mesmo que de forma lenta, ela precisa acontecer. Contudo, um estudo realizando por Pereira (2001) apontou qualquer mudança no ensino não é simples, demanda muito estudo, pesquisa, investigação e mais que isso, tempo.

A título de conclusão, proponho que pesemos como estamos organizando nossas aulas: o que eu preciso aprender de geometria? Quais foram os subsídios que minha formação me deu para o trabalho com a geometria? Como eu devo ensinar geometria? Qual a importância desse campo da Matemática para a formação do meu aluno?

REFERÊNCIAS

BORGES, M. M. A. Geometria nos anos iniciais do ensino fundamental: novas perspectivas. In: XXV CONADE. 2009, Goiás – GO. Anais... Goiás – GO: UFG, 2009.

BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Matemática – 5ª a 8ª séries. Brasília: MEC/SEF, v. 3. 1998.

BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Matemática – 1ª a 4ª séries. Brasília: MEC/SEF, v. 3. 1997.

EVES, H. Tópicos de história da matemática para uso em sala de aula: geometria. São Paulo: Atual, 2001, v. 3.

FAINGUELERNT, E. K. Educação matemática: representação e construção em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

FONSECA, M. C. F. R.; et al. O ensino da geometria na escola fundamental – três questões para a formação do professor dos ciclos iniciais. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

GRANDO, R. C; et al. Compartilhando saberes em geometria: investigando e aprendendo com nossos alunos. Cad. Cedes, Campinas, v. 28, n. 74, p. 39 – 56, 2008. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em 20 abr. 2017.

LORENZATO, S. Por que não ensinar Geometria? Educação Matemática em Revista, São Paulo, n. 4, p. 3 –13, 1995. (Edição especial)

PAVANELLO, R. M. Geometria: atuação de professores e aprendizagem nas séries iniciais. In: I Simpósio Brasileiro de Psicologia da Educação Matemática.

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