Relatório de Estágio Educação Infantil
Por: Carolina234 • 28/2/2018 • 2.715 Palavras (11 Páginas) • 427 Visualizações
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Pude perceber que em alguns aspectos há coerência quanto a proposta do PPP mas em outros a prática é totalmente diferente. Há atividades que condizem com a faixa etária das crianças e para o desenvolvimento cognitivo, motor, como a brincadeira no parquinho, cantar músicas na hora da entrada, saída, do lanche. Atividades de dança, hora do cinema. Mas em outras partes há uma falta de concordância, pois alunos da educação infantil são apresentados a livros grossos, apostilas repletas de deveres e atividades. Onde o que mais importa é o certo e errado e não o processo de construção da autonomia.
É realizada bimestralmente reuniões com os pais em que são comunicadas todas as tarefas, comemorações e ocorrências eventuais. Os pais possuem uma aproximação com toda equipe escolar, onde são ouvidas reclamações, propostas e avisos sobre alguma ocorrência de seus filhos. Então há uma relação bem próxima entre escola e família.
- - CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
A Professora da turma em que foi realizado o estágio, recebe todos os dias um caderno com a rotina do dia e as atividades propostas. A aula começa primeiramente com o recebimento dos alunos, a rotina diária que é: cantar música sobre os dias da semana, após é escolhido um aluno para dizer como o dia está ( nublado, ensolarado, chuvoso ). Em seguida é servido água para todos e logo após, começam as atividades propostas de acordo com o caderno, na maioria das vezes são 3 páginas do livro, outro dia 2 páginas da apostila.
A hora do lanche se dá por volta das 14:15 h, de acordo com o dia da semana, eles vão para a aula de informática, balé, parquinho, ou o dia do brinquedo ( onde cada um leva seu brinquedo ). E depois é servido novamente água para eles, e é feito o preparo para a hora da saída. A avaliação é feita por meio de folhinhas de atividades e provas. A professora obedece rigorosamente a disciplina da escola, tenta manter os alunos sentados, sem conversar. Durante as atividades vai passando de mesa em mesa, apagando os deveres que estão “errados”, não estão do modo desejado. Utiliza recompensas como forma de retribuição ao bom comportamento e diversas estratégias que os façam ficar quietos.
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- DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS
1º Semana – 01/ 09/ 2015 a 04/ 09/ 2015
Durante a primeira semana, aproveitei para observar a rotina dos alunos, que é feita da seguinte maneira: 1º momento – Recebimento dos alunos, cantigas de músicas com os dias da semana, oração ao Pai nosso; 2º momento: É escolhido um aluno(a) para observar o tempo do dia e a professora pergunta: está nublado, ensolarado ou chovendo? 3º momento: é a hora deles tomarem água;
É feito esta rotina todos os dias. E há algumas atividades específicas para cada dia da semana: na segunda-feira eles brincam com os bloquinhos de montar, na terça eles fazem aula de informática, na quarta eles brincam no parquinho, na quinta as meninas fazem balé e na sexta trazem brinquedo de casa para a hora do brinquedo.
Nessa primeira semana a professora ensinou a letra Q e R, ensinou os números naturais, a diferença entre pomar, horta e jardim . Especificamente no dia 4/9 as crianças foram para casa vestidas de uniforme da aeronáutica.
O que mais me chamou atenção nesta primeira semana, foi a falta de espaços para as brincadeiras, momentos lúdicos. As crianças ficam o tempo todo sentadas e quando levantam recebem ordens para ficarem “quietinhas”, sentadas. Segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil:
É importante que o trabalho incorpore a expressividade e a mobilidade próprias às crianças. Assim, um grupo disciplinado não é aquele em que todos se mantêm quietos e calados, mas sim um grupo em que os vários elementos se encontram envolvidos e mobilizados pelas atividades propostas. Os deslocamentos, as conversas e as brincadeiras resultantes desse envolvimento não podem ser entendidos como dispersão ou desordem, e sim como uma manifestação natural das crianças. Compreender o caráter lúdico e expressivo das manifestações da motricidade infantil poderá ajudar o professor a organizar melhor a sua prática, levando em conta as necessidades das crianças.
2º Semana – 08/ 09/ 2015 a 11/ 09/ 2015
Durante essa semana a professora seguiu sua rotina normal, dando na segunda matéria de português ( ensinando uma letra ), na terça matemática, na quarta ciências, na quinta e na sexta português e matemática novamente.
O que me chamou muito atenção nesta semana foi as estrelinhas para cada aluno “líder” de sua equipe, de cada fileira. Estas estrelinhas são usadas como incentivo para o bom comportamento dos alunos. Esses comandantes são postos como modelos, exemplos para os coleguinhas de sua fileira. Este método funciona em alguns momentos e em outros não funciona muito bem.
Segundo Freire (2004) é necessário proporcionar momentos para experiências e descobertas. O professor precisa ouvir, dialogar, a fazer da aula um momento democrático. Onde ele dialoga e tenta compreender as necessidades e o querer de seus alunos.
O incentivo pode ser feito em forma de diálogo, na busca pela compreensão das necessidades de cada aluno. É ter um olhar atento para saber qual o motivo de certo “mau comportamento” e saber lidar com cada situação adequadamente.
3º Semana – 14/ 09/ 2015 a 18/ 09/ 2015
Nesta semana especificamente houveram algumas alterações durante o estágio, pois uma professora faltou e me foi pedido que ajudasse as duas “ substitutas” que assumiriam a turma. Seguimos o plano de aula daquele dia, fazendo as atividades da apostila, após fomos para a hora do lanche e depois ficamos fazendo brincadeiras com os alunos até a hora da saída.
No restante da semana fiquei na minha turma do estágio, e a rotina foi normal, a professora trabalhou diversos conteúdos. Entre eles passou a letra S para eles praticarem. Atividade em que os alunos demonstraram muita dificuldade na coordenação motora, ora letras enormes ou outras letras miúdas, nestes casos a professora vinha e apagava o exercício e mandava fazer novamente.
Eu vejo a questão de definir o certo e errado como sendo muito prejudicial a vida futura desses alunos. PESSOA (1998, p. 29) ressalta que: “criar alunos autônomos, que saibam
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