Protagonismo Infantil
Por: kamys17 • 5/4/2018 • 2.064 Palavras (9 Páginas) • 361 Visualizações
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Partindo deste conceito, a criança tem capacidade de aprender e intervir, agregando conhecimentos aos processos de ensino e aprendizagem, não apenas de si, mas do grupo todo. Ela necessita estabelecer relações a seu modo, para que possa favorecer seus conhecimentos e saberes.
O dialogo favorece a aprendizagem, pois seu intuito é aproximar todos para que a dinâmica ocorra.
A criança, em seus primeiros dois anos de vida disponibiliza-se do sensório-motor. Ela começa a conhecer o mundo e as coisas ao seu redor, desenvolvendo-se através de seus movimentos e gestos.
Dos três aos quatro anos de vida, a criança começa a se locomover e agir. Ela começa a entender questões de tempo, espaço, representação. É importante, nesta fase continuar oferecendo à criança estímulos para seu desenvolvimento.
Aos cinco anos de idade começa a interagir em novos ambientes, começa a responder à estímulos, criar interesse e demonstra curiosidade em várias coisas. É importante sempre incentiva-las para sucesso de seu desenvolvimento.
É importante que o professor crie um vínculo de afeto com a criança, aproximando-se dela e tranquilizá-las nos momentos que necessitar. As crianças nessa idade de três a cinco anos de idade gostam de brincar de equilibrar, bolhas de sabão, massa de modelar, fantasias, fantoches, blocos de montar, livros com ilustrações, brinquedos que fazem barulho (como pianinho, violão). A criança gosta de apreciar imagens, desenhar, conhecer, misturar cores, fazer colagens. E o professor, aproveitando-se dessas situações de prazer para com a criança, pode estimulá-la para diversas situações e com isso trazer conhecimentos ao aluno.
A participação infantil tem se constituído como importante área de investigação por discutir a inserção e as possibilidades de ações das crianças nos espaços por elas vivenciados. A compreensão mais difundida da participação infantil refere-se ao direito de a criança expressar suas opiniões e intervir nas decisões a respeito de todos os serviços que têm algum impacto sobre elas. Engajar as crianças no diálogo e troca permite que elas aprendam formas construtivas de influenciar o mundo ao redor delas. A participação deve ser autêntica e significativa e deve começar com as próprias crianças e adolescentes, com suas expressões, forma de pensar, sonhos, ideias, esperanças... Isto requer, na maioria das vezes, uma mudança radical no comportamento e modo de pensar dos adultos. No presente trabalho, de maneira alinhada à perspectiva teórico-metodológica da Rede de Significações, ampliamos tal compreensão ao considerar que, nas interações sociais, necessariamente ocorre a participação de todas as pessoas envolvidas, mesmo que estas assumam ou que lhes sejam atribuídas posições que poderíamos chamar de mais passivas. A participação, nessa perspectiva, apresenta-se como uma característica das interações contrapondo-se a uma polarização frequentemente encontrada em estudos sobre o tema, que classificam as relações infantis como participativas ou não participativas.
A partir dos relatos das ações cotidianas das crianças nos diversos espaços em que circulam notadamente a família, a escola e a comunidade, foram identificados cinco formas de participação: (1) Colaboração, (2) Acompanhamento, (3) Influência, (4) Submissão e (5) Resistência. Cada uma dessas formas de participação materializa-se nas interações e atividades desenvolvidas pelas crianças com abrangências particulares. As atividades realizadas evidenciam a importância da criança na organização e estruturação de seus grupos, principalmente na família e na escola. Já nas relações estabelecidas destaca-se a complexidade dessas relações, que ora se configuram como espaços de consideração e de escuta da criança, ora como momentos de imposição da vontade do outro sobre elas, como em situações em que sofrem violências.
A participação infantil é importante para contribuir para a formação e desenvolvimento de valores, habilidades e capacidades para o exercício da cidadania e atuação social desde a infância. É uma forma de se reconhecer os direitos infantis, contribui para a socialização. Desenvolve a convivência entre pais e filhos na família, assim como a execução dos projetos e programas sociais que trabalham para o bem estar infantil, garantindo reconhecimento social e promovendo a desenvoltura de sua consciência coletiva.
A criança-sujeito se constitui pela interação com outras crianças, com os adultos, com o meio físico, social e ideológico. Na interação com o meio físico são importantes as brincadeiras, principalmente as tradicionais (fazem parte do folclore, que é cultura) – cultura infantil, que é constituída de elementos culturais, quase exclusivos das crianças caracterizados pela natureza lúdica, apesar de grande parte dos elementos da cultura infantil prover da cultura do adulto. Desta forma, o lugar da criança é, em suma, o lugar das culturas da infância, que é continuamente reestruturado pelas condições estruturais que definem as gerações em cada momento histórico concreto. Discutir o protagonismo infantil é discutir sobre a cultura da infância e na forma como foi e é constituída. É discutir a interação entre as crianças e as relações criança-adulto e criança-espaço. Nesta proposta de pesquisa, consideramos que a educação infantil deve permitir conhecer a realidade social, cultural e natural, com a qual a criança interage, sem sistematizá-la, mas proporcionando experiências ricas e diversificadas (Kuhlmann Jr., 1999) e Vygotsky.
O protagonismo transformador é uma das características necessárias para que as crianças possam fazer a diferença no ambiente em que estão inseridas, poderão promover mudanças positivas, podendo arriscar, identificando oportunidades e tomando iniciativas. Embora algumas competências empreendedoras possam ser aprendidas em cursos e vivenciando algumas experiências, outras são tipicamente formadas ainda na infância, assim como o protagonismo.
As crianças têm características empreendedoras, precisam de um espaço que contribua para que elas conheçam seus próprios talentos. O espaço escolar é um local apropriado para que crianças possam participar ativamente deste processo, com atividades direcionadas pelo professor. A escola é base da educação formal e nossa sociedade tem passado por significativas mudanças sociais, econômicas e sustentáveis é necessário que os professores criem novas estratégias de aprendizagem, focadas no empreendedorismo e no protagonismo, que ajudem a fazer com que os alunos debatam, criem possibilidades, pensem
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