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PROTAGONISMO INFANTIL NAS PRÁTICAS PEDAGOGICA

Por:   •  11/12/2017  •  1.598 Palavras (7 Páginas)  •  382 Visualizações

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O paradigma do protagonismo se estende e desenvolve de tal forma que sua influência pode ver-se plasmada nas próprias definições de crianças e adolescentes, que incorporam este termo nas definições que vão construindo sobre a participação.

3 CONCLUSÃO

Levando-se em conta o que foi observado é imprescindível que todos se conscientizem do projeto idealizado por Lóris Malaguzzi que foi introduzido nas escolas de Educação Infantil em Reggio Emília, na Itália, e que se destacou mundialmente tornando-se referencial por tratar a criança como sendo personagem principal na aquisição de seu conhecimento.

Que bom seria se todas as escolas e pré-escolas aderissem à metodologia de ensino presente em Reggio Emília.

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DESENVOLVIMENTO

Reggio Emília passou a ser internacionalmente conhecida por seu trabalho com crianças pequenas em 1991, quando a revista norte americano “NEWSWEEK”, publicou uma reportagem onde considerava as escolas de Educação infantil na Itália as melhores do mundo, mas essa historia começou muito antes.

O projeto em Reggio Emilia reforça a ideia que a criança constrói a sua identidade a partir das relações sócias que estabelece, sendo assim o ambiente é organizado para o bem-estar da própria criança.

O projeto idealizado por Lóris Malaguzzi foi introduzido nas escolas de Educação Infantil de Reggio Emília, na Itália, após a Segunda Guerra Mundial. Um exemplo para ser seguido por todas as escolas e pré- escolas.

O Educador italiano introduziu na rede publica a ideia da Pedagogia da escuta, em que a criança é protagonista de seu processo de conhecimento.

Essa ideia é ligada a disposição de ouvir os outros e a si mesmo. Segundo Bruna Giacopini, educadora de Reggio Emília, os pequeninos devem ser considerados construtores de conhecimento.

Lóris Malaguzzi nasceu em Correggio 23 de fevereiro de 1920, ele se formou em Pedagogia na Universidade de Urbino. Em 1940 começou a ensinar em escolas primarias 1941-1943 em Sologno, uma aldeia perto de Reggio Emília, no município de Villa Minozzo.

Em Abril de 1945 ele se juntou ao projeto ambicioso de um grupo de pessoas comuns de origem rural de trabalho e que, em uma pequena aldeia perto de Reggio Emília, decide construir e operar uma escola para crianças.

No ano de 1950, após o retorno do curso de Psicologia, ele começou a trabalhar como Psicólogo da Medicina Aconselhamento Psicopedagógico Comunale de Reggio Emília para as crianças carentes. O município de Reggio Emília em 1963 começou a organizar uma rede de serviços educacionais que incluem a abertura do primeiro jardim de infância para crianças de 3 a 6 anos. Este é um marco importante, pela primeira vez na Itália pessoas afirmam o seu direito de estabelecer uma escola secular parar crianças.

Em 1970, foi aberto o primeiro jardim de infância para crianças de três meses a três anos em resposta ao pedido das mães que trabalhavam.

Em Janeiro de 1944, em Reggio Emília, Loris Malaguzzi morreu de repente.

Lóris Malaguzzi foi o iniciador da metodologia educacional usadas nas escolas de Reggio Emília, dedicando sua vida a construir uma experiência de qualidade ensino.

A metodologia está baseada na crença que as crianças têm sim muitas habilidades em potencial, basta desperta-las. O bem estar dos pequeninos deve ser garantido para que possa aprender.

Nas escolas de educação infantil de Reggio Emília, o incentivo do desenvolvimento intelectual das crianças é feito através da responsabilidade simbólica, (musicas, desenhos, pinturas) os pequeninos são estimulados a usarem todas as suas maneiras de expressão.

A proposta de educação em Reggio Emília tem como base a valorização de diferentes linguagens das crianças, a organização do espaço, o trabalho dos profissionais e a participação dos pais.

A palavra protagonismo tem origem grega: protagnistés que significa “ator”, aquele que ocupa o primeiro lugar num acontecimento.

O discurso sobre o protagonismo infantil tem inicio na América Latina, alimentando-se das fontes do protagonismo popular, que agrupa diversos coletivos, que lutam por uma melhoria em suas condições de vida.

O conceito de protagonismo infantil envolve uma concepção distinta da infância de sua participação como atores sociais. Reconhecer as crianças como atores sociais, tanto em suas próprias vidas como a escala social, exige que os reconheçamos como pessoas com direitos, indivíduos com critérios, capacidades e valores próprios, participantes de seu próprio processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e social.

Por isso protagonismo, definitivamente, não é só uma proposta conceitual, senão que possui de modo inerente um caráter político, social, cultural, ético, espiritual, que, portanto, reclama uma pedagogia e convida a repropor o status social da infância e do adulto, de seus papéis na sociedade local e no conceito dos povos.

Protagonismo significa também assumir responsabilidades, contribuir e construir conjuntamente, em tal sentido o considera como ponto de união, de encontro, não compatível com nenhuma forma de separação ou dispersão.

O paradigma do protagonismo se estende e desenvolve de tal forma que sua influência pode ver-se plasmada nas próprias definições de crianças e adolescentes, que incorporam este termo nas definições que vão construindo sobre a participação.

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