Organização e motodologia da educação infantil

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Dentro da brinquedoteca é possível perceber conflitos entre as crianças e também maneiras que elas mesmas encontram de solucioná-los e o próprio desenvolver da criança, nos mais diversos âmbitos. A criança escolhida para a observação e para a produção deste trabalho é um menino de 5 anos e idade, loirinho de olhos claro, pele clara, aparentemente ao entrar tranquilo, filho único por enquanto, pois a mãe está no início de uma nova gestação, assim que começou as brincadeiras o que chamou atenção foi seu comportamento ao adentrar o local.

A OBSERVAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS PARA O TRABALHO DOCENTE

O principal objetivo deste trabalho são os registros da observação do comportamento/desenvolvimento de uma criança em um local denominado brinquedoteca escolar, este que trata-se de um ambiente que tem como principal objetivo, onde a criança terá a chance de encontrar o sossego para realizar suas brincadeiras e interagir com outros coleguinhas espontaneamente, desprovida de tabus e preconceitos; a estimulação e o desenvolvimento interior da criança e da sua capacidade de concentração; Também a estimular a operatividade da criança; favorecendo seu equilíbrio emocional; dando a oportunidade para a criança explorar suas potencialidades; desenvolvendo a inteligência, a criatividade e sociabilidade das crianças; estimulando-as à exploração de vários tipos de brinquedos; o aprendizado de jogos e brincadeiras; incentivando a valorização dos brinquedos e o emprestar brinquedos. Estreitar o relacionamento familiar.

Esta observação teve a duração de uma hora, os registros foram realizados fora da brinquedoteca a pedido da responsável pelo local e com uma duração de vinte e cinco minutos, logo após o termino da observação participante, justamente pela condição da criança observada e pela docente não ter uma auxiliar para desenvolver as atividades com as crianças, foi necessário a nossa participação nas atividades propostas pela docente.

O QUE E COMO OBSERVAR

Ao observar a criança que será tratada por G.A.S.O dentro da brinquedoteca escolar chamou a atenção da equipe observadora, o comportamento de um menino de 5 anos de idade, aparentemente não é portador de deficiências e que ao adentrar a brinquedoteca, acompanhado de sua professora e seus 16 colegas de sala, demorou para começar a brincar com os brinquedos e jogos existentes ali e que muito rápido atraiu a atenção dos demais alunos que euforicamente iniciou as brincadeiras, coletivas e em grupos de 4 crianças.

A observação se deu num período de uma hora e vinte minutos para a realização dos registros necessários.

Após o início da atividade na brinquedoteca o G.A.S.O ficou juntamente com sua professora, sentado em uma cadeira que esta encostada embaixo da janela num período de dez minutos, até que a professora pudesse organizar os demais alunos, logo em seguida a mesma se dirigiu ao G.A.S.O e incentivou-o a ir para a mesa onde seus coleguinhas mais próximos estavam brincando de montar Lego, após alguns minutos de insistência ele se dirigiu a mesa e ali ficou brincando com seus colegas, mas com o olhar voltado para a professora, vigiando para que a mesma não saísse da sala sem que ele a acompanhasse.

Como a ausência de uma auxiliar na sala de aula e nas atividades realizadas na brinquedoteca, a professora sente a dificuldade em realizar efetivamente um trabalho com o G.A.S.O , pois assim, que tentou sair da sala ouve-se o choro, e ela leva-o onde vai.

Com base na descrição dos comportamentos indicadores de afeto inseguro assinalado por Oliveira, Vieira e Cordazzo (2008), o G.A.S.O preenche alguns desses indicadores como, por exemplo: dificuldade de separar-se do objeto de apego, no caso da professora; . Não é possível saber qual a causa ou acontecimentos responsáveis pelo comportamento do G.A.S.O; no entanto, foi possível perceber sua dificuldade em afastar-se fisicamente da professora.

Piaget coloca que a criança desenvolve uma noção chamada de objeto permanente, isto é, o objeto sai do campo de visão da criança, mas ela sabe

que ele continua a existir (FLAVEL, MILLER, MILLER, 1999). Seria necessário este tipo de trabalho com o G.A.S.O e a professora sugeriu para a direção da escola um apoio na sala de aula e brinquedoteca especialmente para este caso, serão feitas brincadeiras neste sentido, sumir e aparecer, como uma tentativa de desenvolver esta noção, percebendo que mesmo a professora não estando presente na sala/brinquedoteca ela não haverá sumido. A professora aguarda as providencias da direção.

DESCRIÇÕES DA CRIANÇA OBSERVADA

G.A.S.O a principal criança observada, de cabelos loiros, pele clara, olhos claros e olhar fixos na professora, raramente nota-se um sorriso, aparentemente interessado no que iria acontecer na brinquedoteca; mas com um semblante preocupado por não ser sua sala de aula, onde está mais habituado. Ficou sentado em uma das cadeiras plásticas, colorida que havia no local, próximo dos colegas, porém mais próximo da professora, somente observando os demais colegas brincar. Segurando um homem aranha de plástico dado a ele por um colega, provavelmente com a intenção de brincarem juntos, mas o G.A.S.O permaneceu no mesmo local. O tempo foi passando e G.A.S.O realiza alguns movimentos com o brinquedo, mas seu olhar permanece fixo na professora e no que acontece nas brincadeiras dos colegas até pode-se observar alguns sorrisinhos de vez em quando. As demais crianças brincam em grupo de dois ou quatro, quase sempre se misturam, mostrando muita euforia e alegria provavelmente por estarem ali. Um dos grupos é formado por quatro meninas que brincam de mamãe e filhinha e é justamente o grupo que mais chama a atenção de G.A.S.O. Vários são os momentos que a professora convida o G.A.S.O para entrar na brincadeira com os colegas e

se recusa, então ela propõe a brincar junto, o mesmo aceita e permanece brincando durante trinta e cinco minutos em um grupo de criança que brinca de carrinhos e jogos de montar.

As crianças encontram-se bastante agitadas e felizes. Na observação pode-se notar a dificuldade que a professora apresenta pela ausência de um profissional especializado para atuar. O brinquedista é aquele profissional que desempenha os trabalhos com as crianças na brinquedoteca, fazendo a mediação criança/brinquedo. Sendo a função

mais importante dentro de uma brinquedoteca e propõe a elas uma formação específica. Conclui-se que o brinquedista precisa ser um