O TRABALHAR COM A MÚSICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE 2 A 4 ANOS
Por: SonSolimar • 25/5/2018 • 5.397 Palavras (22 Páginas) • 357 Visualizações
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- Psicomotricidade e Música para o Desenvolvimento Cognitivo infantil
Para a progressão e a formação cognitiva, os movimentos corporais são de suma importância para o desenvolvimento estrutural e comportamental da criança. Em seu desenvolver, os movimentos se constituem vão se tornando mais complexos, através das experiências vividas pela criança em se meio. Esses movimentos são fundamentais para o desenvolvimento motor, permitindo que a criança institua sua autonomia, sua característica e realize seus anseios particulares, tornando-a segura e confiante em suas concepções intelectuais, pois, o corpo, como foi citado acima, é a primeira forma de linguagem que a criança adquire.
As atividades realizadas pela criança devem ser observadas com atenção e frequência, tanto por nós educadores ou não, para a observância em identificar se não há algum tipo de movimento anormal prejudicial para o desenvolvimento motor e em sua vida como um todo. Em vista disso, contudo, os movimentos mal elaborados prejudicam outras áreas de desenvolvimento infantil, como exemplo a área cognitiva.
Como bem sabemos, toda criança desperta em si, sobretudo traves de seu desenvolvimento cognitivo a descoberta de novos conceitos por parte da curiosidade. Observação realizada na criança, a priori, deve ser composta pelos olhares atentos dos pais, que são aqueles que estão o tempo todo e conhecem suas necessidades, e, a posteriori, os responsáveis que estarão diretamente em contato diário com a criança, isto é, nós profissionais da educação, que estarão observando seu desempenho educacional e físico, na qual a criança demonstrará mais habilidade em determinada atividade e outra não.
Na perspectiva do desenvolvimento da criança, os primeiros anos na escola são de estrema importância para evolução das capacidades motoras, as fases de etapas das crianças são essências para a maturação do seu desenvolvimento físico.
Para Papalia e Olds (2000, p. 187),
As crianças fazem progressos significativos nas habilidades motoras durante os anos pré-escolares. À medida que se desenvolvem fisicamente, elas são mais capazes de fazerem com que seus corpos façam o que elas desejam. O desenvolvimento dos músculos maiores lhes permite correr e andar de triciclo; a melhor coordenação entre olhos e mão as ajuda a usar tesouras ou talheres.
Com o decorrer do processo da progressão motora da criança, é normal que se apresente algum tipo de dificuldade na ação de determinados movimentos, que por motivos involuntários não foram de fácil sua execução que em de certa forma foram impedidos ou reprimidos. Esses motivos involuntários são mais destacados no período escolar, às vezes, servindo de gozação por outras crianças, ou em muitos casos pelo próprio educador, adquirindo uma rotulação com termos pejorativos, despertando sua baixa auto-estima.
Com a evolução da ciência através dos tempos, nas questões humanas, foi constituído um campo especifico para atender o individuo que tenha dificuldade de exercer algum tipo de movimento, contribuindo para a conscientização do próprio corpo. Esta evolução da ciência se chama Psicomotricidade, e está diretamente relacionada com os movimentos que são realizados pela ação do corpo, seja de forma voluntária ou involuntária, essa relação faz conexão com a mente, unificando, assim, o psico e o motor. Para isso, a educação psicomotora deve ser trabalhada de maneira lúdica, isto é, de forma divertida, animada e livre de regras e cobranças, mas, com propostas devidas para que se alcance o objetivo desejado.
Em vista disso, com uma perspectiva educativa, a música é uma das maneiras lúdica e divertida que pode e deve ser trabalhada na escola, a fascinação que a música exerce sobre a criança é perceptivel, basta tocar um CD infantil, para que desperte nelas a alegria e a vontade de dançar, de cantar, desenvolvendo sua capacidade corporal, expandindo seus movimentos, percebendo seu espaço, sua delimitação, a percepção de si mesma e dos colegas.
Brito (2003, p. 23) vai dizer que, “Todo trabalho a ser desenvolvido na educação psicomotora deve buscar a brincadeira musical, aproveitando que existe uma identificação natural da criança com a música. A atividade deve estar muito ligada à descoberta, e a criatividade”.
O senso de identificação no qual a criança tem pela música, faz deste teta estrutura, uma verdadeira aliada no desenvolvimento motor delas, proporcionando àquele pequeno individuo, a alegria e ao mesmo tempo a aprendizagem, isso, coma vivência escolar na ocasião em que a criança mais desenvolve seu esquema estrutural, a música aliada com a psicomotricidade torna-se ferramenta importante no desenvolvimento corporal, fazendo com que isso atue num esteio para um desenvolvimento amplo e mundial.
Como já observamos, a música faz parte da cultura infantil e toda brincadeira acompanhada dela é motivo para aprendizagem e desenvolvimento pessoal. Na diária das crianças, a valorização das fontes sonoras oriunda dos mais variadas culturas, natureza, ambientes e objetos, a presença dos brinquedos musicais é um exemplo de introdução como fonte sonora, estimula a criança a interagir e consequentemente terá o movimento corporal ativado, pois terá que utilizar todo o esquema corporal para a manipulação do mesmo, como, visual, lateralidade, espaço, tempo, coordenação grossa e fina, memorização, esquema de conhecimento e acomodação, sem esquecer de que a voz que também é um instrumento sonoro. Para Howard (1984, p. 35),
Educar é, portanto, despertar. Se adotarmos esse ponto de vista, compreenderemos que a ação de despertar nunca é empreendimento prematuro, sendo indispensável entregar-se sistematicamente a ela desde os primeiros anos de vida, a fim de que a criança, mais tarde, veja-a como uma tendência natural de seu ser e dela faça uma faculdade permanente.
É bem evidente que esta forma de educação através da musica, que o Ministério da Educação reconhece seu beneficio junto aos jogos e os instrumentos sonoros proporcionam na educação da criança e tem como objetivo o desempenho estudantil global, para a formação e construção de um cidadão atuante e crítico na sociedade, que venha contribuir para o crescimento do país e seu crescimento próprio.
De acordo com Gainza (1988, p. 117),
A participação do ouvido constitui a base da compreensão mental. A mente musical só pode entender verdadeiramente e trabalhar dentro do contexto que o ouvido lhe fornece. Podemos
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