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Dificuldade de Aprendizagem que Envolve a Leitura e Escrita

Por:   •  28/5/2018  •  3.170 Palavras (13 Páginas)  •  479 Visualizações

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Vários são os distúrbios de aprendizagem que dificultam o desenvolvimento da criança. No entanto, este estudo abre um questionamento acerca de buscar informações sobre o tema abordado para que se compreenda sobre o mesmo. Sendo o gênero textual uma ferramenta de suma importância para o desenvolvimento da leitura, será possível que alunos com dislexia possam desenvolver suas habilidades leitoras a partir do mesmo?

O interesse pelo tema surgiu devido à possibilidade de compreensão de como a dislexia pode afetar no processo de aprendizagem da criança, além de promover o estudo sobre a importância de trabalhar com os gêneros textuais como auxilio na aprendizagem de alunos que apresentam dislexia. Percebendo-se as inúmeras dificuldades dos alunos em leitura e escrita se fez necessário um estudo mais detalhado para que possamos ajuda-los a superar suas dificuldades e ampliar sua capacidade de aprender.

Como objetivo geral este estudo procura resgatar os valores da leitura focando propostas que auxiliam no processo de ensino aprendizagem, como o ato de ler por prazer gerando no educando uma disponibilidade em tornar essa ação uma forma natural e que se torne presente cada vez mais na vida dos mesmos.

Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa onde o estudo baseou-se no tipo de revisão bibliográfica realizada a partir da leitura de fontes secundárias como livros e periódicos como revistas, além de artigos, documentos monográficos e pesquisas em sites como SCIELO, BIREME, LILACS se atentado para os seguintes descritores: dislexia, distúrbios de aprendizagem, gêneros textuais.

2. Distúrbio de aprendizagem

Os conceitos de distúrbios e dificuldades de aprendizagem são utilizados por alguns autores como sinônimos, Campos (1987, p. 47) explica que “os termos distúrbio, transtornos, dificuldades de aprendizagem têm sido utilizados de forma aleatória, tanto na literatura especializada como na prática clínica e escolar, para designar quadros diagnósticos diferentes”.

A aprendizagem ocorre de maneira gradual, contínua e cumulativa. Cada indivíduo tem seu ritmo próprio de aprendizagem que é, portanto, um processo pessoal e individual com bases genéticas que dependem dos esquemas de ação natural dos indivíduos, dos estágios de maturação do seu sistema nervoso, do seu tipo psicológico e do seu grau de envolvimento, esforço e interesse (MARCHIORI, 2006).

Sendo assim, uma vez identificada a dificuldade de aprendizagem numa criança em sala de aula é preciso culminar com a terapêutica adequada a cada caso para que se possa minimizar o problema e aos poucos reverter a situação. Vale salientar que é preciso que haja um trabalho com a criança, envolvendo ainda a orientação de seus pais e professores.

Os distúrbios de aprendizagem não acontecem por acaso, muitas vezes estão ligados a algumas causas que devem ser observadas onde muitas causas devem ser levadas em consideração como deixa claro Scoz (2002), em exemplos como:

a) Causas físicas – representadas pelas perturbações somáticas transitórias ou permanentes. São provenientes de qualquer perturbação do estado físico geral da criança levando-a a um estado anormal de saúde.

b) Causas sensoriais – são todos os distúrbios que atingem os órgãos dos sentidos, que são os responsáveis pela percepção que o indivíduo tem do meio exterior causando, portanto, dificuldade para ela compreender o que se passa ao seu redor.

- Causas neurológicas – são as perturbações do sistema nervoso, tanto do cérebro, como do cerebelo, da medula e dos nervos, onde se constituirá em um problema de maior ou menor grau, de acordo com a área lesada.

- Causas emocionais – são distúrbios psicológicos, ligados às emoções e aos sentimentos dos indivíduos e à sua personalidade. Esses problemas geralmente não aparecem sozinhos, eles estão associados a problemas de outras áreas, como os da área motora ou sensorial, por exemplo.

- Causas intelectuais ou cognitivas – são aquelas que dizem respeito à inteligência do indivíduo, isto é, à sua capacidade de conhecer e compreender o mundo em que vive, de raciocinar sobre os seres animados ou inanimados que o cercam e de estabelecer relações entre eles.

- Causas educacionais – o tipo de educação que a pessoa recebe na infância irá condicionar distúrbios de origem educacional, que a prejudicarão na adolescência e na idade adulta, tanto no estudo quanto no trabalho. Portanto, as falhas de seu processo educativo terão repercussões futuras.

- Causas socioeconômicas – não são distúrbios que se revelam no aluno. São problemas que se originam no meio social e econômico do mesmo. Esse meio físico e social exerce influência sobre o aluno, podendo ser favorável ou desfavorável à sua subsistência e também às suas aprendizagens.

A identificação dos distúrbios de aprendizagem nem sempre se limitam a uma ou outra dessas causas, nem se pode dizer que deve ser descartada completamente a importância dos diversos determinantes ambientais, assim como não pode ignorar a influência de certos processos psiconeurológicos e ambientais.

As dificuldades de aprendizagem quase sempre estão relacionadas a algum problema de distúrbio que dificulta o processo cognitivo da criança. Existem vários distúrbios que podem ser responsáveis pelo comportamento e o bloqueio do aluno aprender a ler, escrever ou se relacionar aos demais, como por exemplo, a dislexia.

Dislexia como uma específica dificuldade de aprendizado da linguagem: em leitura, soletração, escrita, em linguagem expressiva ou receptiva, em razão e cálculo matemáticos, como na linguagem corporal e social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva (LUCZYNSKI,2002).

Para Tuleski (2007, p. 45) “a aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores: ela dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação”. Neste sentido, a Linguagem sistematiza a experiência direta dos sujeitos e, por isso, adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento.

O domínio da escrita é o resultado de um longo processo de organização da capacidade de simbolizar, ou seja, é o resultado do desenvolvimento da linguagem/fala, que permeia a construção de gestos significativos, brincadeira de faz-de-conta, desenho, escrita. Em suma, deve-se ensinar às crianças a linguagem

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