Ciências sociais e ciencias naturais Damatta

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O autor nos apresenta em sua obra três planos de consciência antropológica que parte das três esferas que a antropologia possui. O plano que parte da antropologia biológica é a consciência física, que estuda alterações sofridas pelo corpo do homem em decorrência da sua evolução. A antropologia geral ou arqueologia possui um plano que implica em estudar os eventos, os artefatos produzidos pelo homem e seus costumes na sociedade primitiva. Por fim surge a consciência que completa a antropologia social, que visa estudar os eventos ocorridos na atualidade sendo avaliados de forma mais racional. DaMatta também revela as contradições provenientes das linhas antropológicas, colocando em contradição o social e o biológico, explicando a natureza advinda do homem, no qual o homem surge dela, se provem dos elementos da natureza, constitui família e sociedade coletiva, em seguida, por ironia do destino, cria o individualismo para com outras sociedades e com o próprio homem. Entretanto, Roberto DaMatta, se opõe a esse “teatro da origem do homem”, que de acordo com ele o homem só existe verdadeiramente se estiver inserido em uma sociedade, ainda que exista significados diferenciados do social para o cultural.

O autor também relata e faz analises sobre o modelo de racismo no Brasil ou como ele prefere chamar, “racismo à brasileira”, no qual o problema racial se camufla na desigualdade social em uma de suas citações no texto, ele explica que os negros e índios foram libertos perante a lei, mas a sociedade os privou das condições sociais igualitárias comparadas às condições dos brancos. DaMatta relembra a segregação das raças nos Estados Unidos, que separavam os negros e nativos dos brancos em diversos locais como nas paradas de ônibus, bares, pubs entre outros locais, já aqui no Brasil a segregação racial acontece de maneira mais camuflada, como por exemplo, nas oportunidades de emprego, no qual um branco possui mais chances de obter a vaga. No nosso sistema, DaMatta diz que o branco está em posição superior em relação aos negros e índios, mas que ninguém aceita como racismo.

- POSICIONAMENTO CRÍTICO

Contudo, concluo que em termos biológicos, culturais e sociais, termos esses que se embaralham impedindo o nosso próprio autoconhecimento, não existem a supremacia de uma raça, devemos conviver e aceitar as diferenças, pois o que torna o homem inferior não é a sua cor, cultura ou sociedade em que esta inserida, e sim o pensamento diminutivo para com os seus semelhantes, e infelizmente, ideologias como essas não se pode mudar simplesmente como um toque de magica, o homem precisa se autoconhecer e conhecer as suas origens sem o olhar cego do sistema que vivemos. Ver o homem como homem e não como raça.