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CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS.

Por:   •  26/9/2017  •  1.107 Palavras (5 Páginas)  •  554 Visualizações

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Consideremos a mais conhecida tese de Popper: a ciência não procede por indução, isto é, encontrando instâncias confirmativas de uma conjectura, mas antes falsificando conjecturas arriscadas e atrevidas. A confirmação, argumentou, é lenta e nunca é certa. Por contraste, uma falsificação pode ser súbita e definitiva. Além do mais, encontra-se no coração do método científico. Quanto mais vezes uma conjectura enfrentar os esforços para falsificá-la, afirmou Popper, maior se torna a sua corroboração, todavia, a corroboração é também incerta e não pode nunca quantificar-se o seu grau de probabilidade. Os críticos de Popper insistem em que a corroboração é uma forma de indução, e que Popper simplesmente introduziu à sorrelfa a indução pela porta das traseiras dando-lhe um novo nome.

o falsificacionismo pressupõe sem argumentos que as proposições científicas são todas contingentes, o que pode ser posto em causa e tem sido posto em causa há algumas décadas, além de já antes ser rejeitado por filósofos como Aristóteles. Um defensor do falsificacionismo ou argumenta contra a ideia de que há proposições científicas necessárias, ou torna o conceito de falsificacionismo anêmico. Não parece haver alternativas.

Outra saída para o problema da indução, pelo menos tal como ele afeta o tema do método científico, é negar que a indução seja a base do método científico. O falsificacionismo, a filosofia da ciência desenvolvida por Karl Popper, entre outros, faz isso mesmo.

Os falsificacionistas defendem que a perspetiva simples da ciência está errada. Os cientistas não começam por fazer observações, começam por uma teoria. As teorias científicas e as chamadas leis da natureza não pretendem à verdade: ao invés, são tentativas especulativas de oferecer uma análise de vários aspetos da natureza.

São conjeturas, suposições bem informadas, concebidas para serem melhores do que as teorias anteriores. Estas conjeturas são então sujeitas a testes experimentais. Mas estes testes têm um objetivo muito específico. Não pretendem demonstrar que a conjectura é verdadeira, mas antes demonstrar que é falsa. A ciência funciona tentando falsificar teorias e não tentando demonstrar que são verdadeiras. Qualquer teoria que se mostre ser falsa é abandonada ou, pelo menos, modificada. A ciência progride, assim, através de conjecturas e refutações.

A falsificação tem pelo menos uma grande vantagem em relação à perspectiva simples da ciência: um único caso de falsificação é suficiente para mostrar que uma teoria não é satisfatória, ao passo que por mais observações que confirmem uma teoria, nunca podem ser suficientes para nos darem cem por cento de certeza de que a teoria será confirmada por todas as observações futuras.

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