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A Educação Infantil em Foco O Lúdico

Por:   •  24/4/2018  •  1.585 Palavras (7 Páginas)  •  429 Visualizações

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No fim do século 19, o psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879-1962), o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) e o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) buscavam compreender como os pequenos se relacionavam com o mundo e como produziam cultura. Até então, a concepção dominante era de que eles não faziam isso. Investigando essa singularidade do universo infantil, eles concluíram que boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brincadeira e que é dessa maneira que elas se expressam culturalmente.

O pensamento infantil ainda desafia os pesquisadores se com os resultados das pesquisas realizadas entre os séculos 19 e 20, várias questões sobre o brincar foram respondidas, ainda existem muitas sem respostas. Hoje, diversos pesquisadores continuam se dedicando a esse tema.

No Brasil, o surgimento das creches foi um pouco diferente do restante do mundo. Enquanto no mundo a creche servia para as mulheres terem condição de trabalhar nas indústrias, no Brasil, as creches populares serviam para atender não somente os filhos das mães que trabalhavam na indústria, mas também os filhos das empregadas domésticas, tinha a visão apenas de “cuidar” da criança, não preocupava-se com conteúdos pedagógicos.

Historicamente os jogos e brincadeiras manifestam formas sociais de organização das experiências dos seres humanos, onde por meio da brincadeira é possível experimentar o mundo. A ludicidade se concretiza na produção das culturas infantis que são constituídas na interação com a cultura mais ampla.

O brincar está presente em várias épocas, em várias culturas e de acordo com seu contexto histórico e social em que a criança faz parte. Mas que relação podemos fazer do brincar com o desenvolvimento, a aprendizagem, a cultura e como incorporar a brincadeira em nossa prática? O brincar é algo que faz parte da rotna de seu dia, é espontâneo, prazeroso e sem comprometimento.

Hoje, a imagem de infância é enriquecida, também, com o auxílio de concepções psicológicas e pedagógicas, que reconhecem o papel de brinquedos, jogos e brincadeiras no desenvolvimento e na construção do conhecimento infantil. (KISHIMOTO, 2008, p. 21)

É por isso que não se pode pensar que a criança é apenas um aluno, reprodutora de conhecimento, um ser vulnerável, mas sim, ela é tão sujeito quanto o adulto, ela é co-construtora. De acordo com o que Perrotti (1990) diz, podemos dizer que, conceituá-la como ser passivo é, infelizmente, normal, pois nunca se considerou que a criança possui cultura própria. Assim, para o autor, a sociedade nega que a criança possua um lugar ativo nessa cultura, sendo essa afirmativa, uma imposição do sistema que visa classificar os indivíduos segundo o nível quantitativo de produção que eles mantenham.

Nossa organização social é de tal modo ‘adultocêntrica’, que nossas reflexões sobre a criança e seu universo cultural correm sempre o risco de, repetindo a organização social, situar a criança em condição passiva face à cultura. Pensamos sempre na criança recebendo (ou não recebendo) cultura, e nunca na criança fazendo cultura ou, ainda, na criança recebendo e fazendo cultura ao mesmo tempo. (PERROTI, 1990, p.18)

7. Objetivos do trabalho.

Este trabalho visa discutir o papel da brincadeira na educação infantil e sua realidade no âmbito escolar, pois é de extrema relevância que o docente reflita e o mais importante, aja sobre esse tema em seu cotidiano em sala de aula com os pequenos alunos e a sua importância em seu desenvolvimento integral e em sua construção do conhecimento.

O estudo mais aprofundado nos permitiu entender o porquê de defendermos essa bandeira e de como poderemos utilizar a teoria a favor da nossa prática. O intuito é educar e ensinar, enquanto a criança se diverte e interage com os outros, tornando leve e descontraído qualquer aprendizado. Por meio das brincadeiras, a criança ultrapassa seus limites, impondo desafios cada vez maiores ao lúdico, despertando o interesse do pequeno aluno.

Acreditamos que esse trabalho mostrará que a imaginação, a criatividade, a fantasia, o desenvolvimento motor, a interação social, a produção de cultura, o aprendizado de regras, etc., são algumas das possibilidades que a brincadeira oferece, comprovando a real importância dessa prática, é uma ferramenta de ensino, independente das condições que se apresentem no ambiente e que o empenho de um professor é essencial para essa etapa de construção do conhecimento da criança na educação infantil.

8. Procedimentos metodológicos.

A metodologia para elaboracao deste trabalho sra baseada em leituras de livros, sites e artigos que discutem o papel da brincadeira no processo aprendizagem no âmbito escolar.

9. Plano provisório.

Este trabalho científico de conclusão de curso, para obtenção do diploma do curso de Pedagogia seguirá o seguinte cronograma:

2º Semestre/2016

- 1º bimestre: Escolha do tema, elaborando o projeto e entrega do projeto;

- 2º bimestre: pesquisa e coleta de dados.

1º Semestre/2017

- 1º bimestre: coleta de dados e elaboração do Artigo Científico seguindo as normas da ABNT.

- 2º bimestre: Entrega e apresentação do Artigo Científico, como trabalho de Conclusão de Curso.

10. Referências Bibliográficas.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1998.

KISHIMOTO, Tizuko M.

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