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A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

Por:   •  28/11/2018  •  2.939 Palavras (12 Páginas)  •  332 Visualizações

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Compreendemos que o Coordenador Pedagógico (C.P.) é o responsável pelas ações pedagógicas que norteiam o trabalho de articulação coletiva da comunidade escolar, tendo ele o papel de articular projetos, formações continuadas, dar suporte à base docente, além de ser um grande incentivador de práticas que visam trazer bons resultados na aprendizagem e nas praticas dos discentes.

É o responsável, nas unidades escolares, pelas ações de articulação coletiva do projeto político pedagógico, pelo acompanhamento e orientação do trabalho docente, pela organização de reuniões pedagógicas e pelas atividades de formação continuada. No trabalho cotidiano, deve criar oportunidades para a participação e discussão dos problemas concretos vividos pela escola, buscando coletivamente saídas para enfrentar os obstáculos presentes no processo ensino/aprendizagem. (Gestrado)

A fim de responder nossas inquietações enquanto formandos em pedagogia e futuros professores e/ou coordenadores pedagógicos convidamos um profissional da rede estadual de ensino do município de Itaberaba para uma entrevista semi-estruturada a respeito das práticas do C.P.. O coordenador entrevistado é um profissional com idade em torno de 57 anos, do sexo masculino com graduação em História e Teologia. A entrevista tem o objetivo de aproximar as discussões acerca do papel da coordenação pedagógica, das práticas e ações que envolvem a formação do professor.

O C.P. em questão atua na rede estadual de ensino há 23 anos como professor e não se intitula coordenador pedagógico. Segundo ele, sua ação é de orientador de estudos do ensino fundamental II. Sob a sua orientação, estão cerca de 26 professores através de um projeto do programa do estado denominado Pacto Pela Educação. Tal programa tem como finalidade o 'treinamento' de professores para a orientação dos trabalhos pedagógicos dos demais professores da unidade onde atua.

Esse programa tem como requisito para participação o professor que possua carga horária de trabalho de 40 horas. Dessa carga horária, ele 9 horas estarão comprometidas com as orientações inerentes as áreas de linguagens, humanas e exatas. Tal carga horária garante a participação nas atividades de coordenação (ACs) onde ele desenvolve, juntamente com os professores, orientações sobre o desenvolvimento das aulas e acompanhamento dos professores, suas dificuldades e processos formação.

A entrevista durou 45 minutos. Deste tempo, 30 minutos estão registrados em áudio e o tempo restante (15 minutos) foi de conversa informal. A entrevista foi orientada por um roteiro cujos eixos são: a) identificação; b) rotinas da função; c) limites e possibilidades da função; d) estratégias para superação e/ou otimização das condições de produção da escolarização; e) formação.

A seguir a análise da entrevista por meio dos eixos que a organizam.

Muitas são as funções do coordenador pedagógico educacional, tais como: observar, acompanhar, refletir, dialogar, intervir etc. nas ações que visem o melhoramento das aprendizagens na instituição educacional. Nesse sentido, seria possível alcançar os objetivos previstos pela instituição não dispondo desse profissional?

Respondendo a esse questionamento, podemos pensar na escola que propomos entrevistar o coordenador pedagógico, mas que não recebe estritamente essa titulação, e sim a de orientador de estudo. Mas o orientador de estudo pode suprir as lacunas que serão deixadas na falta de um coordenador pedagógico? É o que procuramos descobrir ao entrevistá-lo.

Imediatamente ele quis deixar bem claro a sua ocupação na escola em que trabalha, assim o professor X esclarece:

"Na verdade, eu não sou coordenador pedagógico. Tem um programa do governo chamado PACTO. Só é permitido participar dele o professor que tem quarenta horas. Aí o que tem quarenta horas ele sai de sala de aula nove horas e essas nove horas são desdobradas para dá conta durante as ACS da áreas (...)".

Aparentemente a preocupação desse programa é o atendimento individualizado, ou seja, que o orientador de estudos dê suportes técnicos às ações do professor na sala de aula. Ajudando-o na perspectiva de elaboração e aplicação de aulas.

O Orientador de Estudo do Pacto é a pessoa responsável pela formação dos professores alfabetizadores no seu âmbito de atuação (estadual ou municipal). Não há predeterminação de carga horária de trabalho. O orientador de estudos deverá conciliar com suas atuais atividades com as do Pacto, tendo a disponibilidade para se ausentar para receber e repassar o curso de formação. Este é um compromisso que o Estado ou o município assume com o MEC ao aderir ao Pacto. http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/orientador_de_estudo.pdf

Sabemos que é de suma importância um espaço que possa ser disponibilizado para a orientação, e para que o coordenador possa dialogar com todos os docentes para que assim aconteça o processo de interação entre os mesmos, na medida em que se busca a partir desses encontros uma socialização dos avanços e dificuldades encontradas pelos docentes para que assim o coordenador venha a intervir de forma a contribuir para sanar esse obstáculo encontrado juntamente com o docente.

O espaço utilizado pelo nosso entrevistado para a realização de encontros, discussões e intervenções com os professores é da biblioteca da instituição onde atualmente trabalha, outras vezes a sala dos professores e até mesmo a própria direção, não há um espaço próprio para as reuniões da coordenação.

O professor X deixa claro que o orientador de estudos não tem a capacidade de atender todas as demandas da escola. O perfil do coordenador pedagógico é uma questão que tivemos curiosidade de perguntar ao nosso entrevistado, pois buscamos compreender como ele pensa que o coordenador deve ser e agir, se há alguma habilidade que ele destacaria mais em relação a essa questão. O mesmo ficou um pouco confuso nesse momento e até pensou um pouco mais para nos responder. Há limitações para orientar o trabalho dos docentes, uma vez que a sua formação enquanto orientador não lhe atribui a capacidade de adentrar nas necessidades e especificidades de cada área que o docente atua. Assim ele reforça:

" No caso, da especificidade do orientador ele é muito reduzido, a gama de abrangência dele é muito pequena. Pelo seguinte, a demanda é grande e ele não pode atender toda a necessidade da escola, porque afinal de contas o certo é que ele só se dedicasse, exclusivamente,

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