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Pré-projeto : O uso da Paródia como recurso didático no ensino da Literatura.

Por:   •  2/10/2018  •  1.673 Palavras (7 Páginas)  •  523 Visualizações

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1.5 Objetivos

1.5.1 Objetivo geral

→ Aplicar o gênero discursivo paródia como metodologia de ensino para aumentar/desenvolver o interesse dos alunos por textos da esfera literária..

1.5.1 Objetivos específicos

→ Apresentar os tipos de paródias;

→ Empregar a paródia incorporando o conteúdo literário;

→ incentivar a apropriação de saberes escolares sobre textos literários por meio da paródia.

1.2 Justificativa

Nos dias atuais, percebemos que os alunos perderam a hábito de ler livros. Acreditamos que seja a falta de metodologias e ferramentas de ensino por parte do professor (mas não somente), o qual tem o dever de incentivar e estimular os alunos. Nesse sentido, pretendemos usar a paródia musical como temática, a fim de proporcionar não só a criatividade dos discentes, mas também favorecer o interesse em produzir e contextualizar suas ideias com os demais estudantes, pois acreditamos que o uso desse gênero estimula a compreensão e o conhecimento cognitivo, assim como pode aumentar o interesse dos alunos por diferentes gêneros textuais.

Trabalhando a música, as chances de atrairmos a atenção do alunado serão ampliadas e, assim, criamos mais possibilidades para instigarmos a leitura dos textos literários, pois a paródia pode permitir um feedback dos estudantes com os professores. E também, desenvolve a criatividade, e proporciona o conhecimento do uso de recursos da linguagem poética, como a sonoridade, a métrica, o ritmo.

- REFERENCIAL TEÓRICO

Os PCN são claros quanto à prática de ensino/ aprendizagem nas aulas de Literatura. A discussão principal tem sido referente aos métodos inovadores os quais professores utilizam como objetivo de tornar as aulas mais atrativas aos seus alunos, isso significa prepará-los para a vida e capacitá-los para o aprendizado permanente.

O ensino da Literatura em sala de aula deve, portanto, deixar de lado aquele ensino fundamentado em tradições. O professor, muitas vezes por comodismo, prefere lecionar de maneira tradicional, e isso faz com que o aluno perca o interesse por estudar literatura. Para mudar essa situação os PCN nos orientam:

Evidentemente, qualquer pessoa comprometida com a educação logo pensará que compete à escola formar leitores críticos, e esse tem sido, efetivamente, o objetivo perseguido nas práticas escolares, amparadas pelos discursos dos teóricos da linguagem e pelos documentos oficiais nas últimas décadas. (BRASIL, 2006)

E um dos maiores desafios da educação é justamente fazer com que o aluno produza. Segundo Sekeff (2002), utilizar música na educação é defender a necessidade de sua prática em nossas escolas, bem como auxiliar o educando a concretizar sentimentos em formas expressivas e auxiliá-lo a interpretar sua posição no mundo; é possibilitar-lhe a compreensão de suas vivências e conferir sentido e significado à sua condição de indivíduo e cidadão.

Ora, se a música proporciona isso tudo ao educando, a paródia – que significa uma imitação burlesca, cômica, própria para fazer rir – pode proporcionar muito mais, pois despertará a criatividade e pode fazer com que os alunos tomem consciência crítica dos seus atos, levando-os até mesmo a produzir suas próprias paródias.

Quando uma pesquisa é aplicada na escola, principalmente as instituições em que o ensino é defasado e restritivo, procuramos encontrar diversos métodos para ajudar de maneira criativa, o ensino aprendizado de cada aluno. Isso se dá devido a uso de estratégias, e muito estudo. E isso é salientado pelos PCN

Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva (BRASIL, 1998, p. 63).

Verificamos que a preocupação agora é formar um cidadão ativo. O aluno, portanto, deve se constituir de um perfil crítico, capaz de argumentar, opinar, informar, levantar questionamentos, enfim, desenvolver habilidades que contribuem para sua vida e, simultaneamente, para a sociedade. A proposta é que o aluno adquira um conhecimento permanente que o estabeleça ativamente dentro dos acontecimentos sociais.

É por isso que se faz imperativo um ensino baseado nos gêneros discursivos, pois:

A Literatura constitui uma parte inalienável do conjunto cultural e não pode ser estudada fora do contexto total da cultura. É impossível separá-la do resto da cultura e vinculá-la diretamente (por cima da cultura) a fatores socioeconômicos e outros. Estes fatores influem na cultura em seu conjunto, e só através dela, e junto com ela, é que influem na literatura. A vida literária é parte integrante da vida cultural. (Bakhtin, 380, 2003).

Dessa forma, o ensino da Literatura deve estar voltado para a vida social, pois cada texto está inter-relacionado com a situação social dos indivíduos. A opinião do autor russo pode ser analisada, portanto, á um ensino de literatura contextualizada. Isso, porque a concepção do escritor explicita uma conexão entre a realidade e a ficção.

Bakhtin (2003) diz que as esferas da atividade humana propiciam a criação dos gêneros dos discursos. Estes, gerados a partir das necessidades de cada situação. Ressalte-se que o autor, ao se referir à construção social de um texto, assevera que “dois fatores determinam um texto e o tornam um enunciado: seu projeto (a intenção) e a execução desse projeto. Inter-relação dinâmica desses dois fatores, a luta entre eles que imprime o caráter no texto.” (BAKHTIN, 330, 2003). Ou seja, é por meio do objetivo comunicacional e da integração desse propósito com a atividade humana, formam-se diversos textos. Cada um com uma finalidade. Dessa forma, podemos ver a paródia como uma atividade de comunicação provida de um objetivo.

Segundo Romano (1978), a parodia musical era vista como algo isolado, mas foi somente por meio de estudos dos gêneros discursivos que passou a ser conhecido como metodologia de ensino e, assim, tornou-se um mais presente nas obras contemporâneas.

Affonso Romano (2003) diz ainda que a paródia está relacionada

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