O USO DE NOVAS METODOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMATICA
Por: Lidieisa • 8/5/2018 • 2.112 Palavras (9 Páginas) • 474 Visualizações
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Outro fator que não colabora para o desenvolvimento de tais atividades com mais frequência é a falta de preparo do professor. Muitos deles estão há anos trabalhando na área da educação sem muitas capacitações e aperfeiçoamentos de sua didática.
Segundo D’Ambrósio (2012) para ser um bom professor é preciso dedicação e preocupação com os alunos, pois
Ninguém poderá ser um bom professor sem dedicação, sem preocupação com o próximo, sem amor num sentido amplo. O professor passa ao próximo aquilo que ninguém pode tirar de alguém, que é o conhecimento. Conhecimento só pode ser passado adiante, por meio de uma doação. O verdadeiro professor passa o que sabe não em troca de um salário (pois, se assim fosse, melhor seria ficar calado 49 minutos!), mas somente porque quer ensinar, quer ensinar os truques e os macetes que conhece.
Observando como os professores que se empenham em trabalhar com técnicas diferenciadas de ensino comprovamos que o professor “[...] não é só um simples educador (sem desvalorizar os demais), mas é também um amigo com o qual podemos contar” (Pacheco; Pacheco; 2013, p.63).
Diante de tantas dificuldades presentes no dia-a-dia do professor, já citada aqui, como salas superlotadas, falta de verbas na rede estadual para aquisição de materiais, alunos cada dia mais desinteressados, famílias cada vez mais desestruturadas é que confirmamos este pensamento. E que deixamos a pergunta novamente, uma aula diferenciada em uma sala de aula da rede estadual no ensino regular realmente funciona?
3 – Objetivos
De acordo com tudo já visto até aqui, levantamos as seguintes questões:
- Uma aula diferenciada realmente facilita na aprendizagem do conteúdo?
- Diante de uma aula diferenciada, não é necessária uma aula dita tradicional?
- Como a Escola/Estado pode ajudar para o bom desenvolvimento desta aula?
- Como os professores podem contribuir para boa execução de tala atividade?
Os objetivos gerais desta pesquisa se resumem em estudar sobre a importância da aplicação de aulas diferenciadas no ensino de Matemática. Já os objetivos específicos são: pesquisar sobre novos métodos de ensino que estão surgindo, analisar a pratica de aula dos atuais professores da rede estadual, analisar a diferença de como é a aprendizagem de um aluno quando participa de aulas diferenciadas e alunos que não tem tal oportunidade.
4 – Referencial Teórico
Discussões sobre o uso de jogos no ensino de Matemática vem sendo cada dia mais frequente. Os alunos hoje estão chegando para nós professores com maior capacidade de raciocinar e desenvolver o raciocínio lógico. Quando utilizamos jogos em sala de aula abrimos um leque de oportunidades de socialização e aprendizagem para os alunos.
As aulas tradicionais que se firmam em uma aprendizagem mecânica segundo D’Ambrósio (2012, p.67) é uma educação que “[...] não merece ser chamada como tal. Nada mais é que um treinamento de indivíduos para executar tarefas especificas. Os objetivos são intelectualmente muito pobres. [...]”.
“O grande desafio para a educação hoje é pôr em prática hoje o que vai servir para o amanhã. Pôr em prática significa levar pressupostos teóricos, isto é, um saber / fazer acumulado ao longo de tempos passados, ao presente. Os efeitos da prática de hoje vão se manifestar no futuro. ” (D’Ambrósio, 2012, p..80).
Como dito anteriormente neste trabalho um dos grandes problemas enfrentados hoje é o descomprometimento por parte da maioria dos alunos. Silveira (2002), no seu estudo, diz que as opiniões dos alunos, quando falavam da disciplina, revelaram sentidos repetidos de outras vozes, como ecos de ressonância de dizeres que já foram ditos e analisados nas vozes: do professor, das sociedades a que estes professores se filiam e da mídia. A leitura da matemática, feita pelo aluno, mostra que traz subjacente, em sua fala, um outro discurso que faz parte da sua memória, mas no seu dizer revela as alterações de sentidos que produz na sua interpretação como sujeito aprendente.
A aplicação dos jogos em sala de aula surge como uma oportunidade de socializar os alunos, busca a cooperação mútua, participação da equipe na busca incessante de elucidar o problema proposto pelo professor. Mas para que isso aconteça, o educador precisa de um planejamento organizado e um jogo que incite o aluno a buscar o resultado, ele precisa ser interessante, desafiador.
A ideia principal é não deixar o estudante participar da atividade de qualquer jeito, devemos traçar objetivos a serem cumpridos, metas a alcançar, regras gerais que deverão ser cumpridas. O aluno não pode encarar o jogo como uma parte da aula em que não irá fazer uma atividade escrita ou não precisará prestar atenção no professor, promovendo assim uma conduta de indisciplina e desordem, mas precisa ser conscientizado de que aquele momento é importante para sua formação, pois ele usará de seus conhecimentos e suas experiências para participar, argumentar, propor soluções na busca de chegar aos resultados esperados pelo orientador, porque o jogo pode não ter uma resposta única, mas várias, devemos respeitar as inúmeras respostas, desde que não fujam do propósito.
Borin (1996) argumenta que para que não ocorram problemas com o tempo durante a aplicação do jogo é recomendado que, quando forem jogados jogos de tabuleiro, estes sejam oferecidos aos alunos para que possam jogar anteriormente noutros locais; porém, na sala de aula é importante que sejam discutidas as descobertas feitas, para orientar e sistematizar as hipóteses formuladas e as estratégias para vencer. A referida autora também aponta como uma desvantagem ao aplicar o jogo na sala de aula o barulho, que segundo ela é inevitável na situação de jogo, pois somente através de discussões é possível chegar-se a resultados convincentes. É importante que o professor encare este barulho de forma construtiva, pois sem ele não há motivação para o jogo. A autora argumenta que o barulho diminui se os alunos tiverem o hábito de trabalharem em grupo.
O uso de jogos nas aulas de Matemática é um suporte muito útil para os professores. Borin (1996) ressalta que o jogo tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades de raciocínio como organização, atenção e concentração, necessárias para a aprendizagem, em especial da Matemática,
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