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John locke

Por:   •  24/10/2017  •  902 Palavras (4 Páginas)  •  409 Visualizações

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Então, Locke esclarece onde obtemos nossas ideias e conceitos – através dos sentidos. Mas aí ele se pergunta se o mundo é realmente do jeito que nós o percebemos. Ele explica fazendo a distinção entre o que designava por qualidades “primárias” e “secundárias”.

Por “qualidades primárias”, ele entende a dimensão, o peso, a forma, o movimento e o número das coisas. Nestas qualidades, podemos ter a certeza de que os sentidos reproduzem as qualidades reais das coisas, e todas as pessoas podem estar de acordo. Mas também percebemos outras qualidades das coisas. Dizemos que uma coisa é doce ou amarga, verde ou vermelha, quente ou fria. A isto, Locke chama “qualidades secundárias”. E essas impressões sensíveis — como cor, cheiro, sabor ou som — não reproduzem qualidades reais que residem nas próprias coisas. Reproduzem apenas o efeito das qualidades exteriores nos nossos sentidos. Essas qualidades podem variar de animal para animal e de pessoa para pessoa, dependendo da natureza das sensações de cada.

Locke também admite o que designa por conhecimento “intuitivo” ou “demonstrativo”. Ele considerava, por exemplo, que certas regras fundamentais da ética são dadas a todos. Assim ele defende a chamada “concepção do direito natural” e isso é uma característica racionalista. Uma outra característica racionalista clara é o fato de Locke achar que é inerente à razão humana saber que Deus existe.

Como filósofo político, Locke pode ser considerado um precursor da democracia liberal, dada a importância que atribui à liberdade e à tolerância. O que estava em jogo era, obviamente, a tolerância religiosa, contra os abusos do absolutismo. De todo modo, suas ideias fundamentaram as concepções de democracia moderna e de direitos humanos tal como hoje é expressa nas cartas de direitos. Ele foi o primeiro a defender o princípio de divisão entre poderes. Locke também defendia a igualdade de direitos de ambos os sexos. Segundo ele, a posição subordinada da mulher tinha sido criada pelos seres humanos. E, por isso, podiam transformá-la.

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