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Historiografia da Psicologia: Métodos

Por:   •  2/4/2018  •  2.141 Palavras (9 Páginas)  •  437 Visualizações

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“Historiografia da Psicologia: Métodos” Busca descrever os métodos utilizados para se estudar história da psicologia, utilizando de duas vertentes; história dos saberes psicológicos e a história da psicologia cientifica, enfatizando os principais recursos metodológicos possíveis em cada um desses domínios.

Organizado em treze subtítulos o capítulo apresenta os métodos utilizados pela História da Psicologia sob dois domínios - o da História da Psicologia Cientifica e o da História das Ideias Psicológicas.

Primeiro subtítulo do capítulo “Os métodos da historiografia das Idéias psicológicas” os autores, Marina Massimi, Regina Helena de Freitas Campos e Josef Brožek ressaltam que as mudanças sofridas pala Historiografia Geral influenciaram os métodos da História das Ideias Psicológicas, assim a utilização das metodologias de investigação pertencentes a outras áreas das ciências humanas começaram a ser utilizadas nos projetos de pesquisa. Os autores mencionam Le Groff para reforçar a idéia que neste período as margens entre Psicologia, História e outras ciências começaram a se atenuar, surgindo novas abordagens para que fossem compreendidos os documentos.

No seguinte subtítulo “A história das idéias psicológicas como parte da história cultural” os autores abordam sobre a História das Idéias no âmbito de “História das visões do mundo”, trazendo assim a História das Ideas Psicológicas como uma visão de mundo relacionada a conceitos e cultura determinados por praticas “psicológicas” tendo seus objetos dependendo da história cultural em que são instituídos. Massimi, Campos e Brožek alegam que a metodologia da História Cultural inclui a produção cultural, dependendo da totalidade social em que se origina, mencionam a Antropologia Histórica e a cultura como fator determinante na História cultural. Os autores referem o imaginário como fenômeno coletivo, social e histórico, sendo este a consciência do homem, a História do Imaginário estuda a influencia que isso causa na vida do homem ao longo da vida. Os autores ressaltam a consciência da natureza humana que teve ênfase no século XVII.

O terceiro subtítulo da obra “A Psicologia Histórica, a história das mentalidades e a história das ideias psicológicas” os autores ressaltam a importância cultural da Historiografia das Ideias Psicológicas como documentação da relatividade histórica, e a necessidade de contextualizar a inquisição a respeito do homem psíquico em seu ambiente sociocultural, colocando em duvida a legitimidade de uma Psicologia Geral do Homem levando em consideração ao que se conhece de seu comportamento, os autores levantam um ponto que nesse sentido a Psicologia Histórica redefine os termos históricos dos conceitos até então utilizados pelas psicologias habituais.

Quarto subtítulo que a obra traz é “Um esclarecimento: a diferença entre a psicologia histórica e a psicohistória” inicialmente os autores trazem questões divergentes entre Psicologia Histórica e Psicohistória, ressaltando que a Psicologia Histórica tem como objetivo explicar os fenômenos históricos em categoria mental universal, também analisar a motivação de processos históricos em termos psicológicos, enquanto a Psicohistória, segundo os autores, é o drama histórico e a análise por meio de documentos.

O subtítulo “Os métodos da historiografia da psicologia cientifica” sendo o quinto do capítulo, Massimi, Campos e Brožek alegam que História da Psicologia cientifica faz parte da História das Ciências já que utiliza as abordagens e métodos elaborados pela mesma.

No subtítulo “A contribuição da filosofia da ciência” Os autores trazem importantes filósofos como Popper, Kuhn e Lakatos e suas principais contribuições, como citado pelos autores Popper e seu pensamento sobre que o historiador teria como sua tarefa, buscar o momento em que algumas teorias foram falsificadas, ou o momento onde consideraram como certas para Popper todo conhecimento cientifico era provisório. Neste mesmo subtítulo os autores mencionam Kuhn e seu modelo de paradigma, e como o mesmo questionava a idéia de que a ciência provém por uma progressiva acumulação de informação. Os autores realçam a critica de Lakatos sobre Kunh e suas opiniões, pois Lakatos afirmava que as anomalias estariam presentes mesmo em momentos de “ciência normal” de produção cumulativa, propondo também um modelo contrario para evolução, segundo comentam os autores, em que o historiador da ciência teria como objetivo buscar os debates entre programas de investigação adversários e analisaria os motivos e hipóteses, a partir do debate entre esses. Ao finalizar o subtítulo os autores abordam a explicação internalista e externalista, para Lakatos e Popper o universo cientifico era divido em três, sendo estes: O mundo da matéria, o mundo da consciência e o mundo das proposições. Sendo sujeito a influencias externas apenas o mundo da matéria e da consciência. Já a Psicologia Cientifica só tem influencia de abordagens combinada de internalista e externalista.

O subtítulo “História da psicologia e história das ciências” os autores expõem como a História da Ciência a é interdisciplinar e muito antiga, interdisciplinar, pois, deve compreender a metodologia conceitual de uma determinada disciplina cientifica em seu contexto total, com suas próprias definições e objetivos. A relação entre História das Ciências e História não foram desenvolvidas totalmente pelos primeiros historiadores da ciência, assim afirmam os autores.

Massimi, Campos e Brožek, ainda nesse subtítulo, abordam sobre o desenvolvimento de metodologias próprias, criadas pela História das Ciências com influencia da Epistemologia, com o objetivo de analise do desenvolvimento histórico das diversas disciplinas cientificas. Na seqüência do subtítulo, os autores ressaltam sobre a “bíblia” da historiografia da psicologia moderna, apresentando o livro Historiography of Modern Psychology (1980) de Brožek e Pongratz, como exemplo, que descreve cinco abordagens possíveis nesta área de estudos: abordagem biográfica, abordagem descritiva e analítica, abordagem quantitativa e abordagem da história social e o enfoque sociopsicológico.

O próximo subtítulo “Os métodos historiográficos quantitativos” os autores enfatizam a importância sobre os estudos quantitativos para ciência como para a Psicologia, mencionam sobre a pesquisa de Brožek, um dos próprios autores da obra resenhada, sobre o estudo da “longevidade da citação” acerca da pesquisa de um artigo de F.C.Donders; e na diferenciação quantitativa das alterações no tempo de freqüência

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