Teatro Municipal do Rio de Janeiro

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A construção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro está muito relacionada ao processo da abertura da Avenida Central e a todo o processo de transformação urbana que acontecia no Rio de Janeiro no início do século XX, quando havia na cidade uma situação de precariedade envolvendo epidemias que se espalhavam principalmente nas áreas centrais, em que a densidade populacional era maior, apontando para um grande problema de salubridade, que gerava uma repercussão muito negativa da capital do país em âmbito internacional. Em um programa apresentado pelo prefeito Pereira Passos, objetivando intervir em especial nas áreas mais densas da cidade, ocorreu uma série de reformas, executadas sob influência das que aconteceram em Paris, procurando sanear e embelezar a cidade.

O plano das novas avenidas previa a hierarquização das vias e a conexão entre os elementos políticos, culturais e naturais mais importantes, pretendendo fazer a imagem da nova capital algo que demonstrasse o poder do país, elevando seu potencial de investimento para atrair o capital externo. Alguns cartões, intitulados “o concurso”, “o teatro em processo”, “a inauguração do teatro”, e “o impacto do teatro”, foram produzidos pra apresentar a construção do Theatro Municipal, a importância simbólica dele e de sua implantação, a iniciativa da construção como um esforço para romper com o passado colonial. Outro fator importante, vindo da burguesia carioca, uma grande motivadora do processo de transformação da cidade, era a demanda por um espaço que garantissem maior status às famílias da alta sociedade, que estivesse à altura das casas de espetáculo como as de Paris.

Em 1909, o Teatro foi inaugurado, tendo uma importância simbólica enorme para seu entorno e para a cidade de um modo geral, marcada por seu caráter monumental.

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Vista do teatro e seu entorno imediato

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Relação do teatro com a Avenida Rio Branco

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Theatro Municipal e praça da Cinelândia

8) É possível identificar alguma relação de “movimento” na concepção formal desse edifício?

O edifício constitui uma obra bastante simétrica, mas que contém elementos que conferem uma sensação de movimento na fachada, como arcos e elementos decorativos, que também atribuem volume a este exemplar.

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Detalhes da fachada lateral

9) Que elementos da arquitetura clássica aparecem nessa arquitetura? Colunas? Frontões? Tratamento padronizado das aberturas?

Alguns elementos da arquitetura clássica presentes no Theatro Municipal do Rio de Janeiro são as colunas do corpo central e das rotundas laterais, que passam uma ideia de verticalidade; portas em arco pleno antecipadas por portões de bronze, assim como as janelas das rotundas; o equilíbrio das linhas; um frontão pequeno com a inscrição “MCMV - MCMIX”; cornija e um friso decorativo, onde se lê “Theatro Municipal”.

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Elementos da arquitetura clássica

10) É possível identificar harmonia e proporção nessa arquitetura?

Pode-se afirmar que neste exemplar há uma relação de harmonia e proporção entre os elementos da fachada, uma vez que estes, como aberturas, pórtico de entrada e distribuição das colunas proporcionam a sensação de proporção trazendo composição harmônica nos modelos clássicos.

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Imagem que permite perceber as aberturas e a distribuição das colunas na fachada principal

11) É possível identificar a adoção de alguma ordem arquitetônica, seja em coluna ou pilastra? Existe alguma relação entre a adoção dessa ordem e o uso original dessa edificação?

As colunas em estilo clássico, como as demais linhas, marcam a ideia de verticalidade, porém a riqueza decorativa remete ao barroco. O corpo principal possui quatorze colunas em estilo coríntio, em mármore de Carrara com fuste composto por cinco tambores. Seu estilo segue moldes do Renascimento, de modo que sua composição apresente a expressão plástica do fim a que é destinado.

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Colunas da fachada principal

12) Ainda com relação às colunas, como elas se desenvolvem? Isoladas? Destacadas? Em ¾? Em ½? Há pilastras também?

As colunas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro se desenvolvem destacadas, uma vez que acompanham as parede sem se encostarem nas mesmas.

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Colunas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

13) Como se desenvolvem as relações de luz e sombra a partir dos relevos, ressaltos do volume?

As fachadas do teatro possuem uma relação de cheios e vazios que pode ser observada em suas sacadas, nos relevos das paredes, na entrada principal, assim como nos elementos decorativos do edifício. Porém a relação de luz e sombra a partir desses cheios e vazios é bem discreta em grande parte das fachadas, tendo maior destaque na entrada principal, onde há uma maior projeção de sombra.

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Relações de luz e sombra na fachada do teatro

14) Há alguma relação de ritmação, seja ela do tipo estreito-largo- estreito, ou com relação ao intercolúnio?

Existe relação de ritmação