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Relatório da Visita ao Teatro Municipal de SP.

Por:   •  22/3/2018  •  3.611 Palavras (15 Páginas)  •  593 Visualizações

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p. 11-12).

1.2 Visita guiada

Luciana Bernardo nos levou para conhecer o teatro, que foi restaurado, pela terceira vez (1956, 1988 e 2008), e com a restauração da fachada, modernidade do palco e parte cenotécnica, na sua reabertura passou a oferecer visitas guiadas pelo grupo de ações Educativas da Fundação Theatro Municipal.

Durante a visita, o guia/educador conta muitas curiosidades e mostra detalhes interessantes de todo o espaço.

Totalmente gratuito, o passeio dura cerca de 1h, sendo possível conhecer com detalhes seus espaços. É preciso estar presente pelo menos 10 minutos antes da visita e se apresentar na bilheteria oficial para passar alguns dados pessoais.

A visita guiada é muito interessante, nos mostra um pouco como era a cultura antigamente, torna a aprendizagem mais rápida e instiga a vontade de frequentar o local, assim como disse PARKER, 1978, p. 112: “a aprendizagem é mais rápida e duradoura se for agradável e satisfatória em si mesma, e as melhores experiências educacionais assumem uma natureza lúdica”.

2 TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Teatro Municipal de São Paulo (na grafia arcaica, Theatro Municipal) é um dos mais importantes teatros da cidade e um dos cartões postais da capital paulista.

Construído numa área de 3.600m², em um terreno desapropriado pelo estado e cedido à prefeitura, foi projetado por Domiziano Rossi e Cláudio Rossi e construído pelo escritório de Ramos de Azevedo.

Tombado em 1981, passou a fazer parte do Patrimônio Histórico de São Paulo. Hoje serve como palco para a Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Coral Lírico, Coral Paulistano, Balé da Cidade, Quarteto de Cordas, Escola Municipal de Música e Escola de Dança de São Paulo.

2.1 História

Por influência da Corte, tendo grande impulso durante o reinado do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina (de 1843 até a abolição da monarquia em 1889), o gosto pela música erudita já havia sido formado. Vários teatros foram construídos ao longo da costa brasileira e interior do Brasil. Um deles foi o Teatro São José, em São Paulo.

Iniciam-se no ano de 1895, as discussões sobre a construção de um teatro à elite paulista, que queria que a cidade estivesse à altura dos grandes centros culturais da época, assim como promover a ópera e o concerto.

O local escolhido para a construção foi o Morro do Chá, que já abrigava o Novo Teatro São José.

Em 1898, o Teatro São José foi destruído por um incêndio. A Câmara Municipal lança então incentivos para o empreendimento da construção de um novo teatro, um acordo a quem colaborasse. 50 anos de isenção de impostos.

Três arquitetos trabalharam juntos na construção, projeto de Cláudio Rossi, desenhos de Domiziano Rossi e construção pelo Escritório Técnico de Ramos de Azevedo. As obras foram iniciadas em 1903 e finalizadas em 1911. Parte foi financiada pela prefeitura de São Paulo, a maior parte foi paga pelos Barões de Café.

A construção do Theatro Municipal foi considerada bem arrojada na época e recebeu influências da Ópera de Paris. O estilo arquitetônico é o eclético, em voga na Europa desde a segunda metade do século XIX. São combinados os estilos Renascentista, Barroco do setecentos e Art Nouveau, sendo o último o estilo da época. Praticamente todos os materiais e estilos arquitetônicos foram importados, como os vitrais, da Alemanha e o piso de mármore, da Itália. Há materiais diversificados encontrados pelo Theatro como cristais, molduras douradas e bronze presentes em bustos, medalhões, elementos decorativos, colunas e mosaicos.

A inauguração estava marcada para o dia 11 de setembro, mas devido ao atraso na chegada dos cenários da companhia Titta Ruffo, que vinham de turnê, foi adiada para 12 de setembro. Houve uma grande aglomeração de pessoas no entorno do teatro, muitas admiradas pela iluminação com energia elétrica vinda de seu interior e pelo entorno. A noite foi iniciada com o trecho da obra “O Guarani”, de Carlos Gomes, devido à pressão da crítica paulistana. Seguiu-se depois a encenação da ópera “Hamlet”, de Ambroise Thomas, com o barítono Titta Ruffo no papel principal”. (WIKIPEDIA, 2016)

Foi nele a realização da Semana da Arte Moderna de 1922, evento modernista que levantava a bandeira de rompimento com a arte europeia, propondo uma abordagem totalmente brasileira à pintura, à literatura, à poesia, apresentações de música, poesia, palestras e performances de bailarinas.

O prédio tem capacidade para 1530 pessoas, e a plateia tem o formato de uma ferradura, melhora a acústica.

O prédio faz parte do Patrimônio Histórico do estado desde 1981, quando foi tombado pelo Condephaat.

Atualmente o Theatro Municipal de São Paulo abriga os seguintes corpos artísticos: Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Coro Lírico Municipal de São Paulo, Coral Paulistano Mário de Andrade,Balé da Cidade de São Paulo, Orquestra Experimental de Repertório e o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo.

Primeiramente o Teatro era voltado para um público seleto, mas após diversas transformações sociais e culturais que aconteceram com o tempo, hoje o espaço é voltado a todo público, sendo os valores de seus ingressos bastante acessíveis.

O Teatro, foi tombado em 1981, se encontra na Praça Ramos de Azevedo, s/nº. República, São Paulo. A praça leva o nome do arquiteto e engenheiro responsável pelo projeto do Teatro, Ramos de Azevedo.

2.1.1 Como funcionava

Os barões do café, burguesia da época, queriam um espaço de classe, onde pudesse ser local de encontro para a alta sociedade.

O Teatro foi organizado e separado em três ordens, três andares, divididos por classes sociais (preços e status) que já eram visíveis desde as entradas. A decoração de cada andar, dentro do Teatro, também se diferenciava pelo luxo. Quanto mais alto ficava, menos decorado, menos pedras preciosas eram colocadas.

A 3a ordem, da qual faziam parte os menos abastados, estudantes e professores, tinham a entrada realizada apenas pela lateral do Teatro (a classe menos favorecida não tinha acesso ao teatro). O valor de um ingresso na época para esse setor, que era o mais barato, girava em torno de meio salário mínimo, ainda

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