Análise Comparativa de Implantação de ERP em Empresas de Pequeno Porte
Por: YdecRupolo • 16/3/2018 • 3.894 Palavras (16 Páginas) • 569 Visualizações
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Por isso surgiu o sistema ERP (Enterprise Resource Planning) para auxiliar as empresas na tomada de decisão. O mesmo para chegar à configuração atual passou por uma sequência de evoluções acompanhando o desenvolvimento da tecnologia da computação sendo a última e mais significativa etapa do método MRP (Materials Requirements Planning). O MRP I permite calcular quanto de material é necessário para produzir uma unidade de determinado produto. Durante os anos de 1980 a 1990 sofreu uma expansão e começou a integrar outros setores das empresas, permitido além fazer uma avaliação das necessidades terem uma consciência das consequências das futuras demandas nas áreas financeiras e de produção (SOUSA, RESENDE, & BRITO, 2013).
Para as empresas obterem os resultados citados acima, coordenar os diversos setores, acompanhar o desenvolvimento e atender as necessidades dos mesmos, elas se viram obrigadas a utilizar os sistemas integrados de gestão, que nada mais são que sistemas de planejamento de recursos empresariais ERP.
Para (LAUDON & LAUDON, 2010) o funcionamento do sistema integrado ocorre de modo concatenado, por exemplo, quando um cliente faz um pedido, a circulação de informações se dá pelas áreas que serão afetadas. E todas essas atividades são monitoradas e os gerentes podem utilizar informações integradas para tomar decisões mais precisas em operações diárias ou em planejamento em longo prazo.
Além das vantagens citadas, existe também o quesito de competividade, pois empresas que apresentam todas as suas rotinas de gestão supervisionadas por um sistema integrado, dão aos clientes uma melhor qualidade e consequentemente, os mesmos exigirão das outras, um serviço que se equipare com o que recebeu de uma empresa que utiliza TI nos seus processos (WEYH & STRAUSS, 2013).
Muito por conta de que o ERP, como é exposto por (OLIVEIRA & HATAKEYAMA, 2012), proporciona alternativas que melhoram significativamente a eficiência, qualidade e produtividade da empresa, tendo como implicação direta a satisfação do cliente. Dado que sua capacidade de integração reduz significativamente os Gaps, ao longo da cadeia produtiva, proporcionando um controle da empresa como um todo e a atualização tecnológica.
2.2 Vantagens e desvantagens do sistema ERP
Quando bem desenvolvido, o ERP ajuda as empresas na integração das tarefas executadas pelos seus vários departamentos, tais como o PCP, monitoramento dos processos de materiais, vendas, logística, finanças, contabilidade, recursos humanos e gestão da qualidade (CAVALHO et al., 2009). Sistemas que não apresentam essas características, ou seja, são fragmentados, são responsáveis por atrasos e distorções de informações. (ASSUMPÇÃO, SOUZA, & ROBLES, 2009).
Nota-se que o ERP, além de integrar todos os setores da empresa, auxilia os gestores na tomada de decisões centralizando as informações com um grau de acesso facilitado (MÜLLER & RAFALSKI, 2013).
O ERP, segundo (OLIVEIRA & HATAKEYAMA, 2012), vai muito além das funções departamentais, pois o mesmo oferece uma interface de integração com todas as atividades de rotinas realizadas pela empresa, que pode ir, por exemplo, desde o pedido de compras até a pós-venda. O Sistema de gestão Empresarial ERP apresenta vantagens e desvantagens, as quais estão relacionadas no (Quadro 1) abaixo (MOTA, 2014).
Quadro 1: Vantagens e desvantagens dos sistemas ERP
VANTAGENS
DESVANTAGENS
Eliminação de custos relativos a processos manuais e aumento de produtividade devido à automatização;
A empresa passa a sofrer uma forte dependência da empresa que forneceu e implantou o sistema de ERP.
Aumento do fluxo interno de informação e integração entre os departamentos distintos nas empresas;
O aumento do controle sobre as pessoas e os processos, pode gerar resistência através de funcionários que não querem mudar seu método de trabalho;
Otimização dos processos de tomada de decisões
Baixo Custo/Benefício
Diminuição da redundância das atividades já que os processos passam a ser automatizados;
A integração dos departamentos da empresa pelo sistema, muitas vezes não se reflete em uma integração real da companhia.
Aumento da precisão na obtenção de informações e relatórios, já que os dados passam a ser criteriosamente armazenados.
Fonte: Disponível em . Acesso em 12 de outubro de 2014.
Outra desvantagem atribuída aos ERPs está relacionada aos fatores humanos, culturais e sociais. Na fase de implementação e pós-implementação verifica-se como o principal problema a falta de dedicação por parte dos executivos das empresas e também dos funcionários. Não se dá a devida atenção, assim, muitos são os problemas verificados na sua utilização. Não há comunicação e participação das pessoas envolvidas nos projetos de implementação de sistemas ERP, para AVISON & MALAURENT (2007), as pessoas são vitais para o sucesso de um projeto, pois eles serão os futuros usuários do sistema.
2.3 Fatores críticos de sucesso
Durante a implementação do ERP na empresa, deve-se levar em consideração algumas atividades que são importantes para o sucesso do sistema. Tendo em conta que não se pode controlar tudo, torna-se necessário criar uma relação de prioridades entre as atividades levando, assim, os Fatores Críticos de Sucesso (FCS).
De modo geral, considera-se que os FCS são os fatores-chave que a organização dever ter ou precisar e que, juntos, podem realizar uma missão (OAKLAND, 1994). Para projetos de implementação de sistemas ERP, considera-se que os FCS são fatores que possuem grande influência no projeto e que devem ser gerenciados corretamente, para não comprometer o resultado e a qualidade da implementação do sistema (NIELSEN 2002).
Alguns fatores são considerados críticos para o sucesso de uma implementação de ERP. Entre eles estão Nah et al. (2001):
1. Obter a participação ativa da alta gerência (Commitment);
2.
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