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ANÁLISE DE CUSTOS PARA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA EM UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Por:   •  30/1/2018  •  3.395 Palavras (14 Páginas)  •  396 Visualizações

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à falta de controle e acompanhamento dos custos de fabricação, mão de obra e despesas administrativas na empresa, verificou-se a necessidade de conhecer todos os custos e gastos reais envolvidos no negócio a fim de obter conhecimento da lucratividade real alcançada na venda do produto. Considera-se que com embasamento em informações reais seja possível formular um preço de venda adequado à realidade do mercado sem deixar de alcançar um retorno financeiro positivo para a empresa.

Portanto este trabalho tem como objetivo a análise dos custos para formação do preço de venda dos produtos e assim obter um melhor controle do markup dos diferentes produtos fornecidos. Consequentemente há uma preocupação em conhecer os reais custos envolvidos e sua adequação na formação do preço de venda e possibilitar uma saúde financeira a empresa.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É fundamental o conhecimento dos conceitos relacionados a custos e despesas para então aplicá-los na formação do preço de venda, sendo assim apresenta-se cada um deles com o objetivo de deixar claro a sua importância.

2.1 CUSTOS VERSUS DESPESAS

Para que se possa ter um controle de custos adequado, é necessário antes de tudo saber identificá-los e também diferenciá-los, pois o conceito de custos e despesas deve estar bem claro para o gestor.

Segundo Ribeiro (1999), custo compreende os gastos com a obtenção de bens e serviços aplicados na produção. O custo pode ser definido como qualquer recurso usado para atingir um objeto específico, ou seja, é tudo o que está envolvido diretamente na transformação do produto oferecido, como a mão de obra direta, o consumo de matéria-prima, etc.

Para contabilidade de custos qualquer que seja o sistema necessita de distinção entre custos e despesas. Teoricamente, a distinção é fácil: custos são gastos (ou sacrifícios econômicos) relacionados com a transformação de ativos (exemplo: consumo de matéria prima ou pagamento de salários). Despesas são gastos que provocam redução do patrimônio (exemplo: impostos, comissões de vendas, etc.). (APARECIDO, 1999, p. 20).

Segundo Martins (2003), despesa é sempre um serviço ou bem que de alguma forma irá interferir para a obtenção de receitas. Pode-se usar como exemplo a comissão do vendedor, pois este é um gasto que se torna imediatamente uma despesa.

2.2 TIPOS DE CUSTOS

Existem diversos tipos de custos e, dependendo da metodologia empregada, há diferenciação nas classificações empregadas a eles. Quanto à apropriação, os custos são classificados em diretos e indiretos e, quanto ao volume de produção, os custos são classificados em fixos e variáveis.

2.2.1 Custos Diretos

Conforme Ribeiro (1999), os custos diretos recebem essa denominação porque suas quantidades e valores, quando relacionados ao produto, são de identificação simples, sendo que desta forma, todos estes gastos recaem de forma direta no processo fabril desse produto. O custo direto é adequado no instante de sua ocorrência e relaciona-se de forma direta a cada tipologia de bem ou função de custo, ou sim, aquele que pode ser identificado diretamente a determinado produto ou a sua linha.

Podemos verificar que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão de obra utilizadas e até quantidade de força consumida). São os Custos Diretos com relação aos produtos. (MARTINS, 1993, p. 47).

Leone (2000) diz que os custos diretos são aqueles possíveis de se identificar com as obras, de modo mais econômico e lógico sendo que o mesmo não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado e sempre são mensuráveis, tais como: matéria-prima usada na fabricação do produto, mão de obra direta, serviços subcontratados e aplicados diretamente aos produtos ou serviços.

2.2.2 Custos Indiretos

O custo indireto é o custo que não se consegue apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência. Eles são apropriados aos portadores finais conforme critérios pré-determinados, como mão de obra indireta, rateada por horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas utilizadas, etc.

Custo indireto é o que, embora não incida diretamente sobre a produção ou venda, é parte integrante como resultante da participação das atividades de apoio ou auxiliar ao processo de transformação, produção e comercialização de um bem ou serviço. (NASCIMENTO, 2001, p. 31).

O custo indireto não pode ser atribuído (ou identificado) diretamente a um produto ou linha de produto e conforme Leone (2000) este necessita de critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custeado, são aqueles que dependem do emprego de recursos e parâmetros para o débito as obras.

De acordo com Ribeiro (1999), o custo indireto recebe esta denominação por ser impraticável outra maneira segura de percepção de seus valores e quantidades em relação ao produto.

Exemplos de custos indiretos:

• Mão de obra indireta: é representada pelo trabalho dos setores de apoio que não são mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado, como a mão de obra de supervisores ou controle de qualidade.

• Materiais indiretos: são materiais empregados cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas, lubrificantes, lixas, etc.

• Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do setor fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de equipamentos, etc.

2.2.3 Custos Fixos

Apesar da possibilidade de se classificar uma série de gastos como custo fixo, é importante ressaltar que qualquer custo é sujeito a mudanças. Conforme PADOVEZE (2004) os custos que tendem a manterem-se constantes mesmo com alterações nas atividades operacionais, são considerados custos fixos, ou seja, ocorrem independentemente de haver produção ou não.

Poder-se-ia subclassificar os Custos Fixos em Repetitivos e Não Repetitivos em valor, isto é, custos que se repetem em vários períodos seguintes na mesma importância (caso comum do pessoal da chefia da fábrica, das depreciações, etc.) e custos que

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