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ASPECTOS EMINENTES À PASTAGEM SOB POUSIO DE QUARENTA ANOS

Por:   •  12/4/2018  •  5.058 Palavras (21 Páginas)  •  488 Visualizações

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Key- words: Ecological succession. Restoration. Revegetation. Phytosociology.

INTRODUÇÃO

O uso e ocupação do solo causa o seu desgaste por meio da diminuição dos nutrientes que a compõem, e tem por consequência, a redução de sua fertilidade e produtividade. Neste contexto, pastagem é a vegetação utilizada para a alimentação do gado feita em extensões ou terrenos (Corrêa et al. 2011). Em relação às pastagens, diversos estudos são realizados no decorrer do tempo em função do aprimoramento na produção pecuarista, como principalmente a climatologia do local e o tipo de solo a serem cultivados.

É indiscutível a rentabilidade financeira advinda desta atividade pecuarista, porém a alterações na estrutura da vegetação em condições naturais e sucessivas perturbações antrópicas podem contribuir para modificação na taxa de regeneração da floresta e para ineficiência da vegetação em realizar a apreensão e deposição de nutrientes via biomassa (CBA, 2015). Comumente, o processo de degradação do solo decorre do seu uso incorreto, resultado do desmatamento, queimada, negligência no manejo da pastagem, compactação e erosão.

Neste contexto estudos, técnicas e metodologias tais como proposto por Araújo et al. (2005), o qual ressalta que a Geomorfologia juntamente com a Pedologia tem papel importante no diagnóstico de áreas degradadas, visto que as atividades desenvolvidas por seres humanos na superfície terrestre estão gerando impactos sobre alguma forma de relevo ou algum tipo de solo. Além da Geomorfologia e Pedologia, a Geoestatística também pode ser empregada para diagnosticar, em áreas com diferentes usos, as principais alterações ocorridas tomando-se por base um ambiente virgem (Neto et al. 2013).

Os parâmetros escolhidos para tal ponderação devem abranger atributos biológicos, químicos e físicos, a fim de identificar o grau de alteração da qualidade do solo e a viabilidade da sucessão vegetal. Com isso, Martins (2012) dispõe que, para que ocorra tal sucessão, é necessário um local disponível e com condições ambientais adequadas para que a vegetação possa se desenvolver.

Surge então a importância de estudos que visem levantar aspectos de modo a possibilitar a recuperação de áreas de pastagem, inclusive se estiverem sobe pousio, ou sejam passando por um período de “repouso ecológico”. Visto que o tempo de pousio instala naturalmente um processo de sucessão ecológica (GOMES et al., 2013).

OBJETIVO

O objetivo foi diagnosticar quão prejudiciais são as alterações no meio ambiente por meio de pastagens em uma área a quarenta anos em pousio e destacar aspectos eminentes para recuperação e monitoramento desta.

REFERENCIAL TEÓRICO

Histórico

A palavra pasto vem do Latim pastus-us que significa alimento vegetal ou erva para os animais (Portal conceito.de, 2016). O manejo de pastagem iniciou-se devido as necessidades das atividades agropecuaristas com objetivo de atender a alimentação humana (ROSA et al., 2009).

No período Mesolítico, caracterizado como área de transição entre os períodos Neolítico e Paleolítico, houveram as primeiras utilizações do solo para produção tanto para a agricultura como na criação de animais, propiciando a aglomeração das populações em um só lugar com garantia estendida de alimentação, conseguintemente promovendo também a sedentarização, uma vez que a imprescindibilidade da caça e locomoção de características nômades foram reduzidas devido as circunstâncias (PEREIRA, 2003).

PASTAGENS X PECUÁRIA

As áreas de pastagem no Brasil correspondem aproximadamente 60% do uso das terras desflorestadas na Amazônia segundo o INPE (2014), sendo que desse percentual 40% se encontram em diferentes estágios de degradação caracterizando um elevado grau de deterioração (TOWNSEND, 2014).

A expansão da pecuária bovina é a mais significativa, isso porque a remoção temporária ou parcial da floresta para a sua conversão em áreas de pastos e agrícolas associadas com a extração seletiva de madeira emite um valor significativo de poluentes provenientes da queima de combustíveis fósseis (RIVERO et al., 2009).

Sendo a pastagem, a principal fonte de alimento para os bovinos no Brasil a mesma é classificada em três tipos diferentes: pastagem nativa, pastagem natural e pastagem artificial.

A pecuária (intensiva e extensiva), é uma atividade possível de ser implantada e conduzida, sem que seja necessário o preparo mais cuidadoso da área, ou o uso mais intensivo de insumos, de tecnologia e de mão de obra; sendo possível produzir de forma predominantemente extensiva.

PASTAGEM NATIVA

A Pastagem nativa é aquela que compreende uma área com boa quantidade de espécies forrageiras naturais. Estas são comumente encontradas nas áreas marginais não muito propícias para a agricultura devido limitações a nível físico-químico provocadas pelos fatores abióticos característicos do local como topografia, precipitação e baixa nutrição (CORRÊA et al., 2011).

Este tipo de pasto é o mais indicado para criação de gado de corte devido suas funcionalidades usufruindo do manejo adequado, subdividindo-se em:

- Cerrado, formado em cordilheiras;

- Campo Cerrado, com maior quantidade de vegetação lenhosa e herbáceas;

- Campo limpo não inundável, com arbustos e árvores;

- Campo limpo inundável com predominância em herbáceas;

- Vazante e baixadas, anualmente inundável.

PASTAGEM NATURAL

Esta é uma pastagem pela qual a vegetação clímax é composta por herbáceas e arbustos, o manejo eficaz para áreas como tal apresentada é imprescindível, destacando-se o equilíbrio, correta disposição, bem como a escolha das espécies a serem utilizadas neste espaço natural levando em consideração a disposição de forrageiras (CORRÊA et al., 2011; COSTA, 2006).

PASTAGEM ARTIFICIAL

Segundo Costa (2006), é também chamada de pastagem cultivada, aquela composta principalmente por uma vegetação exótica ou até mesmo nativa, entretanto, a vegetação

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