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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS DE BROMATOLOGIA: DETERMINAÇÃO DE FIBRA BRUTA

Por:   •  6/5/2018  •  2.132 Palavras (9 Páginas)  •  999 Visualizações

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De acordo com Alves et al. (2004) tal método baseia-se na diferenciada de solubilidade dos componentes da célula vegetal em um determinado PH. Sendo este o principal referencial utilizados nos laboratórios de nutrição animal. De maneira geral, fornece informações suficientes sobre a composição química da maioria dos alimentos utilizados na alimentação animal,

De acordo com o mesmo autor na mensuração da FDN, se obtêm um resíduo indesejado após extração com solução de sulfito láurico de sódio e EDTA, tais como: proteína, minerais ou amido misturados a fibra. Entretanto a analise que utiliza detergente ácido (FDA) também contem contaminações tais como: pectina, minerais e compostos nitrogenados.

1.3.2 MÉTODO DE WEENDE

Criado em 1864, por Henneberg, na Estação experimental de Weende, o chamado método de Weende, vem sendo utilizado até os dias de hoje, e as técnicas são quase as mesmas de quando foi criado, com exceção do nitrogênio. Este método propôs a analise aproximada de alimentos. Visando a obtenção de informações sobre os seguintes componentes: umidade ou matéria seca, cinza, proteína bruta, gordura ou extrato etéreo, extrato não nitrogenado e fibra bruta, (MACIEL, 2015).

O método de weende não é satisfatório para a obtenção de informações como carboidratos, pois inclui no grupo da fibra bruta a celulose e apenas a lignina insolúvel em álcali. Porem, no grupo dos extratos não nitrogenados, encontra-se frações de diversas naturezas, como a hemicelulose, amido, pectina, lignina solúvel em álcali e os carboidratos solúveis em água, (MACIEL, 2015).

O método de Weende foi fundamental para o desenvolvimento de cálculos de ração, devido a sua simplicidade e baixo custo de realização (RODRIGUES, 2010).

1.4 DETERGENTES

Os detergentes são substâncias que diminuem a tensão superficial de um líquido, sendo denominados tensoativos. São produtos sintéticos fabricados a partir de derivados do petróleo (ZAGO NETO & DEL PINO, S/a).

Estes possuem ao menos uma ligação iônica, e, portanto, polar. “Essa polaridade, bem como o tamanho da cadeia carbonada apolar, possibilita que o detergente se dissolva em substâncias polares e apolares e até mesmo em ambas simultaneamente” (ZAGO NETO & DEL PINO, S/a), de modo que esta característica do detergente faz com que este dissolva os tecidos dos alimentos, expondo a fração fibrosa destes.

Figura 1- Estrutura molecular de um detergente biodegradável

[pic 2]

Fonte:Zago Neto & Del Pino (S/a).

2 MATERIAL E MÉTODOS

Para determinação da fibra em detergente neutro das amostra de mandioca (Manihot sculenta.), farelo de soja (Glycine max L. Merr.) e capim-colonião (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia) e DDG, primeiramente foram colocados em saquinhos de TNT 2 g dos alimentos citados previamente secos ao ar (ASA), com posterior selamento dos envelopes.

[pic 3]

Estes foram então acondicionados em recipiente de plástico identificados com as respectivas amostras e a cada um deles foi adicionado 50 mL de detergente neutro acompanhado de enzimas. Os recipientes foram levados então à autoclave onde permaneceram por 1 hora.

Após a retirada da autoclave as amostras foram então lavadas com água quente, e depois fria, para retirada do detergente residual. As amostras foram então novamente pesadas para posterior cálculo da quantidade de fibra destas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com as devidas pesagens feitas, foi possível a determinação dos valores de fibra com base na amostra seca ao ar, na matéria seca e na matéria natural. Os valores de fibra encontrados na amostra estão representados no quadro a seguir.

Amostra

Nº Saquinho

Peso do saquinho (g)

ASA (g)

Saquinho + ASA (g)

Saquinho + FDN (g)

Peso da FDN (g)

FDN da ASA (%)

ASE

(%)

FDN com base na MS (%)

FDN com base na matéria natural (%)

Mandioca (Manihot esculenta)

1

0,7964

0,5385

1,3349

0,8220

0,0256

4,75

95,52

4,97

0,24

Mandioca (Manihot esculenta)

2

0,8067

0,5070

1,3137

0,8216

0,0149

2,94

94,82

3,10

0,09

Farelo de Soja (Glycine max (L.) Merr.)

3

0,8057

0,5060

1,3117

1,0803

0,2746

54,27

88,14

61,57

37,91

Farelo de Soja (Glycine max (L.) Merr.)

4

0,8088

0,5057

1,3145

1,0808

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