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ANÁLISE DE FIBRAS: Bromatologia

Por:   •  26/9/2017  •  3.717 Palavras (15 Páginas)  •  863 Visualizações

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Os métodos para análise de fibra em laboratório são diversos e apresentam em sua execução especificidades no momento da análise. O método considerado padrão ouro é o de AOAC (Association of Official Analytical Chemists International) que é do tipo enzimático - gravimétrico que serve para analisar fibra alimentar total, fibra alimentar solúvel, fibra alimentar insolúvel, amido resistente, fibra de algas. (SANTOS, 2013)

Os métodos analíticos para determinar fibra alimentar consistem em:

2.1. Métodos enzímico –químicos

2.4.1 Enzímico-químicos por espectrofotometria

2.4.2. Enzímico-químico por cromatografia à gás (CG) – Método Englyst

2.4.3. Enzímico – químicos por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)

2.4.4. Uppsala

2.2 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC)

2.3 Métodos gravimétricos

2.1.1 Fibra Bruta (FB)

2.1.2 Fibra Detergente Neutro (NDF) e Ácido (ADF)

2.1.3 Fibra Detergente Neutro Modificado (NDF-M)

2.4. Métodos enzímico-gravimétricos

2.4.1 Association of Official Analytical Chemists International (AOAC)

2.1 Métodos enzímico-químicos

Procedimento:

- Separação dos componentes da fibra

- Hidrólise dos polímeros

- Determinação por espectrofotometria ou cromatografia (CG ou HPLC)

- Método de Englyst

Com a finalidade da rotulagem de alimentos, Englyst e Cummings (1984) propuseram que a fibra alimentar fosse definida como sendo polissacarídeos não amido (NSP) do trato digestivo de humanos. Com este método, podem-se obter valores de NSP total, solúvel e insolúvel, assim como o conteúdo de celulose, ácidos urônicos e açúcares neutros, proporcionando informação sobre a composição química da fibra. Não se quantifica: amido resistente, lignina e compostos resultantes da reação de Maillard. Neste procedimento, a amostra é tratada com dimetil sulfóxido em banho–maria em ebulição por 30 minutos, seguida de hidrólise do amido por incubação com enzimas pancreatina e pullulanase. O resíduo livre de amido é precipitado com etanol, hidrolisado com H2 SO4 12M durante 1 hora a 100°C. Os açúcares resultantes da hidrólise são medidos como acetato de alditol por GLC. Ácidos urônicos são medidos por método colorimétrico. Os polissacarídeos não amido totais são calculados como a soma de açúcares simples e ácidos urônicos. Para a determinação dos polissacarídeos não amido solúveis, é necessário a separação da fibra insolúvel por filtração logo após o tratamento com as enzimas. A fibra solúvel (contida no filtrado) é então precipitada com álcool. Desta forma, se obtém dois precipitados que serão hidrolisados separadamente: os polissacarídeos solúveis e os insolúveis, os quais serão calculados como a soma de seus açúcares simples. Para a separação de NSP total dos polissacarídeos celulósicos e não celulósicos, emprega-se a reação de hidrólise usando H2SO4 2M durante 1 hora a 100°C. Somente os polissacarídeos não celulose serão hidrolisados. O valor da celulose é calculado como a diferença entre a glicose contida no NSP total e no polissacarídeo não celulósico O conteúdo de açúcares neutros é determinado por colorimetria), cromatografia líquida de alta resolução ou por cromatografia gasosa com derivação e acetilação de açúcares e o conteúdo de ácidos urônicos, pela técnica colorimétrica de Scott. (EMBRAPA, 2011)

- Método Uppsala

Determina fibra alimentar total como a soma dos resíduos de açúcar neutro, resíduos de ácido urónico em matérias primas e produtos alimentares. (EMBRAPA, 2011)

2.2 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC)

A cromatografia é um método de separação de componentes de uma mistura em que a separação depende da distribuição das diferentes moléculas entre duas fases: uma fase estacionária e móvel, os seus estados físicos e os mecanismos de separação. Em cromatografia líquida, a fase móvel é um liquido que escoa ao longo da fase estacionária numa direção definida. Os compostos que são fracamente retidos pelo sorbente da fase estacionária escoam mais rapidamente ao longo do enchimento, enquanto os que estabelecem reações mais fortes com a fase estacionária saem mais lentamente, até à separação completas dos componentes da mistura. O detector registra o resultado a forma de um cromatograma. Assim um cromatograma é a resposta do detector na forma de gráfico, representando a concentração de analito em função do tempo ou do volume de eluição. (MENDES, 2011)

O método é extensão da cromatografia líquida clássica e é caracterizada pelo uso de colunas de aço inox muito mais estreitas, com diâmetro interno de 2-5 mm, empacotadas com partículas de tamanho muito pequeno que consistiam na fase estacionaria. A fase móvel circulava sobre alta pressão com fluxo controlado. A técnica do HPLC é um dos mais eficientes métodos cromatográficos, também em virtude do desenvolvimento de instrumentação automatizada, que permite a injeção de produtos de amostra cada vez mais pequenos e reprodutíveis, e a detecção de quantidades de analito cada vez menores, em sistema de detecção e fluxo, que indicam quando os componentes sofrem eluição da coluna. (MENDES, 2011).

O sistema HPLC tem quatro componentes principais: uma bomba, um sistema de injeção, uma coluna de separação e um detector, todos conectados numa instalação resistente a altas pressões. (MENDES, 2011)

[pic 9]

2.3 Método gravimétrico

A análise gravimétrica ou gravimetria, é um método analítico quantitativo cujo processo envolve a separação e pesagem de um elemento ou um composto do elemento a forma mais pura possível, com composição bem definida, que é então pesado. Também pode ser realizada através da perda de peso que ocorre pela evaporação ou volatilização

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