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Fichamento Psicodiagnóstico Interventivo Evolução de Uma Prática -Colagem

Por:   •  31/3/2023  •  Relatório de pesquisa  •  932 Palavras (4 Páginas)  •  800 Visualizações

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FICHAMENTO

  1. Referência Bibliográfica

LOPES, L.C.C.C.P., FERREIRA, M.F.M., SANTIAGO, M.D.E. Colagem uma Prática no Psicodiagnóstico. In: ANCONA-LOPEZ, S. (org.). Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de Uma Prática. São Paulo: Cortez, 2013

  1. Objetivo:

Compreender a importância da utilização da atividade de colagem no processo psicodiagnóstico, pois é um recurso utilizado como facilitador na comunicação de crianças e adolescentes

  1. Aspectos Importantes:

O texto começa relembrando um pouco sobre a regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil e de como a avaliação psicológica tem sido amplamente debatida e como existem diversidades de compreensões sobre o tema, uma vez que há múltiplas possibilidades de expressão da subjetividade. Salienta que os recursos utilizados, como entrevistas com os pais, que se dão em três momentos distinto, entrevista inicial, a entrevista de anamnese e a entrevistas devolutivas, assim como a observações lúdicas, os testes, a visita à escola e a domiciliar, ajudam na compreensão da queixa apresentada pelos pais ou responsáveis pela criança, porém toda essa pratica sofrem reformulações e adaptações constante, seja em função a demanda psicológica do cliente ou seja quanto as modificações pedagógicas pelas quais o curso de psicologia passa, por conta das diretrizes do MEC.

Ainda, segundo o texto, a Resolução n.002/2003, do Conselho Federal de Psicologia diz que os teste psicológicos não poderiam ser utilizados sem antes passarem por uma revisão, sendo assim, essa medida prejudica, ao não se poder utilizar-se de testes como CAT-A, o diálogo com a criança. Porém com a falta desses mediadores houve um estimulo na busca por outros procedimentos que pudessem ser um novo facilitador do diálogo com a criança. Com isso a atividade de colagem, proposta por Violet Oaklander(1980) despertou interesse e curiosidade, se mostrando uma ferramenta importante no processo psicodiagnóstico podendo ser utilizada tanto com crianças, quanto com pais e também adolescentes.

A colagem é a ideia da representatividade do mundo interno da criança, de seu sentimentos e pensamentos. E o fato de poder ser trabalhada em grupo ou individual, com vários temas e maneiras, se torna um recurso útil, uma vez que também requer poucos materiais e um custo baixo.

Para a aplicação da colagem são necessários materiais como, figuras de revistas, tesouras, colas, canetinhas, giz de cera, cartolina. Deve-se antes de tudo já estar com as figuras cortadas e essas devem abordar temas diversos buscando a representação de temas como pessoas, situações, animais, objetos, alimentos, transporte, imóveis etc. Sempre tendo   atenção ao verso das imagens e   cuidado   para não colocar personagens nus ou com alguma insinuação de sexo. Imagens de artistas e personagens também devem ser evitadas.

Essa atividade pode ser realizada a qualquer momento durante o processo do psicodiagnóstico, porém deve-se ter cuidado ao ocorrer após alguns atendimentos, pois corre o risco que as figuras selecionadas tenham aspectos já revelados pela criança ou família.

O tema proposto para colagem deve levar em considerar os aspectos a serem avaliados, tais como autoimagem, percepções de situações internas, pensamentos e sentimentos. Sendo assim pode ser realizado uma colagem representado o que a criança gosta ou não gosta de si mesma, ou utilizar figuras que represente seus medos ou preocupações. Também é possível propor o tema álbum de família, onde a criança se utiliza do material disponível para representar seus familiares. Colagem sem tema também é uma coisa possível de se fazer, assim a criança trabalha livre e no final da um título para o que foi produzido.

Ao realizar a sessão de colagem é possível observar como a criança interage com os recortes, sua forma de exploração, suas falas, as figuras que chamou atenção porem não foram utilizadas. Ela também poderá utilizar-se de outros materiais além das colagens, como canetinhas e tesouras.

Quando a colagem é concluída deve-se pedir para criança atribuir um significado ao trabalho produzido ou apresenta-lo para o grupo envolvido no processo.

Foi observado que as crianças queriam mostrar para os pais ou responsáveis as suas produções e com isso passou-se a perguntar se o resultado poderia ser apresentado para os pais ou responsáveis na presença deles e em caso afirmativo os pais ou responsáveis são convidados para ver. Esse compartilhamento com os pais permite maior aproximação afetiva.

  Durante   o   processo   de   desenvolvimento   da   colagem, devem ser considerados para a análise da criança: Tempo de reação; a postura e modo de reação, se ela observou a distância, ou teve impulsividade ou até mesmo descuido com o material; quais as figuras foram escolhidas, quais foram coladas ou quais foram abandonadas, quais foram os tamanhos, como ficaram localizadas a cartolina, se tem uma organização ou aglutinação,  qual foi o tema preferido, como se utilizou do espaço da cartolina, se utilizou o verso, se cortou uma figurinha já cortada para caber na cartolina, se utilizou lápis de cor ou canetinhas, como se utilizou da cola, se explica o que está fazendo durante a atividade, suas falas e sentimentos expresso.

Se a atividade for realizada como pais e filhos, os aspectos anteriores devem ser mantidos, porém sendo importante se ater a interações entre eles

O texto traz alguns exemplos para esclarecer essa interação, demostrando como isso nos ajuda a ter uma maior compreensão diagnóstica das dificuldades de ambos e também alguns casos de colagens com as imagens ajudando assim a se ter uma melhor compreensão da importância da atividade no psicodiagnóstico.

Em resumo, a atividade de colagem tem uma fácil aceitação por parte do cliente e isso do ponto de vista psicológico é um instrumento de grande valia, pois em um caráter projetivo, permitindo expressar sentimentos e conflitos, tanto da criança quanto a de seus pais.

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