Avaliação Psicomotora em Psicologia
Por: eduardamaia17 • 16/5/2018 • 1.958 Palavras (8 Páginas) • 350 Visualizações
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A avaliação psicomotora foi realizada no pátio da creche. A criança participante do estudo foi escolhida aleatoriamente dentre as demais crianças selecionadas pela coordenadora da creche.
Foram observados os seguintes tópicos do desenvolvimento: coordenação das mãos, coordenação dinâmica geral, equilíbrio, esquema corporal (imitação de gestos simples e desenho da figura humana), organização espacial (representação), dominância lateral e linguagem, verificando-se a idade psicomotora da criança através da média da soma dos resultados obtidos em cada item.
Resultados
Os resultados demonstrados no gráfico 1 apontam uma diferença entre a idade cronológica (5,5 anos) e a média da idade psicomotora (5,3 anos), revelando uma diferença pouco significativa de 0,2 anos.
[pic 1]
Gráfico 1: Comparação entre a média da idade cronológica e da
Idade psicomotora.
O gráfico 2 esquematiza as médias da idade psicomotora observada nas diferentes provas da avaliação.
[pic 2]
LATERALIDADE
E.E.D.
Gráfico 2: Perfil psicomotor.
Discussão
De modo geral, a criança avaliada nesse estudo não apresentou grandes dificuldades psicomotoras, conforme está representado nos gráficos 1 e 2.
Coordenação dinâmica das mãos e geral
A coordenação das mãos envolve os movimentos finos e precisos com os músculos intrínsecos das mãos. Dificuldades nesta habilidade são caracterizadas por problemas na preensão, traçado inseguro e movimentos impulsivos. Já a coordenação dinâmica geral envolve a capacidade de movimentos amplos com todo o corpo e desse modo, coloca grupos musculares diferentes em ação simultânea. Esses movimentos inicialmente são involuntários, tornando-se intencionais à medida que a criança toma consciência e controla seus segmentos corporais. Assim, problemas nesta habilidade tornam os movimentos irregulares e imprecisos (Cruz & cols., 2004).
Estes aspectos do desenvolvimento psicomotor refletem a interação da criança com o meio. A criança não apresentou grandes dificuldades em realizar as provas relacionadas à esses itens, demonstrando desenvolvimento melhor do que o esperado para sua idade.
Equilíbrio (controle postural)
O equilíbrio é a habilidade de um indivíduo de manter a postura de seu corpo inalterada, mesmo quando é colocado em diferentes posições. Portanto, a criança que não apresenta um bom controle do equilíbrio tem dificuldade de locomoção, de manutenção de posturas e maior gasto energético, interferindo no seu estado emocional e nas atividades cotidianas. Este aspecto do desenvolvimento diz respeito à constituição do eu, ao conhecimento e controle do próprio corpo e controle emocional (Cruz & cols., 2004).
O estudo apontou uma pequeno atraso (0,5 anos) nesse item. A falta de equilíbrio pode encontrar sua origem na ausência de confiança que a criança tem em si mesma, sendo acompanhada de perturbações da coordenação.
Esquema corporal (imitação de gestos simples e desenho da figura humana)
Segundo Cruz e cols. (2004), esquema corporal é a habilidade que implica o conhecimento do próprio corpo, de suas partes, dos movimentos, das posturas e das atitudes. A criança percebe os outros e os objetos que a cercam a partir da percepção que ela passa a ter de si mesma. A estimulação desse pré-requisito torna o corpo da criança um ponto de referência básica para a aprendizagem de todos os conceitos indispensáveis à alfabetização, assim como permite seu equilíbrio corporal e dominar seus impulsos motores.
A criança apresentou defasagem de 1 ano na prova de controle do próprio corpo, demonstrando dificuldade na imitação de gestos simples através de respostas espelhadas.
Com relação ao desenho da figura humana, a criança realizou a atividade sem dificuldade, apresentando organização do esquema corporal adequada a sua faixa de idade, conforme demonstra o gráfico 3.
O corpo e suas capacidades se constroem organicamente antes do nascimento; mas não há noção de sua existência. Seu descobrimento e tomada de consciência são um processo de evolução posterior, que se entrelaça com o desenvolvimento vital e se integra no esquema corporal.
A noção do corpo desenvolve-se graças à função semiótica e ao movimento, nascendo todo um novo período que leva a criança da ação à representação. Esta função semiótica traduz a aquisição de novas condutas como a imitação, a imagem mental, o jogo simbólico, a linguagem e o desenho. Assim, quando a criança adquire a referência de si mesma, têm de fato a referência do próprio corpo (Bretas & cols., 2005).
[pic 3]
Gráfico 3: Desenho da figura humana
Segundo Gonçalves (2004), a evolução do eu corporal na criança é a evolução do conhecimento corporal, é o sinônimo do caminho para a autoconsciência, caminho expresso por uma maturação integral do indivíduo.
Organização espacial
A organização espacial permite a orientação do corpo no espaço e depende da estrutura do nosso corpo, da natureza, do meio e de suas características. A organização espacial é importante porque permite à criança fazer uma relação entre as coisas existentes em seu mundo (Cruz & cols., 2004).
A criança apresentou desempenho esperado para sua idade.
Dominância lateral
A lateralidade é importante na evolução da criança, pois influi na idéia que a criança tem de si mesma, na formação de seu esquema corporal, na percepção de simetria de seu corpo, contribuindo para determinar a estruturação espacial (Gonçalves, 2004).
De acordo com Cruz e cols. (2004), uma criança que já tenha uma lateralidade definida e que esteja consciente dos lados direito e esquerdo de seu corpo está apta para identificar esses conceitos no outro e no espaço que a cerca. Primeiro assimila os conceitos em si mesma, depois os objetos em relação
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