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A EDUCAÇÃO INCLUSIVA À CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

Por:   •  24/12/2018  •  1.937 Palavras (8 Páginas)  •  427 Visualizações

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A maioria das crianças com síndrome de Down estará em um estágio de desenvolvimento social e emocional anterior aos de seus colegas devido às dificuldades de aprendizagem. Além disso, é mais difícil para elas absorver convenções de maneira intuitiva. Como consequência, seu entendimento de mundo será menos avançado e seu comportamento pode estar mais equilibrado com o de crianças mais novas. Para qualquer criança, é muito mais difícil fazer progressos em áreas cognitivas até serem capazes de se comportar e interagir com os outros de uma maneira aceitável socialmente e de responder apropriadamente ao contexto imediato. O foco da ajuda e do apoio adicional nos primeiros anos deve, assim, ser a aprendizagem de regras para o comportamento social normal e apropriado. Os objetivos da inclusão social para a criança pequena com síndrome de Down incluem:

- Aprender a participar e interagir.

- Dar retorno a pedidos verbais e instruções.

- Aprender padrões típicos de comportamento, por exemplo, saber a sua vez, dividir, fazer fila, sentar.

- Aprender a brincar em cooperação.

- Desenvolver independência: autoajuda e habilidades práticas.

- Desenvolver amizades.

- Preocupar-se com os outros.

Crianças com síndrome de Down frequentemente têm períodos de concentração menores que seus colegas. Também têm mais dificuldade em processar demandas por mais de um sentido por vez (por exemplo: copiar e ouvir), o que inibe sua habilidade de concentração. Essas dificuldades são particularmente aparentes nos primeiros anos e muitas crianças pequenas podem se distrair facilmente, flutuando de uma atividade para outra. Quanto menos definida e mais informal for a situação, mais difícil será para a criança pequena canalizar a atenção para uma atividade que dure. Crianças com síndrome de Down respondem bem a estruturas e rotinas e são capazes de apreendê-las bem. Ensiná-las a rotina e a estrutura dos seus dias com o auxílio de sugestivos recursos visuais fortes e claros, como fotografias e objetos de referência, pode ajudá-las a aprender. Por esses meios, elas podem entender melhor seu ambiente, aprender o comportamento apropriado para situações e atividades específicas, e prever a próxima atividade. Dificuldades com a compreensão de explicações e instruções verbais também são superadas.

Crianças com síndrome de Down, não estão simplesmente atrasadas no seu desenvolvimento ou meramente com a necessidade de programas facilitados. Elas possuem um perfil de aprendizagem específico com características fortes e fracas.

Cada criança é única, indo além da deficiência, ela guarda características próprias. Vem daí o perfil e o estilo de aprendizagem típicos de crianças com síndrome de down, associados às suas necessidades individuais e variações, precisam ser considerados.

1.3 OBJETIVOS

Objetivo Geral

Compreender como é feita a inclusão de indivíduos com Síndrome de Down em escolas publicas.

Objetivo Específico

Compreender e verificar como a questão da inclusão de crianças com síndrome de down é abordada em escolas públicas, a frequência deste assunto, os procedimentos adotados para a inclusão, a possibilidade de debates a respeito e os benefícios do mesmo para a aprendizagem.

1.4 HIPÓTESE

O número de alunos portadores de Síndrome de Down que estão matriculados e frequentando, regularmente, escolas públicas é considerado baixo devido a falta de estrutura e recursos para a inclusão desses alunos.

1.5 JUSTIFICATIVA

O artigo 8º da Lei 7.853/89 especifica que recusar a inscrição de um aluno em qualquer escola, seja pública ou privada, por motivos relacionados a qualquer deficiência, é crime. Além de receber uma multa, os diretores ou responsáveis pela escola que se negar a matricular pessoas com deficiência podem ser punidos com reclusão de um a quatro anos.

Seguindo os preceitos constitucionais de que, toda criança tem direito inalienável à educação, a política na área da educação pública no Brasil nos últimos anos tem sido a inclusão dos estudantes com síndrome de Down e outros tipos de deficiência na rede regular de ensino, com um crescimento significativo do número de matrículas nos últimos anos. No entanto, nem sempre esta inclusão se dá de maneira satisfatória... Geralmente faltam recursos humanos e pedagógicos para atender às necessidades educacionais especiais dos alunos.

O ensino médio e o superior constituem um grande desafio. Ao mesmo tempo em que os alunos com síndrome de Down vão finalmente encontrando espaços para progredir e avançar na sua educação, as escolas e universidades precisam se adequar a esta nova situação. É possível notar que cada vez mais jovens com síndrome de Down concluem o Ensino Médio, com ou sem adaptações curriculares. Atualmente, existem pelo menos 20 brasileiros com síndrome de Down cursando o Ensino Superior em cursos não adaptados.

Segundo Amaral (1998), em seu texto “Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e superação”, a presença de preconceitos e a decorrente discriminação vivida em função da diferença e ainda com mais intensidade pelos significativamente diferentes, pode impedi-los de vivenciar não apenas seus direitos, mas também de vivenciarem plenamente a sua infância. Tal fator pode ter influência na ausência de alunos matriculados na rede pública de educação.

Estudos realizados por alunos de Mestrado e Doutorado e que estão sumarizados por Mendes, Ferreira e Nunes (2003) mostram que as classes especiais não estão integradas no cotidiano das escolas, assim como há desarticulação entre o projeto pedagógico da escola e os trabalhos desenvolvidos nas referidas classes. Outras observações dignas de registro evidenciam que: (a) os professores das salas de recursos nem sempre organizam seus planos de trabalho juntamente com os professores das classes comuns e (b) que a passagem de alunos das classes especiais para as comuns, como reintegração, não se dá com facilidade nem para o aluno, nem para seu novo professor.

2. MÉTODOS

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