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DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ACÉTICO EM VINAGRE

Por:   •  8/5/2018  •  1.203 Palavras (5 Páginas)  •  2.039 Visualizações

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Colocou-se o erlenmeyer abaixo da bureta de titulação sobre um fundo branco e foi iniciada a titulação gota a gota da base até ocorrer à mudança de coloração. Para futuros cálculos registrou-se o volume da base gasta. Esse procedimento se repetiu por mais duas vezes. Após estas titulações, foi calculada a concentração do ácido acético no vinagre.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tal experimento é dado como uma titulação de ácido fraco com base forte, com isso, é importante a escolha correta do indicador, para minimizar os erros de titulação. No caso, foi utilizada a fenolftaleína por apresentar uma viragem mais lenta.

O processo de titulação é descrito pela reação:

CH3COOH + NaOH → CH3COONa + H2O

No mais, foram realizadas três titulações com uma solução padrão de base forte NaOH 0,1 M (Tabela 1).

Tabela 1. Volume do NaOH por titulação

Experimentos

Volume do NaOH (mL)

1

9,5

2

12,5

3

12,5

Dessa forma, utilizou-se nos cálculos a média do volume das titulações, sendo esta 11,5 mL (0,0115 L). Com a média obtida, a massa molar do ácido acético e a molaridade da solução de NaOH foi possível determinar a massa do ácido acético na solução a partir do seguinte cálculo:

m (g) / M (g/mol) = MNaoH x VNaOH gasto

m / 60= 0,1 mol/L x 0,0115 L

m = 0,069 g de ácido acético

Para calcular a concentração de ácido acético no vinagre foi preciso calcular a massa total a partir da solução (em mL):

d = m / v

1,051g/mL = m / 2,5mL

m = 2,65275g de solução

Assim, após descobrir a massa do ácido acético e a massa total da solução após definir a média das três titulações foi possível calcular a porcentagem de ácido acético:

Ácido acético % = (média da massa do ácido acético / massa total) X 100

Ácido acético % = ( 0,069 / 2,65275) X 100 = 2,6%

Desse modo, o teor de ácido acético encontrada pela equipe no vinagre utilizado foi de 2,6%.

CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos concluiu-se que o vinagre comercial submetido à titulação contém uma concentração de ácido acético abaixo das especificações de qualidade, pois o teor obtido foi de 2,6%, ou seja, está abaixo de 3,8% e 4,2%, desencontrando-se com o padrão estabelecido pela legislação brasileira que estabelece 4 % como teor mínimo de ácido acético em vinagre comercial.

QUESTIONÁRIO

1. É possível usar o alaranjado de metila como indicador nesta titulação de vinagre? Elabore uma explicação.

Quando se utiliza o alaranjado de metila, a viragem ocorre muito rápido. Isso ocorre porque a faixa de viragem desse indicador não é ideal para realizar este tipo de análise com um ácido fraco como o acético. O alaranjado de metila muda de vermelho para alaranjado entre pH 3,1 e 4,4 sendo adequado para titulações de bases fracas com ácidos fortes.

2. Suponha que uma solução de ácido clorídrico consome a mesma quantidade de uma solução padrão de NaOH por unidade de volume que um vinagre comercial. Ignorando o aspecto da diferença no gosto. Porque seria inaceitável o uso de ácido clorídrico no preparo de um molho de salada?

O ácido acético, constituinte do vinagre, é usado na alimentação humana, enquanto que ácidos clorídrico, nítrico e sulfúrico, utilizados industrialmente, são perigosos e devem ser manipulado com muito cuidado. Essa diferença decorre do fato do ácido acético ser um ácido fraco e o ácido clorídrico ser um ácido forte. Um ácido fraco possui um baixo valor de constante de equilíbrio, o que indica pouca ionização ou dissociação. Logo, sua capacidade de doar prótons ou liberar íons H+ é pequena, o que influencia no pH deixando-o menos ácido devido à menor concentração de H+. Já o ácido clorídrico, por ser um ácido forte, libera íons H+ com muito mais facilidade, o que faz com que o pH fique mais ácido e se torne inaceitável para o consumo.

REFERÊNCIAS

ATKINS, P.W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 965 p BACCAN, Nivaldo; ANDRADE, João Carlos de; GODINHO, Oswaldo E. S.;.

VOGEL, A. I. Análise Química Quantitativa. 5ª Ed.Editora LTC: Rio de Janeiro, 1992.

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