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Analise toxicologica do benzeno

Por:   •  26/10/2018  •  3.644 Palavras (15 Páginas)  •  342 Visualizações

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OBJETIVOS

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Objetivo Geral

Evidenciar a exposição humana ao benzeno que pode ser devida a diferentes fontes, presentes em ambientes ocupacionais e não-ocupacionais, e a necessidade do seu controle.

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Objetivos Específicos

- Caracterizar o benzeno quanto a sua estrutura química, formas de obtenção e aplicabilidade;

- Compreender a toxicocinética e toxicodinâmica do benzeno;

- Definir as formas de exposição ao benzeno;

- Apresentar a sintomatologia apresentada com a exposição aguda e crônica ao benzeno;

- Reconhecer as formas de avaliação de risco ao trabalhador exposto ao benzeno;

- Elucidar os parâmetros clínicos e legislativos.

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Hipóteses

- Elaborar estratégias para redução da exposição.

- Melhoria no controle e/ou fiscalização química e ambiental tendo o apoio a equipe de Saúde do trabalhador das prefeituras municipais.

- A substituição por outras substâncias químicas menos nocivas, ou até o banimento do uso do benzeno no país.

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Justificativa

O Tema do presente estudo é a Exposição ao Benzeno e seus impactos à saúde. É de suma importância para toda a população saber sobre os riscos devido à intoxicação por benzeno, os danos que causa ao organismo, principalmente para indivíduos que têm contato com o agente tóxico em seu ambiente laboral, bem como ter conhecimento sobre as medidas preventivas, quais os sintomas de intoxicação, tanto crônica, como aguda e como se deve proceder nesses casos.

2. REVISÃO TEÓRICA

2.1. Benzeno

O benzeno é um hidrocarboneto cíclico, que apresenta um anel benzênico, ligado a seis átomos de carbono e seis átomos de hidrogênio, sendo que cada átomo de carbono está ligado a um átomo de hidrogênio. È um composto aromático por apresentar um cheiro característico. A estrutura do seu anel, possui três ligações duplas, que o torna uma substância orgânica muito estável (COSTA e COSTA, 2002).

[pic 1]

Figura 1: Estrutura química do benzeno

Fonte: COSTA e COSTA, 2002

2.2. Utilização e obtenção

É gerado basicamente pela destilação do petróleo ou como combustível. É usado nas indústrias químicas na obtenção do policloreto de vinila, que a partir de processos de reações químicas transformam-se em hidrocarbonetos contidos no petróleo (COSTA e COSTA, 2002).

É um composto usado como dispersante na produção de iodo, enxofre, ceras e matéria-prima essencial para a produção de explosivos, produtos químicos agrícolas, síntese de medicamentos, fabricação de borrachas sintéticas, tintas e vernizes (MACEDO, 2011).

2.3. História do benzeno no Brasil

No Brasil, desde 1930, o benzeno vem contribuindo como agravo à saúde, por apresentar alta toxicidade, resultante dos trabalhadores em indústrias petroquímicas, e na sua utilização na produção do petróleo (MACHADO et al., 2011).

Porém, somente em 1980, verificou-se o aumento dos movimentos sindicais, que passaram a exigir a participação social dos problemas relacionados a sua utilização (BRASIL, 2015).

Em 1983, na cidade de Santos, estado de São Paulo, o sindicato dos trabalhadores metalúrgicos, divulgaram o aparecimento da diminuição dos glóbulos brancos, que fazem parte do sistema imunológico do organismo, a leucopenia, e também problemas relacionados à distúrbios mentais em trabalhadores da COSIPA, Companhia Siderúrgica Paulista, com sede em Cubatão (BRASIL, 2015).

A partir de então, outros sindicatos se motivaram por todo o país, a fim de revelar os agravos causados pelo benzeno (BRASIL, 2015).

No mesmo ano, em contrapartida, as Indústrias Química Matarazzo, foi fechada pelo Ministério do trabalho, devido ao aparecimento de leucopenia e morte por leucemia mielóide causada nos trabalhadores exposto ao benzeno (BRASIL, 2015).

No ano de 1993, com o aumento da pressão dos sindicatos, começaram a ser realizadas investigações epidemiológicas nos locais de trabalho. Foi constatado a negligência na saúde ocupacional e nas avaliações médicas periódicas dos trabalhadores (BRASIL, 2015).

Decorrente a essa situação, o Brasil aprovou e decretou a Convenção nº 136 da organização do Trabalho – OIT, no qual proibia o manuseio do benzeno em determinados produtos, bem como o trabalho de gestantes e menores de 18 anos. Além disso, exigiram a adoção de normas e medidas de segurança do trabalho, controle da exposição, e a assistência médica periódica dos trabalhadores, através de portarias (FUNDACENTRO, 2005).

Em razão das necessidades e conformidade dos processos produtivos, várias indústrias protestaram e solicitaram a formação de um comitê técnico, com representantes do governo, empresas e trabalhadores, a fim de analisar e propor normas de prevenção à exposição ocupacional (FUNDACENTRO, 2005).

A partir daí, surge o Acordo Nacional do Benzeno, a todas as empresas que manuseiam, produzem, transportam o benzeno e seus compostos orgânicos, com o intuito de proteger e prevenir a saúde ocupacional do trabalhador (FUNDACENTRO, 2005).

2.4. Danos do benzeno à saúde

A intensidade dos efeitos à saúde resultante da exposição ao benzeno, dependerá de vários fatores:

- Absorção do benzeno e duração da ação.

- Aspectos individuais, como idade, sexo, estado de saúde e mudanças genéticas.

- Exposição paralela a outra substância química.

- Tipo de exposição dérmica, inalação ou ingestão

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