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A Metodologia do Atletismo

Por:   •  17/12/2018  •  2.345 Palavras (10 Páginas)  •  320 Visualizações

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Presumindo-se que a prática do atletismo contribui consideravelmente para o aumento do repertório motor infantil e que a sua prática exige pouco material e espaço específico, acredita-se que a sua inserção dentro do contexto escolar seja de grande relevância para a criança. Sendo assim, o objetivo do presente projeto de pesquisa é apresentar uma sugestão de inclusão das corridas como parte integrante da educação física na escola, uma vez que ela propicia a socialização e contribui para demonstrar que o trabalho em grupo é importante.

1.1 Problematização

A prática do atletismo exige que as habilidades motoras básicas estejam bem afloradas para que os resultados sejam satisfatórios em relação a performance final após cada prova. Para tal, é necessário que os movimentos fundamentais advindos do desenvolvimento motor descritos por Gallahue e Ozmum (2005) e Go Tani (1988) sejam experimentados das mais variadas formas possíveis.

Ao considerar que existe uma idade propícia, descrita pelos autores supracitados, onde cada movimento e suas combinações podem ser inseridas, acredita-se que o atletismo é um bom caminho para que as crianças possam, dessa forma, aumentar o seu repertório motor com bastante variabilidade.

Partindo do ponto que o atletismo é um esporte norteador para o desenvolvimento motor geral infantil, sugere-se que as sua prática seja incentivada dentro das escolas, uma vez que não é necessário muito material e nem um espaço específico para a realização da maioria das prova contidas dentro desse esporte.

Tem-se observado alguns relatos na literatura científica concernente a necessidade da inserção do atletismo na rotina da educação física escolar. Autores tem sugerido essa temática em suas pesquisas nos levando a crer que existe um lacuna com relação a presença do atletismo nas aulas de educação física escolar (Agápito C; Cordero OGH. , 2015; Palma MS; Camargo VA; Pontes MFP, 2012).

1.2 Justificativa

O projeto de pesquisa se justifica através da necessidade verificada frente a literatura específica da área, onde foram encontrados alguns trabalhos citando a necessidade de se inserir o atletismo na escola, especificamente as corridas onde foram encontrados pouquíssimos estudos na língua portuguesa citando esse tema especificamente.

1.3 Objetivo

1.3.1 Objetivo geral

O objetivo do presente projeto de pesquisa é apresentar uma sugestão de inclusão das corridas como parte integrante da educação física na escola.

1.3.2 Objetivo específico

1 - O objetivo específico do projeto é incentivar o atletismo nas aulas de educação física escolar.

2 - Oportunizar a melhora do desenvolvimento motor a partir das modalidades contidas no atletismo.

2 Revisão de Literatura

2.1 Desenvolvimento motor

A ciência do desenvolvimento se preocupa em investigar as relações e interassoes existentes entre os componentes endógenos e exógenos no processo de adquirir habilidades e capacidades motoras desde o nascimento até a velhice. Conceitualmente define-se desenvolvimento como sendo um processo contínuo e sequencial que acontece ao longo da vida e que é influenciado por uma série de fatores como aspectos cognitivos, motores, psicossociais e afetivos, se diferenciando apenas pela velocidade de progressão de seu aparecimento. (Santos CR;. Damasceno ML, 2010, Neto FR, Almeida GMF, Ribeiro J, Caram JA, Piucco EC, 2007; Gallahue DL; Ozmun JC , 2005).,

Segundo Gallahue e Ozmun (2005) o desenvolvimento motor é composto por fases muito específicas e muito bem delimitadas. Essas fases são definidas da seguinte forma: 1)fase motora reflexiva. 2) Fase motora rudimentar. 3) Fase dos movimentos fundamentais. 4) Fase dos movimentos especializados.

1) A fase motora reflexiva tem por características principais os movimentos involuntários que fazem parte da base dos movimentos das fases seguintes. A partir dos movimentos reflexos o bebê recebe informações do ambiente, porém ainda há pouca interação.

2) Na fase motora rudimentar é caracterizada pela resistência a alterações em condições normais. Os movimentos estabilizadores ganham força nessa fase. O controle da cabeça, músculos do tronco e do pescoço; as tarefas manipulativas como alcançar, soltar e agarrar e os movimentos de locomoção como os de arrastar, engatinhar pra frente e pra trás e caminhar também aparecem nesta fase.

3) Já na fase dos movimentos fundamentais as crianças pequenas se envolvem ativamente em experimentar e explorar suas capacidades motoras de forma mais ampla. Essa fase já pode ser notada em torno dos dois anos de idade e percebe-se o aparecimento de habilidades básicas como a locomoção, estabilidade e manipulação.

4) A fase dos movimentos especializados os movimentos básicos são refinados, combinados e elaborados para a utilização em situações cada vez mais desafiadoras. É nessa fase em que as atividades físicas interligadas ao esporte são inseridas.

Na fase de especialização, as habilidades motoras básicas devem ser direcionadas aos esportes mais variados, para que as crianças possam obter uma gama maior de experimentações, e assim obter um repertório motor o mais variado possível. Nesse contexto, o atletismo é uma modalidade de fundamental importância, pois possui dentro de suas modalidades um conjunto de provas direcionadas à utilização dos movimentos básicos do ser humano, tais como o correr, lançar e saltar (Nascimento M, 2010)

2.2 Atletismo

A palavra atletismo se origina do grego “ethos” e quer dizer combate. As atividades motoras que envolvem habilidades tais como correr, saltar, marchar, lançar e arremessar, devem ter normas técnicas para serem consideradas atletismo (Nascimento M, 2010). Para Agápito e Cordero (2015) o atletismo é conceituado como o conjunto de provas com base nas atividades de correr, marchar, saltar e arremessar, podendo ser individuais ou coletivas.

2.3 História do atletismo

Os movimentos básicos utilizados nas modalidades do atletismo já são comuns desde a época da pré - história, pois o homem utiliza todos eles para a sua sobrevivência. Castellani et al (2009) afirma que para capturarem e se defenderem, os homens precisavam

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