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Metodologia ativa

Por:   •  22/10/2017  •  3.110 Palavras (13 Páginas)  •  527 Visualizações

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Podemos entender Metodologias Ativas como formas de desenvolver o processo do aprender que os professores utilizam na busca de conduzir a formação crítica de futuros profissionais nas mais diversas áreas. A utilização dessas metodologias pode favorecer a autonomia do educando, despertando a curiosidade, estimulando tomadas de decisões individuais e coletivas, advindos das atividades essenciais da prática social e em contextos do estudante. Dentre umas das Metodologias Ativas utilizadas está a problematização, que tem como objetivo instigar o estudante mediante problemas, pois assim ele tem a possibilidade de examinar, refletir, posicionar-se de forma crítica.( BORGES E ALENCAR, 2014)

DESENVOLVIMENTO

Desde a segunda metade do século XX, quando as instituições de Ensino Superior são convocadas a colocar em análise seus métodos, técnicas e concepções de ensino, crescem preocupações com os processos de ensino e de aprendizagem na área da saúde. A formação tradicional em saúde, ainda hoje hegemônica, decorre das recomendações elaboradas por Flexner, em 1910, que foram amplamente difundidas e resultaram em uma espécie de modelo a ser assumido pelas instituições formadoras. Desde então, a formação em saúde adota um ensino organizado em disciplinas, centrado no professor, com atividades práticas em cenário eminentemente hospitalar, marcado pela unidirecionalidade na relação professor-estudante e pela fragmentação do corpo e da saúde das pessoas. Esse modelo é responsável pela formação de profissionais que dominam os mais variados tipos de tecnologias, mas que são pouco hábeis para lidar com as dimensões subjetivas, sociais e culturais das pessoas, e se mostra cada vez mais distanciado do atual modelo de organização dos serviços da rede pública de saúde em nosso país (BRANT, 2005).

As Metodologias Ativas são compreendidas como aquelas que: Possibilitam o aprender a aprender, que garantam o aprender fazendo e instaurem relações democráticas dentro das instituições de ensino e prestadoras de serviço; metodologias centradas nos estudantes, vistos como sujeitos do processo ensino-aprendizagem e como cidadãos. Estas metodologias incentivam a participação ativa dos educandos no processo dinâmico de construção do conhecimento, avaliação e resolução de problemas da realidade, trazendo o aluno para o papel de sujeito ativo de seu crescimento, ou seja, protagonista do processo. (CAMPONOGARA, 2009)

A metodologia da Problematização tem sua origem no pensamento de Paulo Freire, o qual se articula diretamente com a educação na perspectiva libertadora e transformadora da sociedade. Esta visão induz a uma aprendizagem não individualista, mas voltada a uma prática socializante. (ARAUJO, 2013)

No Brasil, convivemos com contextos educacionais tão diversificados que vão desde escolas onde os alunos ocupam grande parte de seu tempo copiando textos passados no quadro até escolas que disponibilizam para alunos e professores os recursos mais modernos da informação e comunicação. Entre esses extremos de diversidade, encontramos escolas que estão no sé- culo XIX, com professores do século XX, formando alunos para o mundo do século XXI, e diante disto um grande potencial de aprendizagem que é desperdiçado em nossas escolas, diária e sistematicamente, em nome de ideias educacionais obsoletas. É uma tragédia ver, a cada dia, milhares de alunos sendo convencidos de que são incapazes e pouco inteligentes simplesmente porque não conseguem se adaptar a um sistema equivocado (BLIKSTEIN, 2010).

Araújo (2011) resume a situação atual na necessidade de reinventar a educação, tendo em vista que o modelo tradicional de escola, consolidado no século XIX, tem agora, também, de dar conta das demandas e necessidades de uma sociedade democrática, inclusiva, permeada pelas diferenças e pautada no conhecimento inter, multi e transdisciplinar, com a que vivemos neste início de século 21.

É fundamental que o professor participe do processo de repensar a construção do conhecimento, na qual a mediação e a interação são os pressupostos essenciais para que ocorra aprendizagem. Contudo, a mudança na prática pedagógica não deve acontecer de forma agressiva para o professor, nem para o acadêmico, evitando-se assim a queima de etapas. A opção por uma metodologia ativa deve ser feita de forma consciente, pensada e, sobretudo, preparada para não tirar do professor a alegria de ensinar. Está mais do que na hora de rever a prática pedagógica universitária para que os futuros profissionais não sejam mais rotulados como cópias, que cursou a faculdade reproduzindo o saber existente, sem acrescentar nada de novo. Uma

proposta construtivista para o ensino superior consiste em educar para a autonomia, através de metodologias inovadoras, para a descoberta, utilizando-se da pesquisa, participação dos alunos, trabalhos em grupo, como um meio de aprofundar e resignificar os conhecimentos. ( BORGES E ALENCAR, 2014)

O termo didática deriva do grego didaktiké, que tem o significado de arte do ensinar. Seu uso difundiu-se com o aparecimento da obra de Jan Amos Comenius (l592 – l6700, Didactica Agna, ou Tratado da arte universal de ensinar tudo a todos, publicada em l657. Nos dias atuais, deparamo-nos com muitas definições diferentes de didática, mas quase todas apresentam-se como ciência, técnica ou arte de ensinar. A metodologia ativa usa por inteiro a didática para conseguir levar o aluno ao objetivo de conseguir realizar como protagonista o processo de ensino aprendizagem. (NOGUEIRA E OLIVEIRA, 2011)

Durante os últimos anos, as políticas educacionais passaram por um conjunto de reformas que trouxeram para o centro da cena as propostas curriculare. Em um mundo com crescente avanço tecnológico, devemos lembrar que a tecnologia muda o trabalho, muda a comunicação, muda a vida cotidiana e também o pensamento. Daí surgem novas necessidades de repensar o modo de ensinar, aprender, viver uma profissão. Neste mundo de rápidas mudanças, a aprendizagem baseada em problemas, é caracterizada como uma filosofia curricular, pode ser considerada uma solução de melhoria

da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, funcionando como um eixo do aprendizado teórico do currículo médico, integrando as disciplinas, a teoria e a prática.( GOMES E REGO, 2010)

A aprendizagem baseada em problemas foi concebida no Canadá nos anos 1960, na Universidade de McMaster, e se espalhou pelo mundo, inclusive no Brasil, contando na atualidade com expressivo número de instituições. Tem como principais fundamentos: a aprendizagem por descoberta, a aprendizagem significativa,

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